A Conjuntura Econômica e a Carne dos EUA
Por: Juliana2017 • 5/3/2018 • 1.703 Palavras (7 Páginas) • 487 Visualizações
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Fonte: World Bank - Últimos dados disponíveis.
O infográfico a seguir apresenta os níveis percentuais de liberdade econômica do Estados Unidos sob importantes aspectos – como liberdade fiscal, empresarial, monetária, em investimentos, entre outros. Os altos níveis estadunidenses indicam uma economia aquecida e livre, estando abaixo de seus níveis normais apenas a liberdade fiscal e os gastos do governo.[pic 2][pic 3]
A recuperação pós-recessão tem sido caracterizada por um crescimento lento, desemprego elevado, uma diminuição no número de americanos que procuram trabalho, e de grande incerteza, o que tem travado o investimento. Aumento de impostos e encargos regulatórios, agravado pelo favoritismo com relação a interesses entrincheirados, subcotaram o crescimento empresarial historicamente dinâmico da América.
Perspectivas 2014 a 2018
Economia americana tem dado sinais mistos de recuperação, levando a alta volatilidade nos mercados e maior dificuldade na avaliação das ações futuras do Fed. A criação líquida de postos de trabalho é um dos aspectos positivos, apesar da decepção com os números de setembro. Geração de 148 mil empregos veio abaixo das expectativas. Ainda assim, taxa de desemprego recuou para 7,2% em setembro. Em setembro, Federal Reserve não confirmou expectativa do início da redução dos estímulos monetários. Pesaram aspectos como o ajuste fiscal, o desemprego ainda elevado e a piora do setor imobiliário, ocorrida após a alta dos juros dos treasuries.
Para 2015, o mercado prevê elevação da taxa com retomada da economia americana, decisão que deve valorizar ainda mais o dólar, impactando países emergentes.
A carne americana
Os Estados Unidos é o maior produtor mundial de carnes. No entanto, em 2014, produção caiu cerca de 6%, indo para 11 milhões de toneladas.
As exportações estavam limitadas pelas escassas ofertas domésticas e pelos preços menos competitivos, enquanto o crescimento nas importações é limitado pelas escassas ofertas dos principais fornecedores (Canadá, Austrália e Nova Zelândia). [pic 4]
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Fonte: Brazilian Chicken
Em 2015, o país busca se recuperar por meio da abertura de mercado com outros grandes países produtores e exportadores, como o Brasil.
A produção de carne vermelha para 2015
A produção de carnes vermelhas e brancas será recorde, de 43 bilhões de quilos em 2015, principalmente devido à produção recorde de carne suína e de frango, disse o economista chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Robert Johansson.
Esses aumentos da produção refletem a resposta dos produtores aos preços recordes dos animais visto em 2014, junto com a queda nos custos dos alimentos animais. Como ilustrado pelas maiores razões com relação ao preços dos alimentos animais, a margens de lucro para a indústria de bovinos, suínos e frango melhoraram após margens baixas vistas em 2014, mas deverão começar a cair para suínos e frangos à medida que a produção se expande em 2015.
A previsões para expansão no setor de carne bovina foram reduzidas pelas ofertas cada vez mais escassas de bovinos. O rebanho alcançou seu menor nível cíclico em 1 de janeiro de 2014, com o menor rebanho desde 1952.
Os retornos das operações de cria estão em níveis que estimulam a retenção do rebanho, o que poderia levar a uma virada no ciclo pecuário. Os produtores estão agora respondendo com maiores rebanhos; o número de vacas de corte em 1 de janeiro de 2015 aumentou em 2% com relação a 2014 e o número de novilhas retidas para adição ao rebanho de vacas aumentou em 4%. Os últimos dados oficiais registraram o primeiro aumento no rebanho desde 2007.
As exportações para 2015 deverão cair levemente com relação ao ano anterior devido ao dólar forte, que diminuiu a competividade das exportações, disse ele. Entretanto, essas exportações deverão aumentar nos próximos 10 anos.
As exportações de carne bovina e de vitelo deverão cair levemente em 2015 devido aos altos preços da carne refletindo ofertas escassas, mas deverão crescer em quase 38% nos próximos 10 anos.
Os preços dos novilhos deverão aumentar e a previsão é de níveis recordes em 2015 devido às contínuas ofertas escassas e ao tempo requerido para expandir a produção.
Brasil e Estados Unidos: a carne bovina
O Ministério da Agricultura (Mapa) demonstrou otimismo em relação à abertura do mercado norte-americano para a carne bovina de pelo menos 14 estados brasileiros. Em nota, a instituição informou que as negociações avançaram na reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil Estados Unidos, que reúne Mapa e USDA. A reunião tratou de temas ligados à biotecnologia. Os dois países concordaram em atuar de forma conjunta em fóruns internacionais, especialmente quando o assunto for a defesa de bases científicas para o comércio de produtos agropecuários
No âmbito do CCA (Comitê Consultivo Agrícola), reuniram-se os Grupos de Trabalho de Alto Nível sobre Biotecnologia e Temas Sanitários e Fitossanitários Multilaterais. O estreitamento da coordenação entre Brasil e EUA nesses assuntos é crucial para o acesso e manutenção dos mercados, dada a similaridade de seus sistemas produtivos e das barreiras enfrentadas por ambos os países.
Os dois países acordaram atuar de maneira coordenada em fóruns internacionais relevantes para o comércio agrícola, principalmente para a defesa de bases científicas para o estabelecimento de exigências aplicáveis à importação de produtos agropecuários.
Brasil e EUA concordaram em desenvolver mecanismos institucionais de cooperação nas áreas de bem-estar animal e produção integrada, além do levantamento de dados sobre produção e mercados agrícolas, iniciativa que já está em andamento entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o USDA.
Em 2012, o país norte-americano já havia estreitado relações com o mercado de carnes brasileiro, quando autorizou a habilitação de matadouros-frigoríficos de Santa Catarina para exportação de carne suína in natura para o país.
Referências bibliográficas
http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/especiais/confira-a-projecao-mundial-do-mercado-de-carnes-para-2014-relatorio-usda/
http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/especiais/confira-projecoes-para-o-mercado-da-carne-bovina-no-brasil-eua-australia-china-e-uruguai-relatorio-rabobank-3t13/
http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/especiais/confira-projecoes-para-o-mercado-da-carne-bovina-no-brasil-eua-australia-china-e-uruguai-relatorio-rabobank-3t13/
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