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As Propriedades Essenciais dos Juros e do Dinheiro

Por:   •  1/5/2018  •  1.534 Palavras (7 Páginas)  •  354 Visualizações

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Por diversas razões tomadas em conjunto com uma força decisiva, é muito provável que a taxa monetária de juros resista com frequência a baixar adequadamente:

- Efeitos que uma baixa na unidade de salários produz sobre as eficiências marginais dos outros bens em termos de moeda, pois é a diferença entre estas e a taxa monetária de juros que nos interessa

- O fato de serem os salários propensos à rigidez quando medidos em moeda, sendo o salário nominal mais estável que o real, tende a aumentar a propensão da unidade de salários a baixar em termos de moeda

- Características da moeda que satisfazem a preferência pela liquidez, sem custo de manutenção ao longo do tempo

O significado da taxa de juros monetária surge, da combinação de características que faz com que possa ser mais ou menos insensível a uma mudança na proporção que a quantidade de moeda guarda com outras formas de riqueza medidas em dinheiro e que este tem elasticidades nulas de produção, e que a moeda pode ter elasticidades nulas ou insignificantes de substituição.

Com exceção da moeda, um aumento da taxa monetária de juros retarda a produção de riquezas em todos os ramos em que ela é elástica, pois determina o nível de todas as demais taxas de juros de mercadorias e refreia o investimento para produzir essas mercadorias.

Mas o ponto focal do problema é a característica que torna o ouro especialmente adequado para servir de padrão de valor, a inelasticidade de sua oferta. Dada a propensão a consumir, o volume do investimento não pode ser aumentado quando a mais alta das taxas de juros específicas de todos os bens disponíveis, medidos por certo padrão, é igual à mais alta das eficiências marginais de todos os bens. Esta condição é satisfeita ou em pleno emprego ou caso haja algum bem, a moeda, neste caso, cujas elasticidades de produção e de substituição sejam insignificantes e cuja taxa de juros decline, à medida que sua produção aumente mais lentamente que as eficiências marginais de bens de capital medidas em termos desse bem.

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IV.

Como as características da moeda que conferem à sua taxa de juros uma importância significativa estão ligadas ao fato de ser ela o padrão:

- O fato de serem os contratos fixos e de serem os salários estáveis, em termos de moeda, contribui para que a moeda tenha um prêmio de liquidez tão elevado em relação aos custos de manutenção

- A expectativa normal de que o valor da produção seja mais estável em termos de moeda depende do fato de os salários serem relativamente rígidos, e não apenas estipulados em moeda

O bem em função do qual se espera que os salários sejam mais rígidos só pode ser um cuja elasticidade de produção seja mínima e cujo excedente de custos de manutenção sobre o prêmio de liquidez seja igualmente mínimo. Portanto, o excedente do prêmio de liquidez sobre os custos de manutenção maior para a moeda do que para qualquer outro bem resulta na expectativa de rigidez relativa dos salários em termos de moeda.

Erro de Pigou: suposição de que o sistema considerado é estável, no sentido de que as pequenas variações na propensão a consumir e no incentivo a investir não produzem efeitos violentos sobre os preços

V.

a “liquidez” e os “custos de manutenção” são, ambos, questão de grau e que é unicamente na importância da primeira em relação aos últimos que reside a peculiaridade da “moeda”

Keynes: O fato de ser o mundo tão pobre como é em bens de capital acumulados, apesar da ininterrupta poupança individual durante vários milênios, não deve ser explicado, na minha opinião, pela tendência da humanidade para a imprevidência, nem mesmo pelas destruições das guerras, mas, antes, pelos prêmios de liquidez que outrora tinha a propriedade da terra e que agora tem a moeda

Marshall: Todos sabem que a acumulação de riqueza é refreada, e que a taxa de juros se sustenta em virtude da preferência que a maior parte da humanidade tem pelas satisfações imediatas sobre as diferidas, ou, em outras palavras, pela sua relutância em ‘esperar’

VI.

Taxa natural/real de juros: aquela que mantém a igualdade entre o montante da poupança e o montante do investimento

Há em cada sociedade uma taxa de juros diferente para cada volume teórico de emprego hipotético e natural no sentido de que o sistema estará em equilíbrio. Em certas circunstâncias, o sistema pode estar em equilíbrio abaixo do pleno emprego. Ela é simplesmente a taxa que manterá o status quo.

Taxa ótima/neutra: a taxa natural no sentido anterior que é consistente com o pleno emprego, dados os outros parâmetros do sistema. Isto é, a que prevalece em equilíbrio quando a produção e o emprego são tais que a elasticidade do emprego,

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