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A Economia da Cultura

Por:   •  27/6/2018  •  2.590 Palavras (11 Páginas)  •  266 Visualizações

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A economia da cultura foi lançada em 1966 por Baumol e Bowen com o livro Performing Arts: The Economic Dilemma, porém, bens culturais são estudados antes dessa data com relação a microeconomia e não a uma matéria especifica. Estes estudos em relação a economia cultural existem desde a época dos economistas políticos, segundo Goodwin. Por outro lado, Blaug afirma que vários autores tentaram modificar a economia da cultura em uma disciplina da antropologia, ao invés de economia.

Goodwin explica que Jevons foi o economista marginalista que mais dedicou ao estudo da arte. Ele tinha uma função no desenvolvimento econômico, criticando as elites por coibirem a população das artes finas. Ele também estudou a economia dos museus, e pensava que estas instituições deviam ser estudadas cientificamente.

Goodwin afirmava também que uma grande parte dos economistas clássicos via a arte como algo supérfluo e que Veblen partilhava das mesmas opiniões de certos economistas clássicos, de que a arte era supérflua. Veblen identifica a aquisição de arte como “consumo conspícuo”: expressões artísticas que colocavam a posição do comprados como alguém que teria grande status, pois ele desembolsou uma quantidade considerável para manter a obra de arte em sua possessão.

Tugwell defendeu o planejamento racional da economia, e tal projeto incluiu as artes. Foram criados programas que tinham um objetivo de não apenas incentivar as artes, mas também criar uma “democracia cultural”. Para que esse programa funcionasse era necessário tornar as artes acessíveis à população em geral, não apenas as elites. Extrair o estigma de “consumo conspícuo” sobre as artes.

Desde o começo se definiu a economia da cultura como sinônimo de economia das artes e literatura. A economia da cultura “está localizada na encruzilhada de várias disciplinas: história da arte, filosofia da arte, sociologia, direito, administração, e economia e abrange o estudo econômico de pinturas, artes performáticas, literatura, música, patrimônio histórico e artístico, artesanato, e até mesmo mídias eletrônicas, como jogos e produções de internet”.

2) Diferencie valor social e cultural de valor econômico e tente explicar quais os principais fatores que afetam a valoração, valorização e financiamento de cultura.

Segundo a microeconomia o valor de um bem é determinado de acordo com sua utilidade para o agente que o consome, este é expresso na forma de preço, o qual é definido a partir das escolhas do consumidor, dadas as suas preferências e restrições. O valor cultural esta ligado a uma unidade de um grupo cultural especifico, simbolizando a distinção do grupo em relação aos demais. Esse valor leva em consideração questões importante de identidade.

Muitos tentam aproximar, relacionar, o valor econômico ao valor cultural por meio da propensão a pagar do consumido, visto que leva em consideração a avaliação cultural, ou seja, é baseada em escolhas que sociais e culturais. Porem, de acordo com Throsby (2001) o valor cultural não pode ser identificado via propensão a pagar, deve ser considerado um valor a parte, visto que nem sempre é perceptível ao agente, ou quando perceptível não é perfeitamente captado via preços ou propensão a pagar. Assim pode-se pensar se o valor cultural de um bem é totalmente mensurável em termos reais. Porem o valor econômico é a única medida disponível sintética sobre o valor do bem, logo é utilizado na maioria dos estudos como indicador de valor cultural.

Assim podemos dizer que valor social e cultural se diferencia do valor econômico no fato de não estarem ligados apenas em valores monetários, valores reais , visto que leva em consideração identidades de determinados grupos, pertencimento, integração, coesão.

Podemos dizer que valorização esta ligada ao primeiro contato, quando estipulado valor é de forma espontânea e emocional de varia de pessoa para pessoa, na maioria das vezes não se é capaz me mensurar valores reais, pois esta relacionada a importância daquilo para a pessoa. Já valoração se atribui valor as coisas, ou seja, já se encontra um valor estipulado. Assim podemos dizer que a valoração, valorização e o financiamento da cultura está ligado a identidade comunitária (social) de um determinado grupo, o incentivo á criatividade e a cultura da localidade, uma vez que as atividades culturais contribuem para a formação de identidades, coesão social, e o respeito a diversidade, estão ligados também a geração de renda e emprego e atração de firmas e trabalhadores para localidade, visto que as atividades culturais podem melhorar a imagem da localidade, tornando-a um destino de migração da capital e do estabelecimento de novos negócios, investimento. Enfim vemos que a identidade cultural, os valores nela considerados, a importância que a localidade da a cultura e sua capacidade de gerar emprego e renda são os principais fatores que afetam a valoração, a valorização e o financiamento da cultura.

3) Use o texto de Paglioto e Machado e tente identificar quais os principais determinantes do consumo e furição (oportunidade) de cultura.

A hipótese básica do artigo de Paglioto e Machado, é que quando ocorre um aumento no capital humano causa um aumento no consumo da cultura, os gostos ficam mais apurados e seletivos. O custo de oportunidade do indivíduo se torna cada vez menor, aprimorando assim o seu consumo em cultura, levando ao vício em consumir determinado produto. A demanda por bens e serviços artístico-culturais é elástica em relação à renda, caracterizando os bens culturais como bens de luxo.

Variáveis como idade, ser solteiro, possuir filhos e ser do sexo feminino aumentam a probabilidade de demandar o bem ou serviço cultural. Entretanto há a necessidade de levar em consideração as características de distinção social, como renda e escolaridade, assim como o contato prematuro com a arte, e basear-se em hábitos e símbolos de uma comunidade, para definir o perfil dos consumidores de produtos culturais.

As diferentes atividades de lazer e cultura são divididas em práticas externas e domiciliares, com tudo, os dados apontam que os frequentadores de práticas culturais externas também são consumidores de atividades domiciliares, verificando que as práticas se completam.

Os resultados da estimação do modelo indicam que os principais determinantes para um consumo mais diversificado de bens e serviços culturais seriam a renda e a educação. Pois os indivíduos que possuem ensino superior são os que mais gastam com produtos culturais externos, quando comparados

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