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Apontamento do texto “Os Atores das Relações Internacionais”, de Ricardo Seitenfus.

Por:   •  29/8/2018  •  1.686 Palavras (7 Páginas)  •  388 Visualizações

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Passando para as Organizações Internacionais, elas tratam dos mais variados assuntos, e houve certa modificação em temas que antes eram escopo do Estado e hoje em dia são as OIs que ficam responsáveis por eles (como manutenção da paz, migrações, saúde e muitos outros). As OIs têm características necessárias para serem o que são, ou seja, que a definem. Por exemplo, sua multilateralidade, podendo ter um alcance tanto regional quanto universal. A permanência é também uma de suas características, pois foi criada sem a intenção de ser finalizada, ou seja, dura por tempo indeterminado. Outra característica necessária é sua institucionalização, que até hoje é uma polêmica dentro do campo das RI.

Além das características que as definem, as OIs podem ser classificadas entre elas segundo alguns aspectos. O primeiro deles é sua natureza, de seus propósitos, que podem ser de cooperação ou de objetivos políticos. O segundo é a análise de funções de cada uma das OIs que se vinculam aos objetivos. A terceira forma é a composição, como por exemplo, aceitam Estados membros apenas de algumas partes do mundo, ou se são universais. Assim, se dá a classificação interna das Organizações Internacionais.

Entrando no âmbito dos entes privados, Seitenfus começa com as empresas transnacionais. Essas empresas são as que possuem sede em um Estado mas exercem influência em empresas que estão em outros países ou mesmo possuem sedes em outros territórios. É importante ressaltar que as empresas transnacionais podem ser tanto aliadas como oponente do poder do Estado na qual ela se localiza. A busca por lucro, por exemplo, pode ser um aspecto conflitante entre o Estado e a transnacional.

As ONGAT (Organizações Não-Governamentais de Alcance Transnacional) são ‘’instituições sem fins lucrativos, de direito privado, podendo reunir pessoas físicas, jurídicas ou morais, com o intuito de atingir objetivos de alcance internacional e de natureza publica exposto em seus estatutos.’’ (SEITENFUS, pg. 141) Uma das principais características desse tipo de instituição é a generalidade de sua definição. Existem ONGAT completamente clássicas, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, um tanto quanto tradicional, com também existem algumas com propósitos e motivações diferentes ou até mesmo não muito claras. As ONGAT, movidas pelo princípio da solidariedade, preza por valores éticos e morais que afetam diretamente as relações internacionais (por exemplo, defendem que qualquer injustiça imposta a qualquer homem é algo dirigido a todos os homens). As ONGAT ainda não são tão reconhecidas como atores do mundo, ‘’Ao contrário dos Estados, a Carta das Nações Unidas concede um reconhecimento formal às Ongat.’’ (SEITENFUS, pg. 143)

Mais um ator da Relações Internacionais são as Igrejas, que hoje, em muitos lugares do mundo, não estão mais diretamente ligadas com o poder do Estado. Apesar disso, conseguem disseminar o seu poder e influência de forma muito clara. Além de muitas recrutarem fiéis com sua fala, muitas vezes essa rede de poder vai muito além do território de um país, por exemplo. Existem ainda, em Estados no qual religiões como o islã e judaísmo são adotados pela maioria da população, a Igreja e o Estado ainda estão ligados. Além disso, muitos Estados ditos laicos fazem referência a discursos religiosos em decisões que, a princípio não deveriam envolver religião.

Apesar da grande influência da Igreja Católica, não foram encontrados indícios de Direito Internacional em nenhuma parte do Evangelho. Ainda assim, exercem muita influência de outros modos. As igrejas e seitas ao redor do mundo são donas de milhares de hectares de terra por todo o mundo.

A religião islâmica ganhou nome e visibilidade no mundo (apesar de negativa) após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Foi então que diversos estudiosos começaram a analisar o Alcorão e como seria possível interpretar o livro de maneiras diferentes. Diversos países no mundo tem o Islã como religião de Estado.

Há inúmeras provas que mostram como a Igreja influencia e muda as relações internacionais diretamente, voltando ainda no paradoxo mencionado no início, sobre as religiões pregarem ideais de solidariedade e ainda assim serem o estopim de grandes conflitos internacionais.

Passando para um outro ator internacional, fala-se das internacionais do crime organizado, que se manifestam por tráficos de influência, como “corrupção e comércio ilegal de bens e pessoas” (SEITENFUS, pg. 150). A corrupção acompanha a sociedade há milênios, mas foi com o recente aumento da integração entre os povos foi que a corrupção atingiu um nível superior. Sobre a definição do termo corrupção há diversas discussões, mas entre elas pode-se citar “práticas de abuso de funções públicas para auferir benefícios privados.” (SEITENFUS, pg. 151) Há altos índices de corrupção em países que há construções civis e obras públicas. Uma das coisas que mais se fala quando estudando corrupção é a lavagem de dinheiro, expressão que surgiu na década de 1920 nos Estados Unidos. Essas internacionais de crime organizado têm muitas formas de expressão e os Estados continuam sem conseguir controlá-la ou neutralizá-la.

Outro ator é a opinião pública, que tem como característica ser moldável e volúvel, se faz presente em manifestações em ruas, por exemplo, que podem ser pacifistas, muitas vezes, ajudando a acelerar o fim de uma guerra. Sua ausência, ou seja, censura, apenas legitima o poder que está instituído. Em sua essência, não pode ser manipulada pelo poder das autoridades locais, e então só existe plenamente no ocidente, visto que no oriente muitos não dispõe de

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