A Crise da Bolivia
Por: Juliana2017 • 17/5/2018 • 1.400 Palavras (6 Páginas) • 448 Visualizações
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Esse decretou atingiu negativamente a empresa brasileira, tomando em conta o grande investimento que a Petrobrás tinha no país sul americano. Mas o governo boliviano não desapropriou todos os bens da Petrobrás, mas sim fez com que a empresa brasileira passasse a ser sócia da YPBF isso acaba dando margem de negociação para a estatal, reconhecendo que a Bolívia precisa da Petrobrás para continuar a sua exploração do gás. Por outro lado o governo de Morales acaba criando problemas políticos para seu próprio mandato assumindo as reponsabilidades acionarias de empresas como a Andina e a Chaco AS, que pertenciam ao fundo de pensão boliviano. Outro problema encontrado é o preço que a Petrobrás estava pagando pelo produto e o governo Morales queria aumenta-lo, o problema seria que aumentando esse valor o preço final médio iria chegar muito alto ao consumidor, visando que a Petrobrás busca defender os interesses dos cidadãos brasileiros, sendo eles desde a garantia do abastecimento de gás até a consolidação de integração econômica, social e politica entre os países.
Agora focando no lado boliviano a venda de gás natural possui muitos problemas que devem ser levados em conta, sendo que o mercado consumidor deles o Brasil é o maior “cliente” e também é o único mercado em potencial grande a que o país tem acesso em curto prazo, comparando com a Argentina que é outro grande comprador de gás da Bolívia, importa muitos menos que o mercado brasileiro, ou seja, nenhum outro mercado sul americano tem condições de substituir o Brasil nesse quesito. Outro grande problema é o transporte, o transporte marítimo acaba sendo muito caro e acaba deixando o gás natural Boliviano inviável para países geograficamente distantes do mesmo, deixando o transporte dependente para países vizinhos pelos gasodutos, outro problema é a estocagem do gás sendo que a Petrobrás não construiu tanques para isso na Bolívia, deixando a mesma com poucas saídas ou ela não vendo o produto, ou vende esse gás para o Brasil ou simplesmente queima o mesmo. A retração de investimentos devido a esse decreto de Morales também acabou prejudicando a Bolívia, que acabou fazendo com que a Petrobrás desistisse de certos projetos para o país boliviano. Mesmo com todas essas desvantagens a Bolívia ainda possui algumas “cartas na manga”: a legitimidade politica devido a nacionalização ter sido feita por um presidente eleito democraticamente e que o Brasil não pode simplesmente para de compra o gás da Bolívia que acabaria levando um grande problema de abastecimento de gás natural no Brasil, ainda mais em um período politicamente frágil do governo Lula. Esse problema era esperado devido a grande dependência que o Brasil possuía com o gás natural vindo da Bolívia, a nacionalização dos hidrocarbonetos deixou o governo brasileiro sem alternativas além de aceitar o decreto do então atual presidente boliviano Evo Morales.
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