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OS SUBENTENDIDOS E PRESSUPOSTOS

Por:   •  20/8/2018  •  1.676 Palavras (7 Páginas)  •  224 Visualizações

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Pressuposto

Quero inventar o meu próprio pecado.

Explicação: A necessidade de inventar um pecado.

Pressuposto

Quero morrer do meu próprio veneno.

Explicação: Sofrer consequências de seus devidos atos.

Geraldo Vandré – Pra não dizer que não falei das flores (1968)

Pressuposto

Somos todos iguais, braços dados ou não.

Explicação: Que somos todos iguais, independente de opiniões.

Pressuposto

Aprendendo e ensinando uma nova lição.

Explicação: A necessidade de renovar.

Subentendidos

Há soldados armados, amados ou não

Quase todos perdidos de armas na mão.

Explicação: Soldados estavam sempre armados e dispostos a prender os manifestantes e levá-los para as salas do DOPS, porém, muitos pareciam alienados, não sabiam direito o que acontecia ou fingiam não saber, para quem sabe assim se redimir da culpa de tantas mortes e “desaparecimentos” da época. Mas tinham famílias, namoradas, mãe, irmãos podiam sim ser amados por alguém ou então odiados por todos. Muitas manifestações foram, sobretudo contra a violência dos policiais.

Subentendido:

Pelos campos há fome em grandes plantações

Pelas ruas marchando indecisos cordões.

Explicação: Cordões é como ficou conhecido os grupos de foliões que tomavam as ruas durante o carnaval, o nome refere-se à característica dos grupos serem formados de forma que as pessoas se sucedem. Assim eram compostas algumas das manifestações, como foi o caso da Passeata dos Cem Mil, que parecia ser dividida em blocos: artistas, mães, padres, intelectuais e entre outros, que em muitos casos, caminhavam indecisos ou com medo dos militares.

2) Vocês consideram a música de Geraldo Vandré um protesto em relação ao regime da época? Justifiquem. Retirem versos para comprovar sua argumentação.

Sim, pois a música foi escrita no ano de 1968. De forma subentendida, faz menção ao contexto da é poça, onde o regime militar mantinha forte opressão sobre o povo que lutava por seus ideais e que vivia sob ameaças por não concordar com o que lhes era imposto.

3) Qual o sentido da palavra “Cálice” na letra de Chico Buarque de Hollanda? Por que o autor pede com insistência esse “Cálice”?

Acreditamos que por trás deste “cálice” existe um cale-se, o qual refere-se ao sofrimento daquela época. O autor protesta contra a forma de tratamento, o modo de pensar e agir de um governo frio e autoritário.

4) Interpretem a 3ª estrofe da música “Cálice”. A que silêncio o autor se refere?

Entendemos que o silêncio retratado na música, é o fato de todos aceitarem a realidade sem lutar por seus direitos e ideais. É ter que estar inerte diante de uma situação que incomoda e que não faz bem.

5) Justifiquem o título da música: “Apesar de você” de Chico Buarque.

Após discussão, chegamos ao consenso de que o título “Apesar de você”, refere-se ao estado do Estado. Este “você” está indiretamente ligado ao governo e seu comando, fazendo uma crítica subentendida aos governantes e responsáveis pela situação interpretada.

6) Qual o sentido dos seguintes versos: “Quando chegar o momento, esse meu sofrimento, vou cobrar com juros, juro...”

O autor acredita que aquela situação caótica irá mudar, e aguarda o momento disso acontecer para fazer valer seus direitos, sendo esta a forma de pagarem por todas as lesões e sofrimento.

7) Quando indagado pela censura sobre quem seria o “você” da letra de sua música, Chico alegou ser uma mulher muito mandona, autoritária. Vocês concordam? Por quê?

Não concordamos, uma vez que o contexto histórico e político no qual Chico Buarque estava inserido nosso leva a acreditar, após uma análise mais profunda, que a metáfora fora escrita indiretamente ao regime militar. É compreensivo diante de todo o constrangimento vivido que o autor não fosse tão claro em sua composição e se esquivasse quando perguntando sobre a quem se dirigia a música, fazendo valer assim, o significado do que é subentendido.

8) Pesquisem uma letra de música atual que contenha pressupostos e subentendidos. Expliquem o porquê, fazendo uma relação com o contexto histórico da época.

A música escolhida pelo grupo para análise de pressupostos e subentendidos, relacionando com o contexto histórico da época foi “O tempo não pára”

A música foi composta em uma época, onde o governo mantinha uma imagem impecável e correta, quando na verdade suas atitudes eram totalmente contrárias. A música “O tempo não pára” de Cazuza, aborda este assunto e mostra como existia hipocrisia na época em que foi composta. Inspirado no discurso apocalíptico de Bob Dylan, na década de 1980, Cazuza escreveu com Arnaldo Brandão, esta música que se tornou hino de toda uma geração. A canção apresenta na letra a realidade de um povo que vive esmagado no terceiro mundo, onde há riquezas de poucos e pobreza (principalmente financeira e intelectual) distribuída para uma grande maioria.

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O Tempo Não Para

Cazuza

Disparo contra o sol

Sou forte, sou por acaso

Minha metralhadora cheia de mágoas

Eu sou um cara

Cansado de correr

Na direção contrária

Sem pódio de chegada ou beijo de namorada

Eu sou mais um cara

Mas se você

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