Influencia da religião na prática do crime
Por: Jose.Nascimento • 4/10/2018 • 2.578 Palavras (11 Páginas) • 303 Visualizações
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Avançando para os dias atuais, podemos dizer que a sociedade moderna evoluiu muito nesse contexto, criando leis que possam permitir todos a seguirem a doutrina religiosa que bem entenderem, fazendo com que os homens se sintam livres para acreditar na entidade em que quiserem, criando assim um Estado laico.
Nesse diapasão, onde se vislumbra que dentro do Estado Moderno e Neoconstitucional, onde suas leis e postura laica permitem uma liberdade religiosa cada vez maior, é possível traçar uma relação entre o crescimento da religião e os episódios de intolerância religiosa, aumento da criminalidade e o terrorismo?
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HIPÓTESES
H1) Sim, existe uma relação direta, pois diversas religiões levam seus fiéis ao fanatismo religioso, o qual, muitas vezes vem ligado a intolerância, caracterizando-se como um fator que desencadeia uma série de comportamentos que refletem em atos criminosos e até mesmo em ataques terroristas.
H2) Não, na verdade a religião é apontado como um fator de controle social, e por isso exerce importante papel no controle da criminalidade logo, o seu crescimento e os crimes decorrentes do fanatismo religioso e de atos terroristas, praticados por grupos extremistas, não devem ser relacionados a religião, mas sim, á questões políticas, as quais, muitas vezes motivam esses grupos.
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OBJETIVOS
Objetivo Geral
Compreender de que maneira a religião pode influenciar na prática de atos criminosos, muitas vezes ligados ao fanatismo e a intolerância religiosa, tornando-os os principais fatores nesses casos.
Objetivos Específicos
- Verificar se a causa de tanta violência se origina do preconceito e da intolerância religiosa.
- Compreender a relação de tanta violência com questões políticas e sociais, camufladas em um contexto religioso.
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JUSTIFICATIVA
A religião é algo que está em todo o tempo no meio social, desde a antiguidade ela tem ditado vários fatores que compõem a sociedade, de modo que tudo o que era dito se tornava verdade absoluta.
Contudo essa fé exagerada nos dogmas religiosos e nas crenças acabou criando o que é chamado de fanatismo religioso e juntamente com ele a intolerância religiosa.
Muitas mortes e massacres aconteceram ao longo da história em nome de Deus, ou de alguma religião seja ela qual for e isso se tornou algo que acontece até mesmo nos tempos modernos.
Quando a religião era a toda poderosa na Europa, ela produziu uma série de matanças e banhos de sangue por meio das cruzadas, em suas câmaras de tortura e o extermínio em massa dos “hereges”, ó ódio e o fanatismo religioso resultou em todos esses atos juntamente com centenas de massacres judeus e 300 anos de queima as bruxas.
Na década de 1980, a teocracia xiita do Irã – “o governo de Deus na terra” – decretou que os crentes da seita baha’i que não se convertessem ao islã deviam ser mortos. Cerca de duzentos baha’is, inclusive mulheres e adolescentes, foram enforcados ou mortos por pelotões de fuzilamento. E outros 40 mil fugiram do Irã. (HAUGHT, 2003, p.10)
Casos como estes se repercutiram por várias partes do mundo e em várias épocas diferentes, sendo que hoje em dia alguns países de terceiro mundo e até mesmo países de primeiro mundo não se libertaram desse horror religioso.
Como exemplo pode-se citar a Índia onde pessoas de diferentes crenças se massacram uns aos outros, além de vários países árabes que comentem atrocidades em nome de sua fé.
A intolerância e o fanatismo religioso tem sido algo crescente em meio a sociedade mundial, esses fatores tem causado guerras e conflitos ao redor do planeta, sendo que um dos exemplos mais esclarecedores que pode-se obter seria do terrorismo.
Terrorismo é um termo plural, dotado de muitos significados, que apresenta muitos problemas para ser definido devido a sua ambiguidade. Em virtude disso, apresenta sérios obstáculos para estabelecer fronteiras conceituais ou um escopo em torno de sua concepção. Para muitos especialistas, tal fato explica a razão pela qual a comunidade internacional não consegue delimitá-lo criando uma noção que contemple toda sua plenitude e complexidade, e, o que é mais importante, que atenda aos interesses de todos ou da maioria (SANTOS, 2008).
Tais exemplos e relações fazem com que o tema seja de extrema relevância, além de ser muito discutido na atualidade por se tratar de algo que não somente se remete a sociedade brasileira, mas sim envolve um contexto mundial.
O tema abordado nos faz pensar de que forma a religião pode influenciar para a ocorrência de atos criminosos, guiados pelo fundamentalismo e fanatismo religioso, ou se estes atos praticados são escondidos pela religião como pretexto político e social, fazendo com que cada ação praticada seja camuflada em nome de alguma divindade ou vontade de algum “ser”.
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REFERENCIAL TEÓRICO
A pesquisa em questão, se trata de vários acontecimentos ocorridos através da história e nos dias atuais, referente a crimes ocorridos influenciados pela religião, buscando compreender se de fato a religião é a causadora de tais crimes ou se é usada como uma forma de pretexto.
Em muitas guerras, massacres e outros episódios violentos do passado e do presente da humanidade, a religião aparece ora como causa principal do conflito, ora qual fator de significativo relevo somado a outros no trágico desenlace. Impressionantes listas de sangrentos embates de fundo religioso preenchem as páginas de enciclopédias e livros, dos quais os recentes best sellers “Perseguições Religiosas” (2003) e “O Livro Negro do Cristianismo” (2007) são exemplos. A simples leitura diária dos jornais é suficiente para se constatar o fato dos choques entre religiões estarem contados entre as mais ameaçadoras fontes de conflitos no mundo (LUZ, 2008, p.271)
A história nos mostra que a religião teve sempre uma forte influência com relação ao controle das massas de forma que sua doutrina era tradada como absoluta.
Uma forma de demonstrar o controle total da religião, seria voltando na época em que houve a criação da Inquisição religiosa,
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