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O MERCADO DE TRABALHO CONTABILIDADE PÚBLICA

Por:   •  18/7/2018  •  3.263 Palavras (14 Páginas)  •  435 Visualizações

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De acordo com os autores acima citados, a Contabilidade é fundamental para tomadas de decisões dentro de uma entidade. Além disso, através dos dados que o profissional dessa área fornece, consegue-se ter o controle do Patrimônio da empresa, o que são necessários para o seu desenvolvimento.

Iudícibus (2010) define a importância do conhecimento às limitações inerentes ao método, sendo que a primeira limitação é que a Contabilidade só terá validade se as informações fornecidas satisfizerem as necessidades dos interessados pelo patrimônio não apenas do contador. A segunda limitação é que ela só utiliza os métodos quantitativos registrados em moeda, sendo que outros fatores também devem ser considerados. Contudo o resultado das limitações é que mesmo com exatidão dos cálculos os relatórios podem não demonstrar totalmente a realidade econômica do patrimônio.

Estevam (2015) relata que o profissional contábil deve agir com princípios de utilidade, transparência e objetividade das demonstrações contábeis aperfeiçoando sempre seu conhecimento com uma visão ampla, para mostrar aos gestores a importância de aplicar informações relevantes de natureza financeira que traduzam o crescimento do patrimônio.

Junior (2009) destaca que a harmonização da contabilidade é importante, pois facilita na interpretação dos balanços de diferentes entidades ao redor do mundo, facilitando o trabalho dos contadores pela aplicação universal conferido maior rigidez, com total transparência dos balanços, comparando demonstrações financeiras de diferentes regiões do globo.

2.3 Histórico da Contabilidade

Para Iudícibus et al, (2010) mesmo que não haja um conhecimento concreto sobre quem inventou a contabilidade sabe-se que ela existe desde os primórdios da humanidade. Era utilizada quando os homens realizavam seus controles de forma bem rústica, “A rigor, o homem fez um inventário há um ano e outro inventário agora. [...] De forma muito rudimentar, não poderíamos dizer que os inventários estariam correspondendo aos balanços anuais?” (IUDÍCIBUS, et al, 2010, p. 23).

De acordo com Sá (2004), no século XIX a contabilidade se espalhou pela Europa e foi reconhecida como ciência “Em 1836, a Academia de Ciências da França adotou a Contabilidade como ciência social, e assim também entenderam grandes pensadores modernos de nossa disciplina, [...]” (SÁ, 2004, p. 41-2).

Hendriksen e Van Breda (1999) também dizem que ela surgiu do Renascimento quando os "Olhos do mundo" foram abertos para a ciência, pois os homens pararam de acreditar apenas no misticismo e passaram a crer no empirismo “[…]. A contabilidade é um produto do Renascimento Italiano. As forças que conduziram a essa renovação do espírito humano foram as mesmas que criaram a Contabilidade [...].” (HENDRIKSEN e VAN BREDA, 1999, p.39). Sá (2004) afirma que já existiam métodos semelhantes ao das partidas dobradas entre os anos 1250 e 1280.

[...] Melis lança a tese comprovada em sua Storia della ragioneria, do nascimento das partidas dobradas na região da Itália denominada Toscana, entre 1250 e 1280 de nossa era, mas teses consideradas em Congressos Internacionais de História apresentaram provas de que a difusão de livros contábeis, ensinando métodos semelhantes já existia no Oriente médio há mais tempo, e um dos autores árabes fala do processo nas cortes do Egito, no início da Idade Média. (SÁ, 2004, p.35).

Mas, foi pelo italiano Frei Luca Pacioli autor do livro “Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalità” (Conhecimentos de Aritmética, Geometria, Proporção e proporcionalidade), no capítulo “Tratactus de Computis et Scripturis” (Contabilidade por Partidas Dobradas), que foi demonstrado o famoso Método das Partidas Dobradas. Conforme (SÁ, 2004, p.30):

[...] Essa é outra hipótese que se levanta, ou seja, de que a “coordenação dos livros” tenha exigido que os débitos em um coincidissem com os créditos em outro, e que nessas circunstâncias, à semelhança das "Contas Correntes” de pessoas (que existem desde a Suméria), tenha feito a das “coisas”, como se estas fossem um correntista (como se o Caixa, o Capital, os Móveis, os Imóveis, etc. fossem pessoas sujeitas a débito e a crédito). De fato, tal argumento se fortalece nas obras que difundiriam a Partida Dobrada (iniciada com a de Paciolo) e que atribuiriam o “caráter pessoal” às contas materiais, ou seja, evocando uma “personalidade” delas, como é exemplo o texto: “Faça de conta que a caixa é uma pessoa que a ela se debita tudo o que se lhe dá por recebimento e que se credita por tudo que dela recebe, por pagamento” (esse era o conceito difundido e que Paciolo bem nos lembra em seu “Tratado”) (Sá 2004, p.30)

Em Portugal no ano de 1770 foi baixada a lei que regularizava o serviço contábil, conforme Hendriksen e Breda:

[...] A partir do final do século XV, as cidades italianas começaram a decair tanto politicamente como centros de comércio. Com o descobrimento do Novo Mundo e abertura de novas rotas de comércio, os centros comerciais deslocaram-se para Espanha e Portugal, e posteriormente para Antuérpia e os Países Baixos. Era natural, portanto, que o sistema italiano de partidas dobradas se espalhasse a esses outros países. (HENDRIKSEN e BREDA, 1999, p. 45).

Como foi citado por HENDRIKSEN e BREDA (1999), devido a abertura de novas rotas de comércio a Contabilidade também foi se espalhando e chegou ao Brasil.

Para Sá (2004), a Associação dos Guarda Livros da corte é uma das mais antigas, fundada em 18/04/1869 no Rio de Janeiro, mas apenas no séc. XX em 1902 que os diplomas do curso de Ciências Contábeis da Academia de comércio do Rio de Janeiro e da Escola prática de comércio de São Paulo foram reconhecidos como oficiais:

[...] No início do século XX, um novo impulso se dá na criação de escolas de ensino comercial, identificado principalmente com a formação do contador. No ano de 1902 são fundadas a Academia de Comércio do Rio de Janeiro e a Escola Prática de Comércio de São Paulo, posteriormente denominada Escola de Comércio Álvares Penteado (Saes & Cytrynowicz, 2001). Em 1905 é fundada a Escola Comercial da Bahia e, nos anos posteriores, diversas outras escolas são constituídas. (Sá, 2004, p. 40).

A partir da inserção de escolas foram criadas associações profissionais, sindicatos e institutos, ajudando na criação do CFC/CRC. Segundo Iudícibus (2010) “Foi através do decreto Lei 9295/46 – Que se criou o Conselho Federal

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