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Política Externa: Mecanismos de Integração America Latina

Por:   •  23/9/2018  •  1.456 Palavras (6 Páginas)  •  304 Visualizações

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Considerando os anos de submissão do povo a tirania, este se encontra passivo, com a privação de sua liberdade durante anos. Tendo isto impacto direto nas administrações internas e externas, que assim o autor afirma que os americanos estavam privados também da tirania ativa, sendo impossível exercer suas funções. Tendo ainda, um papel de servos ou consumidores na sociedade espanhola. A consequência está na insuficiência em se auto sustentar. Um continente rico e populoso, mais meramente passivo. O povo, segundo Bolívar, estava neste estado ausente de ciência do governo e administração do Estado, uma população controvérsia a suas instituições.

O sistema político deu-se no controle espanhol através do que Guerra denomina “nuestro contrato social” (Bolívar, pag. 7), feito pelo imperador Carlo V e os conquistadores, sendo a Coroa espanhola detentora da administração e privilégios em seu código. A America não estava preparada para desprender-se da metrópole, marcando profundamente a história política. Assim os americanos estavam diante de um sistema sem conhecimento prévio ou experiência nas práticas políticas na cena mundial. Neste sentido, Bolívar afirma:

“Ya antes habíamos sido entregados a la merced de un usurpador extranjero. Después, lisonjeados con la justicia que se nos debía, con esperanzas halagüeñas siempre burladas; por último, inciertos sobre nuestro destino futuro, y amenazados por la anarquía, a causa de la falta de un gobierno legítimo, justo y liberal, nos precipitamos en el caos de la revolución” (Bolívar, pag. 8)

Deste modo, os líderes da revolução foram os responsáveis por assuntos de segurança interna e externa. Em seguida os governos foram marcados por juntas populares, que formaram congressos que fizeram alterações importantes. Venezuela formou um governo democrático, La Nueva Granada seguiu com uma constitucional no sistema federal (segundo o autor, o mais exagerado), e Buenos Aires e Chile seguindo as mesmas direções. A falta de documentos para analise dificulta seu julgamento sobre a realidade do México. Após um ano da insurreição m 1810, Zitácuaro já havia centralizado seu governo, instalando ali uma junta nacional de Fernando VII, exercendo funções governativas. Com a guerra, a junta se dividiu em diversos lugares e se modificou, dizendo ter criado um “generalíssimo” o ditador Morelos ou Rayón (ainda não se sabe ao certo qual), exercendo autoridade o país, e formando uma constituição. Demonstrando certa preocupação com os prisioneiros, ignorados pelos espanhóis, que atacaram os revolucionários. Bolívar observa que a junta exercia funções legislativas, executivas e judiciárias, entretanto com número limitado. Assim os acontecimentos mostraram, segundo o autor, que as instituições não eram adequadas a sociedade americana. Conclui que a não ser que seus compatriotas adquiram os talentos de seus irmãos no Norte (da América Saxônica), o sistema político será sua ruina. Critica os vícios da nação espanhola que os mantem longe das qualidades necessárias.

Citando Montesquieu, afirma ser mais difícil libertar uma nação que viveu dominada do que aprisionar uma livre. No entanto a sociedade americana se vê na busca de instituições liberais que os permitam alcançar a felicidade. Em seguida se questiona se a busca pela liberdade não será sua ruina.

Entretanto demonstra seu caráter unificador, afirmando que a constituição de uma América unificada “limparia” os maus e vícios causados pela metrópole, tendo como metrópole o México, por seu poder intrínseco. Concorda parcialmente com M. de Pradt, no que concerne a divisão da América em quinze o dezessete Estados, no entanto discorda da constituição em Monarquias, acreditando ser o sistema republicano mais adequado a formulação de uma Constituição Liberal que promova as relações entre as nações constituídas desse novo modelo.

Contudo, Bolívar prevê que as lutas travadas no continente americano acarretaram a formação de Monarquias (difícil de se consolidar) ou Repúblicas (sendo impossível se constituir em grandes proporções). Retoma as ideias de uma América unificada, sendo por ela possível a expulsão dos espanhóis. Aponta, entretanto, as dificuldades acerca de sua constituição, entre elas os interesses pessoais e a guerra entre os conservadores e reformadores de cada região ganha especial destaque como impedimento a unificação.

Concluindo, a Carta tem o intuito de narrar e abstrair sobre o passado, presente e futuro das antigas colônias, ressaltando no fim, os modelos políticos adotados e uma predição da linha política a ser usualmente usada nestes países. Nos últimos parágrafos, Bolívar demonstra seu desejo de vislumbrar uma América unificada, sendo esta necessária para ultrapassar os vícios e problemas da região.

Referencias bibliográficas

BOLIVAR, Simón. A carta da Jamaica. Editora: São Paulo.

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