POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NO GOVERNO LULA (2003-2011)
Por: SonSolimar • 10/4/2018 • 1.257 Palavras (6 Páginas) • 471 Visualizações
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Patriota relembrou que há cerca de 10 anos, quando Lula chegou ao poder, o contexto era bastante diferente e debatia-se a criação da Alca e do Nafta. O que mudou de forma tão relevante na política externa brasileira? “Eu começaria pelo regional. A própria definição do que é regional mudou. O que a política externa do presidente Lula começa a fazer é lançar um olhar novo sobre a nossa região”, disse ao destacar o fortalecimento do Mercosul e a criação da Unasul e da Comunidade dos Estados Latino americanos e Caribenhos (Celac). “O ministro Celso Amorim gosta de dizer que a política externa brasileira ficou ativa e altiva. Seria injusto dizer que a política externa anterior seria passiva e subserviente. Era menos criativa.”
Em relação aos desafios futuros, ele explicou, não há ruptura, mas sim o foco no “aprofundamento e consolidação” dessa política externa a partir dos oito anos do governo Lula. “Não há tema hoje em dia de relevância para o futuro da ordem internacional em que as impressões digitais do Brasil não sejam muito visíveis”, disse.
Ao final da mesa, ele anunciou ainda a criação de um fórum permanente com a sociedade civil para temas de política externa no Brasil. Ideia ainda muito incipiente, mas largamente aplaudida na noite de segunda-feira.
- PONTOS NEGATIVOS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NO GOVERNO LULA
No governo Lula a política externa foi engajada mais intensivamente efetivando parcerias comercias e de interesses políticos com vários países e ocorreu também a integração a blocos econômicos.
Essa integração trouxe muitos benefícios para o Brasil, o que é incontestável, porém trouxe alguns pontos negativos para o país. Um deles foi a dependência interna do governo por uma rede delicada de apoios originados em vários setores da sociedade, exigindo que os formuladores de política a gerir interesses diferentes e até opostos.
Outro ponto negativo é sobre a liderança regional exercida pelo país. Na hipótese de continuar com o projeto autônomo atrelado na integração regional, não pode considerar apenas ganhos individuais, mas fazer concessões aos parceiros menos desenvolvidos do Mercosul e das novas alianças; Alguns exemplos de contratempos em se exercer um “imperialismo regional” foram os atritos com a Bolívia sobre a Petrobrás e as desavenças com o governo eleito do Paraguai sobre o tema da energia de Itaipu.
Além desses pontos a opção por acordos com países do eixo sul-sul da política externa, não devem levar em conta a influência estadunidense na região, que é bem grande.
O ex-presidente enfatizava que não deveríamos ter preconceito com países não democráticos, pois fez acordos apoiando países ditatoriais com o intuito de ampliar o comércio com nações periféricas. Em 2009, aproveitando os ganhos com os preços dos produtos principalmente com o petróleo Lula peregrinou pela África e pelo oriente médio e destas saudações da diplomacia brasileira.
Nações ditatoriais surgiram bilhões em obras destinados a empreiteiras brasileiras como a OAS e Odebrecht e outros bilhões saíram do Brasil para financiar obras e serviços com o intuito de lucrar por meio delas através de contratos que vieram à tona a pouco tempo, e outros que permanecem em sigilo. Centenas de obras com rodovias, hidrelétricas, ferrovias, barragens, aeroportos e metrôs foram construídas na América Latina.
Estima-se que US$ 11,9 bilhões foram desembolsados pelo BNDES e tais financiamentos causaram prejuízo anual de R$ 1,1 bilhão ao trabalhador pois é oriundo do FAT (fundo financiado com parte dos salários de cada trabalhador brasileiro).
CONCLUSÃO
A política externa do Governo Lula focou na obtenção do universalismo nas relações, através da diversificação de parcerias bilaterais, pela cooperação sul-sul, intensificação das relações como os países emergentes. Em seis meses, o governo Lula conseguiu uma parceria com a China, que elevou o país ao segundo posto nas importações de produtos nacionais. A politica brasileira foi conhecida pela busca de ampliação de parceiros comerciais. O governo de Lula trouxe uma mudança simbolizada pela incorporação de uma agenda social na política externa, e também pela adoção de uma postura mais assertiva em relação à reforma de instituições multilaterais. O governo Lula trouxe uma nova visão de mundo e deu enfoque para a política externa brasileira.
Referencias
Acesso em: 13/05/2016
Acesso em: 13/05/2016
Acesso em: 14/05/2016
http://www.mundorama.net/2011/01/12/breve-balanco-da-politica-externa-do-governo-lula-para-a-america-do-sul-por-bruno-mendelski-de-souza/ Acesso em: 15/05/2016
http://br.boell.org/sites/default/files/downloads/Livro_Lula_Internet_7.pdf
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