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Fichamento: "O Contrato Social"

Por:   •  26/11/2017  •  1.558 Palavras (7 Páginas)  •  603 Visualizações

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Numa sociedade é dever dos cidadãos servirem ao Estado no que tange ao interesse geral da sociedade, não cabendo ao soberano solicitar serviços de interesse particular. Quanto as leis, elas condizem a vontade geral, não ficando o soberano acima delas, pois pelo contrário esse último passaria a ser tirano. Nesse caso é dever do Estado regulamentar e garantir que sejam aplicadas as leis, bem como garantir que o interesse da sociedade seja conservado. Por outro lado, uma sociedade jovem é flexível no tocante a afirmação das leis, mas a medida que a sociedade vai envelhecendo os costumes e tradições são enraizados e uma mudança na estrutura política é encarada de forma preconceituosa, mesmo que haja necessidade de uma reforma no regramento da sociedade, e assim a conservação de antigas tradições já não é válido.

Livro III

"Numa legislação perfeita, a vontade particular ou individual deve ser nula; a vontade do corpo, própria ao governo, bastante subordinada; e, por conseguinte, a vontade geral ou soberana sempre dominante é a regra única de todas as outras." (p.88)

"Discutiu-se em todos os tempos a melhor forma de governo, sem considerar que cada um deles é a melhor em determindos casos e a pior em outros.(p.92)

O entibiamento do amor à pátria, a atividade do interesse privado, a imensidade dos Estados, as conquistas, os abusos do governo, fizeram imaginar a criação dos deputados ou representantes do povo nas assembléias da nação. É a isso que, em certos países, se ousa chamar de terceiro estado. Assim, o interesse particular de duas ordens é posto no primeiro e no segundo plano; o interesse público é relegado ao terceiro. (pp.130-131)

Pode-se dizer que a melhor forma de governo varia em alguns aspectos. A monarquia, por exemplo não é bem vinda em um Estado de grandes dimensões, uma vez que é difícil um só homem manter o controle do poder nessas condições. Por outro lado a democracia também verdadeira nunca existiu, pois sempre haverá governante e governados, sempre haverá interesse particular e interesse público, um sobrepondo ao outro. A aristocracia se aproxima um pouco da democracia, sendo que nela há dois corpos, o governo representando os interesses particulares da administração, e o soberano representando a vontade geral, ou seja, os cidadãos comuns. Há ainda o surgimento das assembleias legislativas, fruto da corrupção dos governos e da negligência do povo em tomar decisões políticas. Nesse caso, o interesse público fica em terceiro plano, uma vez que as pessoas não são ativas políticamentes, e as assembléias e o governo defendem primeiro o interesse dessas duas ordens.

Livro IV

"As eleições por sorteio teriam poucos inconvenientes numa verdadeira democracia, onde, seindo todos iguais em costumes, dotes intelectuais, preceitos e fortuna, a escolha se tornaria quase indiferente. Mas, como afirmei, não existe verdadeira democracia. (p.152)

"[…] quando o povo veio a corromper-se e os votos passaram a ser negociados, convencionou-se que o sufrágio se tornasse secreto a fim de conter pela suspeita os compradores, e fornecer aos velhacos o meio de não se tornarem traidores. (p.168)

"Resta, pois, a religião do homem ou o cristianismo, não o de nossos dias, mas o dos Evangelhos, que é de todo diferente. Por essa religião sagrada, sublime, verdadeira, os homens filhos do mesmo Deus, se reconhecem todos como irmãos, e a sociedade que os une não se dissolve, nem na morte. (p.189)

Para que a democracia fosse realmente verdadeira, poderia supor que as eleições se dessem por sorteio, uma vez que cada cidadão pertencente a mesma sociedade possui atributos morais para conduzir o Estado. Mas, ao contrário disso, a sociedade se corrompeu junto com os princípios democráticos, passando o voto ser até negociado, privilegiando interesses privados e não interesses públicos. Quanto a religião essa pode se tornar um eixo norteador de uma sociedade, mas para isso seria necessário uma religião voltada unicamente para o culto interior a Deus, sem ser limitada por dogma ou prescrita por leis e nem regida ou alienada por um Estado. O cristianismo poderia ser essa religião, no entanto como o cristianismo prega servidão e dependência, ela cederia para um poder tirano que viesse a se aprouver dela. Logo, os cristão não agiriam em defesa de um bem comum, pois para eles, o que viesse acontecer seria uma vontade de Deua que deveria ser respeitada.

Parecer crítico:

É imprescindível conhecer como se deram as primeiras sociedadades e quais as necessidades de se fazer o contrato social. É de súmula importância compreender também como o enraizamento político, princípio básico para viver em sociedade, privou a liberdade dos cidadãos e atribui ao mesmo tempo direitos e deveres, que são os meios que denotam uma igualdade de vida. Nesse caso busca se compreender como esses princípios construíram os alircerces das sociedades

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