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A VIDA DE KARL MARX E CONTEXTO HISTÓRICO

Por:   •  21/12/2018  •  2.287 Palavras (10 Páginas)  •  361 Visualizações

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desvalorização vem a gerar uma discrepância de classes cada vez maior: de um lado a burguesia, e de outro o proletariado. Surgem então, as bases do atual capitalismo.

É ainda em Londres que Marx opta por cessar suas atividades políticas para estudar o meio de produção capitalista; em 1867 ele publica, junto com Engels, o primeiro volume de seu Magnum opus “O Capital”, onde faz sua crítica à economia de capital. Contudo, ele acaba por voltar às atividades politicas antes mesmo de publicar “O Capital”, e em 1864 ele funda a "Primeira Internacional", uma

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organização responsável por articular movimentos e disseminar o ideal comunista em nível internacional, organização essa que acabou em 1872. Karl Marx faleceu em Londres, no dia 14 de março de 1883.

Viveu, portanto, durante a maior parte do Século XIX, esse considerado como o mais revolucionário dos séculos segundo alguns teóricos, fazendo-se presente em movimentos como a Revolução Industrial e em períodos de euforia da pós-Revolução Francesa e do Processo de Independência dos EUA. É incontestável que o momento era de transformações nos âmbitos político, econômico e até mesmo cultural, no qual situações como a "mobilidade social", por exemplo, considerada corriqueira no cenário contemporâneo atual, era excentricidade para a época.

3. APANHADO GERAL DO PENSAMENTO MARXISTA

3.1 Materialismo Histórico

O “Materialismo Histórico” é um termo utilizado por Karl Marx, cujo qual designa que todos os acontecimentos da história da civilização se dão devido á fatores socioeconômicos, ou seja, fatos sociais – religião, ideologias, política – são regidos apenas pelas relações econômicas; os vínculos materiais são tidos como a base primordial de tudo.

Ainda de acordo com suas observações, os fatores econômicos se subdividem em: “Infraestrutura”, essa como a fonte das condições de trabalho e relações de produção; e “Superestrutura”, tudo o que não está apto a fornecer meios de

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produção; a despeito de fatores de relevância, a infraestrutura tende a possuir predominância sobre a superestrutura, devido à influência dos aspectos econômicos.

3.2 Classes sociais

A sociedade é, portanto, em relação aos fatores econômicos, fragmentada em dois grupos seletos: A “burguesia”, dona dos meios de produção; e o “proletariado”, fornecedor da força de trabalho para aqueles que possuíam os meios de produção. Em dados estatísticos, a burguesia compunha uma parcela mínima da população, enquanto que o segundo grupo era constituído por um conjunto preponderante.

O fator existencial das classes sociais tem consequência direta no desenvolvimento das desigualdades sociais, juntamente com a concepção da “propriedade privada”, onde a mesma encontra-se apenas como exclusiva da burguesia. Portanto, o fato de existirem privilégios á um grupo abastado torna por originar a famigerada desigualdade social, e, por conseguinte, a estratificação da sociedade; tem-se então um processo de relação cíclica entre os fatos.

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Como consequência da supremacia da burguesia sobre o proletariado, em uma relação á longo prazo, a tendência é que haja uma desvalorização crescente da mão-de-obra, a fim de tornar a força de trabalho cada vez mais dependente do meio de produção para sua subsistência, além da locupletação decorrente, por parte da classe mais opulenta.

4. FORMAS DE EXPLORAÇÃO

4.1 Mais-Valia

Acerca do conceito de “mais-valia” difundido pelo ator, está a “Absoluta” – quando o capitalista age de modo a aumentar a produção da força de trabalho sem proceder com a retribuição necessária, apropriando-se do excedente –; e a “Relativa” – trata-se da mecanização do meio de produção; a substituição do trabalho humano pelo trabalho maquinal.

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A classe operária, no caso de situações de mais-valia absoluta, encontra-se coagida pela necessidade, pois é totalmente dependente do trabalho para sua provisão, submetendo-se, portanto, a qualquer imposição a ele proferida.

Refere-se a “desemprego estrutural” a situação onde o percentual de trabalhadores se sobressai ás ofertas de emprego no mercado de trabalho, tendendo também, a uma desvalorização da mão-de-obra, uma vez que a procura torna-se incessante e de fácil reposição, gerando no fim, lucro garantido ao capitalista.

Diz-se respeito a “exército de reserva” a circunstância em que a taxa de trabalhadores excede o total de ofertas de emprego disponibilizadas, estando, portanto, ligada diretamente ao desemprego estrutural.

5. ALIENAÇÃO

Situações de “alienação” numa relação patrão/operário ocorriam quando, por exemplo, esse primeiro ludibriava seu subordinado com a promessa da conquista futura de um lugar na mesma posição social que a sua, através do trabalho incessante, por parte do trabalhador; trata-se apenas de mero dispositivo de controle, denominado de “meritocracia”.

Karl Marx defendia ainda o ideal de que o proletariado deveria ocupar seu tempo livre com atividades que elevassem sei intelecto, contudo, levando em consideração a carga horaria de trabalho que era incumbida aos operários das fábricas, a grande massa

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