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Lênin e a Crítica ao Imperialismo

Por:   •  17/5/2018  •  986 Palavras (4 Páginas)  •  462 Visualizações

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Embora as críticas sejam mais firmes e mais diretas em relação a Kautsky e sua ruptura com o marxismo, vale ressaltar que Hobson antecedeu-lhe ao posicionar-se contra a fatalidade do imperialismo e diz que essa é baseada na necessidade de consumo da população. Porém, para o teórico Kautsky, ‘’a melhor maneira de realizar a sua tendência para a extensão não é por meio dos métodos violentos do imperialismo, mas pela democracia pacífica’’ (KAUTSKY, p.248) e as críticas de Lênin para Kautsky são de que ele rompe com o marxismo a partir do momento em que inicia a defesa de argumentos como ‘’democracia pacífica’’, que para o autor é um ‘’ideal reacionário’’ no qual Kautsky acabou fundindo-se. Refutando Kautsky, Lênin refuta-o ao dizer que quanto mais rápido é o desenvolvimento do sistema capitalista, mais intensa é a atividade produtiva e o aumento do capital financeiro que gera os monopólios e que, para o autor, depois de sua formação, é improvável argumentar a favor da livre concorrência.

Outra abordagem desses teóricos que é citada no texto é o Ultraimperialismo de Kautsky e o Interimperialismo de Hobson. Esses conceitos podem ser caracterizados como uma aderência de todos os tipos de imperialismos em vista da obtenção de um único capital financeiro e de consolidação de alianças que fariam com que os países mantivessem os seus poderes.

Em síntese, a correlação entre os conceitos citados acima e profundidade nas pesquisas relacionadas aos antagonismos do capitalismo, são o que definem a teoria marxista-leninista em sua essência. O autor conclui que, como abordou Hilferding, ‘’a resposta do proletariado à política econômica do capital financeiro, ao imperialismo, não pode ser o livre-câmbio, mas apenas o socialismo’’. (HILLFERDING, p.248) E para ambos os teóricos, o escopo da política proletária não pode ser atualmente a restauração do livre mercado, mas excepcionalmente a ruína completa do sistema capitalista e das políticas imperialistas.

Nesse sentido, é possível perceber que os debates abordados de forma muito clara pelo autor, baseando-se em alguns fatos históricos anteriores e alguns vivenciados durante sua época de gestão na política e em alguns dados econômicos. Logo, pode-se concluir que para o autor, a única maneira de resolução dos problemas do sistema capitalista é com o seu próprio fim. Ademais, os questionamentos feitos pelo autor foram respondidos e refletindo a respeito das críticas de Lênin, notou-se um novo olhar, porém coerente e apropriada, acerca das características apresentadas pelos países com políticas imperialistas.

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