Politica externa
Por: YdecRupolo • 21/1/2018 • 11.941 Palavras (48 Páginas) • 333 Visualizações
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decisório. A B S T R A C T
Dilma Rousseff’s
AS CONJUNTURAS ECONÔMICAS
foreign policy
INTERNA E INTERNACIONAL assessment: what next?
Os cenários internacional e nacional enfrentados pelo Dilma Rousseff’s government inhe‑
governo de Dilma Rousseff foram mais áridos que os que rited clearly defined foreign policy
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RELAÇÕES INTERNACIONAIS DEZEMBRO : 2014 44 [ pp. 025-035 ] 025
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strategies from her political party pre‑ enfrentou o governo anterior. Durante o período a crise
decessor: a revisionary approach to econômica deu lugar à recuperação econômica norte‑
international institutions, an active
stance in multilateral forums as a ‑americana e, progressivamente, ao controle da crise por
representative of southern countries, parte da zona euro. Essa mudança reforçou a centralidade
and an orientation towards the South
American dimension. The autonomist do G7 e reduziu os espaços de atuação dos países emer‑
group remains holding key posts in the gentes no interior do G20 financeiro. A incapacidade da
Foreign Ministry, and the developmen‑
talist tendencies have been reinforced. Organização Mundial do Comércio (omc) de levar a cabo
However, this article argues that des‑ a Rodada Doha marcou a agenda do comércio internacio‑
pite the continuities, the Brazilian
behaviour has experienced changes nal, e os avanços em termos da formação de grandes blo‑
and a visible reduction of its interna‑ cos de livre comércio junto com o desenvolvimento da área
tional activism. These changes have Ásia‑Pacífico a partir de acordos coletivos e bilaterais difi‑
been affected by the international and
the domestic economic scenarios and by cultaram a inserção do Brasil na economia internacional2 .
the new foreign policymakers’ dynamic.
A ascensão da China introduziu um novo elemento de dese‑
Keywords: Brazil, Dilma Rousseff, 2014 quilíbrio e ainda se delineia o impacto que terá na ordem
presidential elections, emerging powers. econômica internacional. A bonança dos altos preços dos
commodities exportados pelo Brasil recuou.
Na América do Sul, o Governo norte‑americano seguiu sem uma política externa estru‑
turada para a região, mas o manejo dos fortes traços de assimetria e divergências no
interior da região em termos de visões sobre a política e políticas macroeconômicas
tornou‑se mais difícil.
Em termos políticos, embora o multilateralismo tradicional de base ocidental estivesse
em crise, os emergentes não conseguiram estabelecer uma agenda para a política global.
As crises da Síria e, particularmente, da Ucrânia «restauraram a agenda das grandes
potências em detrimento dos países emergentes»3 .
O cenário econômico interno sofreu mais profundamente os impactos da crise financeira
internacional, que comprometeu o balanço de pagamentos. A média de crescimento do pib
foi menor que a do governo de Lula e que as médias de crescimento de outros países emer‑
gentes. A previsão para 2014 é que o crescimento fique abaixo de um por cento. A taxa de
emprego foi mantida, mas o coeficiente gini não sofreu alterações relevantes. As contas
internas ficaram fora do controle e a inflação chegou perto do limite estabelecido pelo
Governo. O projeto desenvolvimentista brasileiro de alavancar obras de infraestrutura no
Brasil e na América do Sul (nesse caso com recursos do B 4
ndes ), assim como as empresas
brasileiras que começaram a se internacionalizar durante o período de Lula, foi mantido,
mas sofreu com a difícil situação econômica e diversas iniciativas não foram concluídas.
A conjuntura econômica teve impacto no campo político: a reeleição foi possível, mas depois
de uma campanha eleitoral que mobilizou e dividiu o país.
NOVA DINÂMICA DO PROCESSO DECISÓRIO
Desde o início de seu governo, a Presidente Dilma Rousseff manteve o grupo dos
autonomistas
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