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Como o poder influencia a vida das pessoas

Por:   •  11/1/2018  •  1.716 Palavras (7 Páginas)  •  360 Visualizações

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As alianças são extremamente estratégicas e no processo para o poder bastante necessário, pois imaginando a quantidade de inimigos que pode se conquistar no caminho. Construir uma fortaleza ao redor de si é a coisa mais segura a se fazer. Está seria uma forma para proteção e diminuir os pontos que possam trazer a exposição. Mas, é claro que tem que ser pensar naquela máxima “Mantenha seus amigos por perto e seus inimigos mais perto ainda” A ideia é que perto dos seus adversários fique mais fácil monitorá-los e de alguma forma controlá-los. Desta forma, entendesse que todos estão envolvidos no jogo de poder, uns mais diretamente do que outros, obviamente que alguns não acreditam nisso e para isso Robert Greene no livro “As 48 leis do poder”, afirma:

“E, para quem acredita que participar de jogos de poder é uma atividade condenável, ele faz um alerta: Não adianta querer ficar de fora. O mundo é como um imenso e dissimulado cassino e todos nós fazemos parte dele. Quanto mais rápido você descobrir as regras do jogo, maiores serão as suas chances de sucesso. "Quanto melhor você lidar com o poder, melhor você será como pessoa. (...) Se o jogo do poder é inevitável, vale mais ser um artista do que negar ou agir desastradamente"..

Existe um paradoxo quando falamos de amigos no poder, pois é preciso deles para chegar ao poder, mas o individuo tem ciência que não pode confiar plenamente, provavelmente seja uma das coisas mais complicadas para quem deseja o poder, principalmente quando pensamos no conceito de amizade no seu livro “Ética à Nicômaco”:

“A amizade é, pois uma virtude extremamente necessária à vida. Mesmo que possuamos diversos bens, riqueza, saúde, poder, ainda assim, não será suficiente para nossa realização plena, pois nos falta à essencial e indispensável amizade. Na ética aristotélica, quanto mais influência e poder manipular um homem mais necessidade ele terá de ter amigos”.

A visão de quem chega ao poder é bem parecida com quem está no mercado de trabalho quando alguém o questiona sobre seus amigos naquele ambiente, existe uma precaução e muita desconfiança, é evitado ao máximo utilizar o ter ”amigo” na maioria das vezes prefere chamar de colega, o que ocorre no caminho do poder é apenas a utilização do termo “aliado”, mas o sentido é o mesmo, fica bem visível que há uma resistência e um medo que surge como resposta de suas próprias ações, portanto não é possível afirmar que seja uma regra no poder a máxima de não ter amigos. O que deve existir assim como em qualquer lugar é o cuidado, pois ninguém conhece totalmente o outro e esperar qualquer atitude é o mais correto.

Pensando em tudo isso é possível chegar à conclusão que o poder acaba com as relações interpessoais, pois cria uma barreira que não permite que a confiança passe de forma alguma, na realidade o poder tece uma teia que gera o sentido de inveja e cinismo e isso faz que a aversão a amizade cresça cada vez mais.

O poder altera as crenças sobre a generosidade dos outros, o que ocorre é simplesmente a consequência da destruição da confiança, pois a partir disso é criado um censo automático que gera uma dúvida: Quais são as motivações dessa pessoa por ter feito isso por mim? O que ela pretende com isso? Com certeza terei que dar algo em troca?! Este processo automático se torna tão normal que é feito praticamente sem o próprio desejo. Uma grande causa, além é claro da própria desconfiança, é o fato de acreditarem que estão mais propensos a ser alvo de oportunistas, e pessoas que bem inteligentes utilizam palavras que até parecem altruístas (Aquele que pensa mais nos outros que em si mesmo). Essa é uma das explicações para a frieza dos poderosos, porém muitas vezes aplica este princípio em excesso e se torna muito mais desconfiado de qualquer ato generoso que lhe é oferecido, independentemente de quem esteja oferecendo.

Desde que o mundo é mundo, o poder é cobiçado e buscado em todas as suas instâncias. Do reino animal para todas as sociedades humanas, o poder é a moeda do sucesso. Isto é fato. Contudo, é complicado dizer se o poder é benéfico ou maléfico para as pessoas, cada um agirá de uma forma, pois todos nós temos pensamentos diferentes e somos diferentes por natureza, a grande questão está em como usufruí-lo e principalmente a forma de controlar as consequências, o que não ocorre na maioria dos casos, mas deveria ser a primeira coisa a se fazer é o indivíduo parar e pensar em tudo que está em torno do poder e verificar se vale à pena ou não, por exemplo, abdicar da sua família e amigos para ganhar uma coisa que pode não durar para sempre. Não necessariamente a família precisa ser esquecida, mas dependendo do lugar alcançado é um fato que todos que estão a sua volta correm perigo, este perigo está ligado a questão dos inimigos “conquistados” no caminho ao poder.

Seria muita hipocrisia dizer que não tem o lado bom do poder, seja riqueza, acesso a informação e provavelmente o mais desejado reconhecimento e respeito dos outros, mas o ponto a ser levantando que cria um grande ponto de interrogação é: o poder é capaz de trazer a felicidade? Tendo em vista que a solidão acaba sendo uma consequência.

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