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Comportamento do consumidor

Por:   •  1/11/2018  •  1.710 Palavras (7 Páginas)  •  253 Visualizações

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Conforme o Portal VGV (2016), esse efeito se dá porque o consumidor conquistou certos caprichos ao longo dos últimos anos de expansão econômica no Brasil, e prefere não abrir mão dos produtos que estão acostumados a comprar, pois esses fazem parte e contribuem para o seu estilo de vida.

Isso pode ser observado no segmento de cerveja, em que o consumidor prefere comprar uma menor quantidade ao invés de migrar para outra marca mais barata. Dessa forma, contrariando o que se pensava, mesmo em tempos de crise o cliente se mantém fiel a marcas de determinados produtos. Mas, por outro lado, para que se consiga manter a fidelidade a determinada marca, é necessário que se abra mão de outras.

Em muitos casos o fator de fidelidade à marca pode ser pelo reconhecimento do valor oferecido pela empresa, entretanto, outras vezes pode ser pela vontade de se inserir a determinado grupo e ter status. De acordo com Blackwell (2005), o consumidor sofre influências pessoais e do grupo de referência, e por isso, seu comportamento é interferido por questões sociais, de auto imagem e de comparação. Em razão disso, as empresas elaboram estratégias e realizam branding para que a marca esteja associada a uma imagem ou ideia.

Mas é importante ressaltar que o supérfluo se altera conforme as diferentes classes sociais. Segundo o Portal VGV (2016), a classe A não considera como supérfluo uma viagem ao exterior, enquanto a classe B não deixa de jantar fora durante a semana. Já a classe C prefere cortar produtos de limpeza em época de instabilidade econômica.

Texto 02- Serviço de reparos de calçados e roupas cresce com a crise econômica

O consumo consciente é uma tendência de mercado, visto que as pessoas estão mais conscientes em relação ao meio ambiente, mas é inquestionável que o fator dinheiro acelera o processo e faz com que clientes que nunca haviam pensado em consumidor e reutilizar produtos também adotem essa tendência de mercado.

O consumo consciente é a prática na qual “há uma responsabilidade ética por parte dos consumidores e das empresas visando a reorientação da dinâmica do consumo para um sistema sustentável nos seus diversos âmbitos (ambiental, social, cultural e econômico).” (BARROS; OLIVEIRA; CÂNDIDO, 2010)

Diante desse cenário, muitos brasileiros foram forçados a diminuir o volume de compra e buscar uma opção mais viável. No caso da moda, é o serviço de reparos de calçados e roupas, além do site de produtos usados. Dentro desse segmento, além dos serviços já mencionados na reportagem da Folha, também estão os sites e lojas de alugueis de vestidos de festa, o serviço do Uber que permite o compartilhamento de carona, o aluguel de quartos e/ou apartamentos pela plataforma Airbnb, entre outros. Ou seja, já é possível encontrar essa tendência em muitos segmentos.

Mas, para as empresas aproveitarem essa oportunidade de mercado, é necessário estudar o comportamento do consumidor, uma vez que é essencial entender “os significados sociais que permeiam o ato de consumir, porque o consumo, em si, não ocorre apenas em face da funcionalidade dos produtos e/ou serviços consumidos.” (BARROS; OLIVEIRA; CÂNDIDO, 2010)

A vantagem da crise é despertar essa mudança de comportamento em muitas pessoas que não haviam pensado e não tinham conhecimento desse mercado, pois quando se mexe no bolso, as pessoas e as empresas são obrigadas a se reinventar, repensar e questionar as maneiras de consumo já impostas pelo mercado.

Acredito que, mesmo após a crise, o comportamento de consumo inteligente irá permanecer, por isso, é preciso que as empresas repensem, inovem e elaboram estratégias que associem sua marca a sustentabilidade e ao compartilhamento.

Texto 03- Nada de crise! IDC diz que brasileiros estão gastando mais com smartphone

Estar conectado 24 horas por dia já é uma realidade de grande parte dos brasileiros, e, como consequência disso, o smartphone já é visto como essencial. Ou seja, como mencionado na primeira reportagem, apesar de visto como supérfluo para muitos, o smartphone é colocado como necessário para a maioria das pessoas, e por isso, mesmo em tempos de crise, o aumento dos gastos com os aparelhos telefônicos aumenta.

É notável que ocorreu uma mudança social e cultural que botou o telefone celular, item antes visto como luxo, como indispensável. Mas, mesmo o produto seja visto como fundamental e apesar de muitos consumidores realmente perceberem valor ao comprar um produto mais caro, há outros que compram modelos e marcas melhores para adquirir status e pertencer a um grupo de referência.

De acordo com Solomon (2002), “alguns grupos de referência consistem de pessoas que o consumidor realmente conhece; outros são compostos de pessoas com quem o consumidor pode se identificar ou admirar.” Isto é, o consumidor consome determinado item em busca de aceitação social. Além disso, algumas marcas também desenvolvem estratégias para que seu produto seja sinônimo de status. Hoje, por exemplo, é comum que as pessoas sonhem com algum produto que contenha a maça da Apple.

Contudo, existe outro fator que pode ter impulsionado o aumento dos gastos em smartphone: a busca e a compra online. Com o uso de aplicativos, ficou mais fácil pesquisar itens mais baratos durante a compra. Esses itens muitas vezes só podem ser comprados pela internet. Além disso, muitas das plataformas citadas no texto 02, são facilitadas com o acesso a smartphone.

Esse comportamento confirma o estudo desenvolvido pela Dunngumby, mencionado no texto 01, que afirma que a crise gerou um novo consumidor, que economiza em itens básicos para que consiga manter itens mais caros e luxuosos. Mas, apesar desse comportamento ser acentuado principalmente em épocas de instabilidade, acredito que o capitalismo e as redes sociais são fatores que incentivam essa prática também em outras fases.

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