DIREITO ROMANO

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Quando confronta Crito, o pai do filho de Vorena, Lucius diz que sua filha é sua propriedade e ele deveria ter sido consultado. O instituto jurídico lhe dá poder de propriedade sobre sua família é o Pater Familias, o qual era de que ele podia exercer autoridade absoluta sobre o filho, fosse ele púbere ou não, casado ou não, e tinha o poder de deserdá-lo. Para casar, celebrar negócios, obter empréstimos, tomar posse em cargos públicos e exercer quaisquer outros atos da vida civil o filho necessitava de prévio consentimento do pai. O filho “só se tornava inteiramente romano, ‘pai de família’, após a morte do pai, ou seja, o Pai de Família era um homem sem nenhuma ascendência. Portanto Lucius era Sui juris que é a pessoa que não está vinculada a nenhuma outra do grupo familiar (quem não está sob a Patria Potestas de ninguém), ou seja, é independente, e Vorena é Alieni Juris, pois está vinculada a um Pater (aquele que está sob Pátria Potestas que é o poder do Pater sob seus dependentes, os alieni juris, ou seja, dependente) que no caso é o seu pai Lucius. Quando o Pater Famílias morre, os alieni juris que lhe estão subordinados passam a Sui Juris e os que lhe estão subordinados passam a serem seus Alieni Juris.

Na iminência da guerra, Lucius fala que não pode morrer ainda, e ele pergunta: “quem vai jogar vinho sobre meu túmulo?”, ele está se referindo ao ritual religioso da época, o qual o corpo sepultado era tido como algo vivo e o ritual que teria que ser feito pelos familiares durante o seu funeral era conhecido como banquete fúnebre, ou seja, era enterrado junto ao corpo vinho, cavalos, escravos, comida e instrumentos, tudo isso porque eles acreditavam que o falecido precisaria disso após a morte. Esse ritual era de caráter domestico, tendo que ser feito pelos apenas pelos seus familiares, pois o morto não aceitava oferta de todos e se assim não fosse feito a sua alma não descansava em paz.

REFERÊNCIAS

. Acesso em: 16 ago. 2016, 09.20.00.