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A Analise de Marketing do Jornal Meia-Hora

Por:   •  23/6/2018  •  10.289 Palavras (42 Páginas)  •  573 Visualizações

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9.3 – Conclusão da análise

9.4 – SWOT Cruzada

Considerações finais.........................................................................................33

Recomendações

Conclusões

Referências bibliográficas.................................................................................34

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Introdução

No fim do século do XX, as empresas voltadas para a informação não percebiam o potencial total das classes mais baixas da população, justamente por sua pouca escolaridade e cultura, em função de suas posições sociais.

As empresas em questão focavam em seu produto, e consideravam mais importante o conteúdo inédito e contundente de suas manchetes. Suas inovações eram pouco centradas no processo completo que o marketing proporciona. Entretanto, com as novas tecnologias introduzidas no século XXI, sendo este considerado o momento de maior de fluxo informativo da história humana (a tendência é de aumentar mais ainda), este tipo de postura das empresas foi perdendo espaço nos mercados. Portanto, recorrer aos meio alternativos de propagação de notícias ou então ter uma abordagem mais abrangente do mercado era necessário.

Neste trabalho será mostrado como um simples periódico de poucas palavras e muitas imagens vem ganhando espaço no mercado carioca. Suas tiradas cômicas e irônicas, com teor machista e sensacionalista são fatores cruciais para explicar essa sua popularidade entre, em sua maioria, homens das camadas mais baixas da população.

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1 - Histórico do Jornal O Dia

Antônio de Pádua Chagas Freitas, jornalista e político, idealizador do jornal O Dia, fundado em 1951, tinha como proposta levar a informação às classes de baixa renda. Sua popularidade instantânea se deu graças a sua forma de distribuição, sendo o O Dia diferente dos seus concorrentes, matutino, dessa forma atualizando a população melhor que os competidores. Chagas Freitas também utilizou da força de influência de seu jornal para ganhar espaço no cenário politico estadual.

Desde a sua primeira edição, e nas décadas que se seguiram, o O Dia procurou refletir a realidade do Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo à sua maneira, através de seu estilo jornalístico contundente, marcado pelo impacto extraído do conteúdo dramático da noticia. O jornal apresentava um modelo nada ortodoxo e abandonava a censura na hora de mostrar imagens de pessoas mutiladas e ensanguentadas. Era conhecido como um jornal sanguinário. O profissional na época de fundação, não tinha grau universitário, na realidade era muito comum o estilo de funcionário cana e pena, policial/jornalista. Seu formato em sua fundação era de oito páginas, e produzido em bases modestas, não exigiu investimentos de transporte e se aproveitava da estrutura do jornal já existente à noticia.

Com a perda da simpatia com os militares e a perda das forças publicitárias do jornal, Chagas Freitas perde o ânimo para o trabalho, e afirma que o jornal só funcionava com política e, em 1983, vende o jornal para Ary Carvalho. Ary Carvalho, em 1989, reestruturou e reposicionou a marca do O Dia quando, na década de oitenta, enfrentava uma grave crise tanto financeira quanto estrutural, física e empresarial. Além disso, eles temiam que a sua fragilidade neste momento fosse muito oportuna para entrantes potenciais ameaçá-los.

2 – Histórico do Jornal Meia Hora

Lançado em setembro de 2005, o jornal Meia Hora, desde o seu início, apresentou-se no cenário midiático da cidade do Rio de Janeiro como um jornal extremamente popular, trazendo informação e distração como sua principal proposta. Foi idealizado alguns anos após a morte de Ary Carvalho, que deixou seu patrimônio de herança para suas três filhas, as quais assumiram o controle da empresa, destacando-se Gigi de Carvalho, responsável por projetar o jornal, levando-o à fama e ao sucesso.

A ideia do jornal surgiu após a criação do Extra em 1998 pela editora Infoglobo. Nessa época, o jornal O Dia obteve um grande prejuízo. Foi descoberto que existia uma incoerência na maneira de informar, não só pela sofisticação da linguagem do jornal, que sempre foi destinado à classe C e D, mas também pelo preço, quantidade de páginas e método de distribuição. Uma das formas encontradas para alavancar o grupo da família Carvalho, então, foi a criação de uma nova tática empreendedora.

Para isso, Gigi de Carvalho contratou o responsável pela concepção do Extra, o jornalista Eucimar de Oliveira, que teve a ideia de um jornal que seria voltado para as classes mais populares e destinado a trazer polêmicas e sensacionalismo para o cenário midiático do Rio de Janeiro.

Diversos estudos e pesquisas foram realizados antes do lançamento do jornal. Segundo Giovani Marangoni, um dos responsáveis pela área de pesquisa e desenvolvimento e campanha de lançamento do Meia Hora, o jornal é totalmente orientado a marketing, visto que entender os desejos e necessidades do consumidor era e ainda é o objetivo principal a ser atingido.

Até hoje, grande parte das indicações de pauta e das sugestões para manchetes partem de pessoas comuns, que, muitas vezes, não possuem relação com o jornalismo. Outras vezes, são sucessos da internet, fatos que foram muito comentados em redes sociais, como Facebook e Twitter, e que possuem potencial para serem transformados em uma matéria.

Desde seu lançamento, o tablóide popular, que começou com uma tiragem diária de 50 mil exemplares, tornou-se um verdadeiro fenômeno de vendas na cidade e, no ano de 2011, segundo a pesquisa divulgada pela Associação Nacional de Jornais, o jornal Meia Hora atingiu o número de 140 mil tiragens diárias. É composto por diversas seções que abordam, principalmente, reportagens resumidas e em uma linguagem simples, dentre as quais destacam-se as que falam de cidade e polícia, esporte, fofoca e serviço (dedicada a emprego).

Sobre o formato do jornal, possui um tamanho considerado prático, ou seja, menor que outros jornais de grande circulação no país, o que facilita seu manuseio, podendo ser lido a caminho do trabalho, enquanto

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