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Criminalidade Feminina

Por:   •  28/3/2018  •  2.359 Palavras (10 Páginas)  •  241 Visualizações

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No decorrer dos séculos, a mulher passou por momentos de tensão relacionados à submissão e à luta pela liberdade, podemos usar como exemplo a imagem de uma grande figura nordestina, “ Maria Bonita”, ao mesmo tempo sensível, amável e violenta. Nota-se com isso que a primeira imagem verificada de uma mulher é se há nela indícios de sensibilidade, se sua aparência aparenta ser materna, acolhedora.

Com o decorrer do tempo, e a conquista da mulher por esse espaço, é notável uma abrangência da mulher no mundo do crime, podendo verificar que a sua trajetória inicia desde a juventude com a formação de gangues, onde muitas das vezes os crimes praticados, dentre eles assassinatos e atos violentos, tinham como finalidade mostrar que elas é quem “mandavam” naquele determinado espaço, a ideia era marcar o território, tendo como base os interesses ligados à droga, auto-afirmação e à busca de liderança.

Neste sentido, Rosemary de Oliveira Almeida (2001) reforça o que é de interesse neste estudo, que é tratar em especial e de modo interrogativo, de temas relacionados ao crime e à liberdade como parâmetros a serem amplamente refletidos, levando-se em conta não apenas a discussão sobre classes sociais, mas também questões pertinentes às relações de gênero. A liberdade e a justiça, bem como as lutas populares em favor das mulheres, me levam a refletir sobre um projeto maior, que é o projeto político de autonomia e liberdade.

- 1.1 Problema

O problema a ser pesquisado por intermédio do presente estudo é qual a realidade social das mulheres na prática de crimes.

Quais fatores levaram à prática de tal ato?

Sabendo-se que a emoção é um grande fator para a prática de um crime, pode a mulher ser "imunizada" por se tratar de um sexo-frágil?

A maioria das mulheres fugiram dos padrões dados como universais para o sexo feminino até então conhecido. Além do desgaste de manter família e o casamento, não se enquadraram com os estereótipos de mansidão e fragilidade e, muitas vezes, se deixaram conduzir pelo desejo de emancipação, lutando consciente ou inconscientemente por seus direitos de participação no espaço público e no mundo do trabalho. Assim, revelaram em cada característica tida como oficial, uma certa transgressão aos padrões estabelecidos, tomando um rumo completamente diferente do que se podia observar incialmente.

E é esta transgressão que dá força à proposta pesquisa para se expandir, pois parte desta o desenvolvimento da figura feminina em mundo até então diferente aos moldes que enquadravam da figura feminina.

- 1.2 Hipótese

Parte-se da hipótese de que a mulher por ser mãe, responsável pelo sustento do lar, pratica crimes em prol das circunstâncias por ela vivida, como no caso da mãe que rouba para dar de comer, da mãe que mata para não ver o filho sofrer, tudo isso é colocado como base no cenário da mulher criminosa.

Busca-se analisar a realidade social da mulher, desde sua etnia até sua realidade profissional e psicológica, a fim de criar um parâmetro do meio no qual ocorre os maiores índices e determinar ao certo os fatores causadores da ação.

Determinar de uma certa forma os fatores predominantes nas práticas de crimes e se tais fatores advém da condição em que elas se encontram. Como no caso da "Fera da Penha – 1960", onde uma mulher na condição de amante e cansada de ocupar tal lugar e sem mais paciência para esperar que a situação fosse resolvida, tomada por amor e ódio ao mesmo tempo mata uma criança com um tiro e queimada, a fim de atingir o seu tão amado amante.

- 1.3 Objetivos

- 1.3.1 Objetivos gerais

Estudar o cotidiano de mulheres antes e durante o momento em que cumprem pena, a fim de chegar aos reais fatores que as levaram à prática de condutas delituosas e a partir desta análise, criar um índice comparativo da realidade social das mesmas.

Estabelecer assim, um comparativo sobre qual seria então o real fator de tais condutas.

- 1.3.2 Objetivo Específico

Conhecer da rotina da mulher criminosa e dos fatores por ela determinantes para a prática do crime, enquadrando a pesquisa no que tange à sua conduta, se esta se propagou por vingança, prazer, coação ou até mesmo meio de defesa. Observando-se que nem sempre a realidade social de uma pessoa pode determinar as condutas que ela possa vir a ter perante a sociedade e aos que a rodeiam.

- 1.4 Justificativa

O tema acima proposto, deve ser estudado devido aos casos pouco abordados no que tange a figura feminina, notando que a mulher iniciou seu papel na sociedade com uma figura determinada e que até hoje é usada como forma de identifica-la.

Com o passar do tempo, seguido de constantes lutas pela classe feminina, observa-se que esta expandiu seu papel na sociedade, tomando espaço antes ocupado apenas pelo homem.

Casos em que a mulher figura no pólo ativo da ação como autora de um crime, são pouco abordados e quando tomam conhecimento pela sociedade, geram tamanha especulação pois a mesma não entende que a mulher não é mais um ser totalmente frágil, e que pode também agir movida por emoção ou pela razão.

Analisar o fator determinante da conduta, tomando como ponto de partida a trajetória feminina, desde sua conquista por igualdade de direitos até o momento atual. Estudar se sua realidade é fator primordial para a prática delituosa e se esta é aceita como termo justificante da mesma. Como também estudar os fatores psicológicos e sociais da mesma, e se estes são termos usados para justificar condutas por elas praticadas, haja vista que pouco se conhece dessas condutas praticadas por mulheres, observando-se sempre o homem como base para se tratar do “criminoso”.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

O referido trabalho na tentativa de melhor explanar sobre o conteúdo,necessitará de dados advindos de casos concretos, como também de gráficos que informem com veracidade índice em que tais condutas ocorrem. Para isso, utilizaremos autores, trabalhos científicos publicados, relatos feitos em artigos, entre outros instrumentos, na tentativa de melhor

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