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Sociedades Empresariais Familiares

Por:   •  17/4/2018  •  2.106 Palavras (9 Páginas)  •  303 Visualizações

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É relevante informar que essa personalidade jurídica é individual, onde quem é considerado comerciante é a própria sociedade e não os seus sócios. O seu patrimônio, em regra, também não pode ser confundido com o patrimônio dos sócios. Assim, no cumprimento das suas obrigações iniciais, o que responderá é o patrimônio da própria sociedade. Outro ponto importante quanto os efeitos da personalidade jurídica de uma sociedade, é que esta possui sede social diversa dos sócios que à integram.

3. SOCIEDADE FAMILIAR

A empresa familiar surge mais concretamente após a passagem da família matriarcal para a patriarcal, quando se observou a formação de grandes famílias, compostas por indivíduos de várias gerações, solteiros e casados, que viviam juntos.

É constituída de membros de uma mesma família que tem por objetivo um desempenho econômico que venha gerar lucros.

A empresa familiar tem a capacidade de agrupar a convivência familiar e o desempenho de suas atividades empresarias, tornando o trabalho mais harmonioso e produtivo, pois quando várias funções são preenchidas com membros da família, o desenvolvimento da empresa é facilitado em razão de o interesse ser o mesmo entre todos. A maioria das empresas brasileiras também são controladas e gerenciadas por famílias.

4. VANTAGENS:

Interesses comuns: Os laços afetivos entre as pessoas, as formas de atuar geram interesses comuns entre os membros da família que trabalham na empresa. Há uma maior auto-exigência e auto-sacrificio em prol de um objectivo comum. Há certo comprometimento com o trabalho e identificação com o local, pessoas, e objetivos da e na empresa.

Confiança mútua e autoridade definida e reconhecida: Nas empresas familiares, existe uma autoridade reconhecida, todos sabem quem são os líderes da empresa e não questionam sua autoridade. Há também um grau de confiança elevado entre os membros da empresa, que evita as lutas pelo poder e as intenções menos claras, seja entre colegas de trabalho, entre chefes e subordinados.

Facilidade na transmissão da informação: O ambiente é sempre mais informal, pelo na relação entre os familiares que, em muitos casos, são também as chefias, deste modo a comunicação é sempre clara, sem barreiras desnecessárias, desde que haja unidade e confiança entre as pessoas. Há uma maior capacidade de transmitir valores familiares e maior facilidade de comunicação.

Flexibilidade de processos: Por ser uma empresa habitada de conhecidos confiáveis, a atribuição das responsabilidades, a delegação de funções e a autonomia são facilmente administradas, e isso melhora e facilita os sistemas de informação e de controle interno. As empresas familiares são, em regra, menos burocráticas, consequentemente, as decisões são tomadas mais rapidamente, uma vez que não há necessidade de consultar diversos acionistas ou passar por processos complexos, havendo maior coordenação e menos conflitos de poder.

Projeto a longo prazo: Os planos são feitos a longo prazo, visando melhores resultados, pelo interesse da família gestora atual e também dos respectivos sucessores que garantirão a continuidade do negócio, também há uma maior estabilidade ao nível de capital e dos seus detentores.

Permanência da cultura e dos valores: As organizações de tipo familiar são, em regra, muito marcadas pela cultura e pelos valores definidos pelo seu fundador. Os colaboradores seguem, geralmente, os hábitos de trabalho dos fundadores da empresa, seguem regras e comportamentos que pensam que deverão ser seguidos para um bom desenvolvimento do negócio, afirmando a cultura da empresa cada vez mais.

5. DESVANTAGENS:

Confusão entre a propriedade da empresa e a capacidade para a gerir: Muitas vezes, a família não contrata alguém com experiência no trabalho que exercerá dentro da empresa. Contrata por ser um membro da família, mas este não possu competências suficientes para levar o negócio por diante. O recrutamento de pessoas para exercerem uma função, seja elevada, ou não é, em regra, feito com base em contatos pessoais ou mesmo relações de parentesco, e assim há a tolerância de membros não aptos ao trabalho.

Isolamento face à envolvente negocial: Fechada em si, uma empresa familiar tende a faltar com a atenção ao mercado, ignorando mudanças em relação ao que envolve o trabalho, como falta de atenção com produtos e clientes, não atualizando os produtos e serviços, nem satisfazendo os clientes da melhor forma. Em regra, a delegação de decisões para os níveis mais baixos da hierarquia é quase inexistente.

Não seguir as regras do mercado quanto à gestão: Uma empresa familiar tem que ser ainda mais flexível na capacidade de adaptação às novas exigências do mercado. Isso nem sempre acontece porque o dono da empresa tende a centralizar as decisões e a ser pouco propenso a mudanças radicais, em particular, as relativas ao rompimento com a cultura e os hábitos de trabalho enraizados.

Confusão entre os laços de afeto e os laços contratuais: Os membros da família têm que mostrar coragem, clareza de visões suficiente para não confundirem os laços familiares com os laços profissionais. Muitos gestores de empresas familiares não resistem à tentação de seguir um estilo de gestão excessivamente paternalista em relação aos seus empregados.

Problemas com a sucessão: A falta de um sucessor, pode comprometer radicalmente a capacidade de inovação da empresa. Por outro lado, mesmo que o processo de sucessão tenha sido bem conduzido, a história demonstra que muitas empresas familiares de sucesso acabam por não resistir à saída do seu fundador, pelo sucessor não saber administrar os negócios após a saída deste. Há também dificuldade de atrair bons funcionários e a de se ter uma possível acomodação dos funcionários que possuem um cargo de elevado nível, e deste modo, a total dedicação dos membros da empresa caem.

Falta de clareza nos processos: Como o controle e fiscalização da atividade da gestão da chefia é menos rigoroso, as empresas familiares são mais propensas a eventuais irregularidades, caso do desvio de capital da empresa para fins pessoais, que é muito comum. O envolvimento de pessoas que não são da família na gestão e tomada de decisões de uma empresa familiar é a melhor segurança contra as eventuais alegações de desonestidades nos negócios.

Problemas a nível familiar: Os gestores chefes das empresas familiares possuem

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