Resumo Imperialismo - Lênin
Por: Jose.Nascimento • 17/1/2018 • 4.136 Palavras (17 Páginas) • 411 Visualizações
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Os bancos e o seu novo papel
A função fundamental e inicial dos bancos é a de intermediários nos pagamentos. À medida que vão aumentando as operações bancárias e se concentram num numero reduzido de estabelecimentos, estes se convertem de modestos intermediários a monopolistas onipotentes, que dispõe de quase todo o capital-dinheiro do conjunto de capitalistas e pequenos empresários, bem como da maior parte dos meios de produção e das fontes de matérias primas de um ou de muitos países.
Os pequenos bancos são esmagados pelos grandes. Ou fecham ou são comprados.
Acumulação de capital.
Bancos ‘ligados’ – uma das características mais importantes da concentração capitalista moderna. Os grandes não só absorvem diretamente os pequenos, como os incorporam, os subordinam, os incluem no seu grupo, no seu consórcio, por meio da participação no seu capital, da compra ou troca de ações, do sistema de créditos, etc.
Como a concentração do capital e o aumento do movimento dos bancos modificam radicalmente o papel e a importância desempenhada pelos bancos. Os capitalistas dispersos acabam por constituir um capitalista coletivo.
Os bancos, ao ter o controle dos grandes monopólios, conhecem a situação deles com exatidão e podem controla-los por meio da ampliação ou a restrição do crédito, aumentando ou privando o capital, etc..
Marx: os bancos criam, à escala social, a forma, mas nada mais que a forma, de uma contabilidade geral (tanto de capitalistas quanto de outras formas de organização. Tanto do empresário mais rico quanto do mais pobre) e de uma distribuição geral dos meios de produção (privada, conforme os interesses do grande capital).
Quanto a socialização da economia capitalista, começa a competir com os bancos as caixas econômicas e as estações de correios, que são mais descentralizadas, isto e, estendem a sua influência a um número maior de lugares distantes, a setores mais vastos da população.
Substituição do velho capitalismo (no qual reinava a concorrência) pelo novo capitalismo (domina o monopólio). A bolsa, que regulava o capitalismo, foi desaparecendo.
Capitalismo moderno: fase imperialista.
Os bancos da fase monopolista tendem ao truste dos bancos. O crescente aumento da concentração dos bancos restringe o círculo de instituições que se pode ir em busca de crédito, o que aumenta a dependência da grande indústria a um número reduzido de grupos bancários. Diminuiu a capacidade de manobra das indústrias. Os bancos conhecem cada vez mais profundamente as indústrias.
“União pessoal” dos bancos com as indústrias. Passam a compor o quadro de acionistas, etc. “União pessoal” com o governo: lugares em conselhos de administração para grandes nomes – parlamentares no conselho de administração de um banco importante. Isso melhora um pouco a capacidade dos grandes industriais.
Fusão do capital bancário e industrial + Bancos cada vez mais universais.
“Terrorismo dos bancos”: classes contra os bancos. Luta do grande capital (bancos) contra o pequeno (sendo que esse pequeno é bem grande).
Bancos querem interferir no desenvolvimento geral da indústria.
O século XX marca o ponto de viragem do velho capitalismo para o novo, da dominação do capital em geral para a dominação do capital financeiro.
O capital financeiro e a oligarquia financeira
Capital financeiro é o capital que os bancos dispõem e que os industriais usam. Os industriais podem dispor de capital apenas através dos bancos e os bancos investem cada vez mais nas indústrias.
O aumento da concentração da produção e do capital em grau tão elevado que origina e conduz ao monopólio. Bancos maiores. Junção dos bancos com a indústria – capital financeiro.
Um diretor controla a sociedade fundamental (a sociedade-mãe); esta reina sobre as sociedades que dependem dela (sociedades filhas); estas sobre as netas etc. Assim, sem possuir um capital muito grande, é possível dominar ramos gigantescos de produção.
O sistema de participação serve pra aumentar o poder dos monopolistas – eles pegam grande parte das ações, por exemplo, e o resto obrigam a haver uma maior divisão, diluindo o poder dos outros. Uma sociedade mãe participa de sociedades filhas e isso a dá mais poder. Essa participação pode ser internacional também – um banco possui participação em um banco de outro país. Questão das filiais.
O capital financeiro, concentrado em poucas mãos e exercendo um monopólio efetivo, obtém um lucro enorme, que aumenta sem cessar com a constituição de sociedades, emissão de valores, empréstimos do Estado, etc, consolidando a dominação da oligarquia financeira e impondo a toda a sociedade um tributo em proveito dos monopolistas.
Degeneração do capitalismo.
“Não há nenhuma operação bancária que produza lucros tão elevados como as emissões” – de valores, empréstimos, etc.
Em períodos de depressão financeira, as pequenas empresas e pouco fortes são arruinadas e os grandes bancos participam na aquisição delas à baixo preço ou lucram com sua reorganização. Bancos lucram e colocam essas empresas e sociedades sob sua tutela.
O monopólio, logo que tenha se constituído e controlado milhares de milhões, penetra de maneira absolutamente inevitável em todos os aspectos da vida social, independentemente do regime político e de qualquer outra particularidade.
O imperialismo, ou domínio do capital financeiro, é o capitalismo no seu grau superior. Predomínio do capital financeiro sobre todas as demais formas do capital. Predomínio do rentista e da oligarquia financeira em relação aos outros (capital industrial, por exemplo).
Desde 1870, as emissões aumentaram, e no início do século XX aumentaram muito! Crescimento de monopólios (cartéis, sindicatos e trustes). Crescimento do capital financeiro.
4 Grandes: UK, FRA, EUA, ALE – o resto do mundo exerce função de devedor e tributário desses países, banqueiros internacionais, desses quatro “pilares” do capital financeiro mundial.
A exportação de capital
O que caracterizava
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