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Série sustentabilidade - O mercado de carbono

Por:   •  1/5/2018  •  2.189 Palavras (9 Páginas)  •  273 Visualizações

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O inventário de Emissões basicamente se trata de um mecanismo para as companhias terem uma base do quanto podem contribuir direta ou indiretamente com o efeito estufa, decorrente de cada uma de suas atividades, buscando, portanto, reduzir suas emissões de GEEs.

Um inventário basicamente necessita de:

1 - Determinação de seu ano base;

2 - Escolha da sistemática do inventário;

3 - Delimitar quais as repartições de negócios que serão analisadas;

4 - Determinar um limite ao inventário;

5 - Analisar as fontes emissoras e remoções;

6 - Criação de uma logística para a coleta de todos os dados;

7 - Estimativa das emissões de GEEs que cumpram suas metas.

Deve-se lembrar que a legislação atual não cobra das organizações um eventual inventário de suas emissões, e nem informações básicas que dissertem a cerca de suas emissões de GEEs. Todavia, é bom se preparar para possíveis regulamentações futuras, que tem como mercê um complexo interno visado nas reduções em conjuntura com os fornecedores.

Com o destaque cada vez maior dado a essa temática, existem atualmente inúmeros mecanismos para identificar e analisar as emissões empresarias, examinando suas ações e sua política relacionada a questão das mudanças climáticas e todas as outras consequências derivadas de suas metodologias. Isso inclui da análise desde os seus projetos e metas relacionados a redução de emissão de GEEs, até as aplicações de normas da ISO, participações em mercados voluntários ou sistema de administração geral dessas emissões.

Podemos dar voz a alguns, tais como o CDP ( Carbon Disclosure Project ) e o GRI ( Global Report Iniciative ), em conjunto com o recém indicativo EC2 nas "Diretrizes do Relatório de Sustentabilidade ( GRI G3 ), denominado de “Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades organizacionais devido às alterações climáticas", que basicamente descobre as implicações financeiras para as operações e performances das empresas.

Outros mecanismos de destaque que medem essas ações e criam questionamentos em suas avaliações de sustentabilidade empresarial são o Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE da BM&FBOVESPA e o DJ (Dow Jones Sustainabilty Index ). Por ultimo temos o Índice de Carbono Eficiente ( ICO2 ) que se fundamenta na carteira do IBrX-50, buscando mais eficiência em relação ao índice base ( IBrX-50 ).

Por fim, lembre-se que inventários quantitativos de emissões já estão sendo solicitados dos fornecedores por algumas instituições, e que as atitudes de empresas já estão sendo avaliadas pelas instituições financeiras para a entrega de créditos.

O protocolo de Quioto é um tradado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa. Através desse protocolo foi criado um calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos 5,2% em relação aos níveis de 1990, no período entre 2008 e 2012.

O crédito de carbono é um certificado eletrônico que é emitido quando há uma diminuição de emissão de gases que acarretam o efeito estufa, gerador do aquecimento global. Empresas que conseguem diminuir a emissão de gases de efeito estufa (GEE) adquirem créditos podendo vendê-los nos mercados financeiros. A compra desses créditos permite-lhes manter ou aumentar suas emissões, empresas que não atingirem o limite de poluição permitida pagarão pelo adicional que geram, recompensando atividades que reduzem a emissão de gases.

O Brasil foi o primeiro país a compor uma Autoridade Nacional Designada (AND), um projeto brasileiro foi o primeiro registrado como MDL na Organização das Nações Unidas, sendo que o País também saiu na frente ao ter emitidas as Reduções Certificadas de Emissões no escopo de reflorestamento. A contribuição das atividades de projeto MDL para o desenvolvimento sustentável é avaliada por meio de critérios como: contribuição para a sustentabilidade ambiental local, contribuição para o desenvolvimento de condições de trabalho e criação de emprego, contribuição à distribuição de renda, contribuição para a capacitação e o desenvolvimento tecnológico, contribuição para a integração regional e para as relações setoriais.

O mercado voluntário expandiu as fronteiras do mercado de carbono, permitindo a inclusão de projetos inovadores de redução de emissões e de pequenas empresas e comunidades na mitigação às mudanças climáticas, o que não foi viabilizado no mercado regulado devido aos altos custos de certificação e a burocracia do processo para projetos dos mecanismos criados em Quioto. Assim, muitos projetos carismáticos e que trazem importantes componentes de inovação e inclusão social são tipicamente encontrados no mercado voluntário. Já os projetos do mecanismo de desenvolvimento limpo apresentam tipicamente projetos de grande escala envolvendo a geração de energia, modificação de processos industriais e tratamento de resíduos urbanos e industriais.

Bolsa do clima de Chigaco - CCX - É uma bolsa autorregulável, sendo a única da América do Norte que transaciona os 6 GEEs. Possui mais de 300 associados, desde organizações até universidades e cidades inteiras, sendo que primariamente todos devem se comprometer a reduzir suas emissões de GEEs em 4% em comparação com os índices entre 1998 e 2006. Posteriormente, todos devem obedecer a um cronograma de redução que estabelece que até 2010 essa redução fique no mínimo em até 6% da meta já preestabelecida.

Essa bolsa começou a entrar em declive desde 2003, com ápice em meados de 2008, o que levou a questionamentos quanto a funcionalidade da mesma, de sua falta de regras claras e de seu anuncio à regular o mercado estadunidense entre 2009 e 2010. Mais recentemente ela lançou um programa para identificar reduções de emissões baseando-se em um conjunto de protocolos instituídos.

Voluntary Gold Standard (GS) - A Fundação Gold Standard nasceu em 2005 do WWF (World Wildlife Fund), e atua como único redutor de emissões de alta qualidade no mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), Implementação Conjunta (IC) e Mercado Voluntário de Carbono.

Ele tem a função de assegurar que os créditos não sejam

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