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A Defesa de Socrates

Por:   •  30/1/2018  •  1.461 Palavras (6 Páginas)  •  632 Visualizações

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por determinação dos deuses, esses que estavam acima das leis.

7) Considerando os dois fragmentos abaixo, como podemos definir a justiça na perspectiva de Sócrates?

“ A verdade, Atenienses, é esta: quando a gente toma uma posição, seja por a considerar a melhor, seja porque tal foi a ordem do comandante, aí, na minha opinião, deve permanecer diante dos perigos, sem pesar o risco de morte ou qualquer outro, salvo o da desonra.” (DS, p. 14)

“ O juiz não toma assento para dispensar o favor da justiça, mas para julgar; ele não jurou favorecer a quem bem lhe pareça, mas julgar segundo as leis. Nós não vos devemos habituar ao perjúrio, nem vós deveis contrair esse vício; seria impiedade nossa e vossa.” (DS, p. 20)

A justiça na perspectiva na visão de Sócrates é de que as leis devem ser seguidas a risca e o juiz deve honrar seu cargo e não favorecer a quem bem lhe pareça. Também deve se evitar o uso de perjurio, quem em sua perspectiva é como a desonra, pois o homem deve honrar com a posição que tomou como a justiça honra as leis que a regem.

8) Na sua opinião, qual o significado do julgamento e da condenação de Sócrates para a reflexão sobre a justiça na atualidade?

O julgamento e condenação de Sócrates remete a questão sobre aplicação da lei e os comportamentos humanos. O filosofo foi condenado por discordar e questionar a moral ateniense, mas não havia provas ou testemunhas das acusações. Tal observação remete ao questionamento de que a justiça é realmente levada em consideração, na lei ou na moral.

9)Cite uma das idéias de Sócrates que mais lhe chamou a atenção? Justifique sua resposta.

"De sorte que perguntei a mim mesmo, em nome do oráculo, se preferia ser como sou, sem a sabedoria deles nem sua ignorância, ou possuir, como eles, uma e outra; e respondi, a mim mesmo e ao oráculo, que me convinha mais ser como sou." (Os Pensadores, p. 39)

Após grande investigação, Sócrates chega a conclusão de que é melhor saber pouco de muito e viver sem ignorância do que achar que sabe muito de tudo e de que ninguém é mais sábio. E isso é um ensinamento que se deve levar para a vida, pois sempre podemos encontrar alguém com maior conhecimento em determinado assunto e devemos aprender com o mesmo. Nenhum ser detém conhecimento absoluto e aprendizagem é uma constante na vida humana. Se viveis sem ignorância e prepotência, logo será conhecedor de diversos assuntos e dia após dia se tornará mais sábio.

10) A partir do texto “Filosofia e política”, de Hannah Arendt, explique a afirmativa: “ O abismo entre filosofia e política abriu-se historicamente com o julgamento e a condenação de Sócrates...” (p. 91)

Após a condenação de Sócrates, Platão desencantou-se com a vida na polis e o fez refletir sobre filosofia e politica. Após suas reflexões Platão chegou a conclusão de que a persuasão de nada valia na politica pois ela era guiada não por verdades, mas sim por opiniões.

11) Considerando as ideias de Hannah Arendt sobre Sócrates, pode-se comparar esse filósofo com Aquiles? Justifique sua resposta.

Sim, pois durante o julgamento Sócrates recusou mudar seu tom de franqueza para tentar persuadir os juízes. Enquanto aguardava a sentença, após ser julgado, Sócrates sabe que fazer o que era justo para ele o levara provavelmente a pena de morte, a exemplo de Aquiles. Aquiles mesmo sabendo que seu ato iria levá-lo à morte, recusou-se a agir injustamente, vingando a morte de seu grande companheiro Pátroclo. Tanto Sócrates quanto Aquiles se recusaram a agir com desonra apenas para manter a vida, tornando ambos símbolos da cultura grega.

12) Comente a afirmativa: “A oposição entre verdade e opinião foi sem dúvida a mais anti-socrática conclusão que Platão tirou do julgamento de Sócrates.” In: Filosofia e política, de Hannah Arendt, p. 92.

Essa conclusão de Platão foi anti-socrática porque na visão de Sócrates nenhum homem era detentor da verdade, mas sim de conhecimento baseados em pontos de vista. Ao afirmar que haveria divergências entre verdade e opinião, Platão colocou-se acima dos homens, se considerando um sábio e assim, tornando um daqueles que Sócrates se negava a ser: um ser com conhecimento absoluto e detentor da verdade em determinado assunto, mas que não conhecia nada além de tal assunto e muito pouco do mesmo, mas munido de ignorância para se achar detentor de tal verdade.

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