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Resumo: O que é psicologia organizacional - Silvia Lane

Por:   •  7/9/2018  •  2.324 Palavras (10 Páginas)  •  412 Visualizações

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A família é o grupo necessário para garantir a sobrevivência do individuo e por isto mesmo tende a ser vista como natural e universal na sua função de reprodução dos homens. A instituição familiar é regida por leis e normas. Com relação ao indivíduo, em sua socialização primária, a família é responsável durante o processo de desenvolvimento do individuo pelo seu cuidar, até que este se perceba distinto dos outros e assim possa se identificar emocionalmente, criar uma representação do mundo que vive, sendo para este individuo criança, possível apenas um mundo. Na adolescência, esta visão única de mundo e de um sistema de valores será confrontada, no processo de socialização secundária.

Isso explica os conflitos entre pais e filhos, que ao contrário de serem naturais, sua origem está na relação destes filhos que descobrem novas visões de mundo e de seus pais que precisam manter o papel de poder representado socialmente. Sendo assim a família tende a manter-se conservadora, pois as relações de poder que caracterizam os papéis familiares são sempre apresentadas como condições naturais, em vez de discutir os determinantes históricos.

A rebeldia dos jovens são expressões que retratam bem a existência de uma luta pelo poder, que na sociedade humana se refere não a sobrevivência da espécie e sim à manutenção do poder de alguns, na sociedade, para a preservação desta.

Da mesma forma que a família, a educação também é institucionalizada. Sua estrutura de disciplinas é programada para cada série, e no fim de cada período é dado um veredito, aprovado ou não. Esta estrutura irá determinar como se darão as relações sociais na escola, entre alunos e entre professores e alunos. O poder de aprovar e reprovar já coloca o professor nem posição de dominação inquestionável.

Este padrão dominante tem como consequência direta o caráter seletivo da escola, determinando logo de inicio os alunos melhores e os piores, produzindo uma atmosfera na qual os alunos que conseguirem se ajustar aos métodos e à visão de mundo do professor serão melhor sucedidos que os que viverem uma condição de vida adversa da estipulada pela escola. Assim o padrão de bom e mau aluno vai sendo reforçado ao longo das séries, e assim selecionando não os mais aptos, mas os que se aproximam mais da visão de mundo inerente aos padrões dominantes.

Com isso observa-se que fora das salas também ocorrem a distinção entre os grupos dos melhores e dos piores alunos. “Se até o sistema educacional reproduz as relações de dominação social, parece impossível qualquer transformação da sociedade.” Porém, não podemos esquecer que as relações de dominação implicam em contradições geradas pela contradição fundamental do sistema capitalista (a luta de classes), fazendo-se presentes também na no processo educacional.

Sendo assim é a escola crítica, a escola onde nenhuma verdade é absoluta, onde as relações sociais passam a serem questionadas e reformuladas, que formará indivíduos conscientes de suas determinações sociais e de sua inserção histórica na sociedade, conscientemente suas práticas sociais poderão ser reformuladas.

O trabalho que modifica a natureza, ao produzir a subsistência do Homem, também produz o homem. Surgem da necessidade de cooperação entre os homens, as relações de produção, que são formas de sobrevivência que geram relações sociais necessárias para manter estas relações de produção. Assim a produção dos bens matérias atende a subsistência social, e ainda visa o lucro e o aumento do capital e para isso deve explorar a força de trabalho de muitos.

Os homens se tornam mercadorias. Desta forma o capitalismo implica na existência de duas classes sociais: uma que detém o capital e os meios de produção, e outra que vende sua força de trabalho. É esta contradição fundamental do capitalismo que a ideologia dominante procura encobrir.

Conforme o lugar onde o indivíduo se inserir, dele será esperado o desempenho de determinadas atividades em prol da manutenção das relações de produção e das classes sociais com tais. No nível psicossocial trabalho significa atividades realizadas por indivíduos; atividades estas produzidas pela sociedade à qual eles pertencem;

No nível individual a atividade decorre de uma necessidade sentida e objetivada em coisas. Ao sentir a necessidade de algo (objeto) o homem a produz. Trabalha para suprimi-la. O objeto está impregnado da atividade do homem, assim como na ação de fazer o objeto o homem se modifica. Ao produzir um objeto o homem transforma a matéria, e através da sua atividade, também o homem se transforma.

A principal característica do trabalho nas sociedades atuais é que este é realizado por instrumentos, o que torna a atividade necessariamente social, pressupondo a cooperação e comunicação, logo se estes instrumentos nos ligam ao mundo das coisas, ele também nos liga a outros indivíduos produzindo a linguagem e o pensamento que produzirá atividades e ações que se concretizam nas relações sociais. As condições de trabalho e as atividades exigidas para a sua realização faz compreender como se processa a nível individual, a alienação ou a consciência social.

A divisão do trabalho em nossa sociedade faz com que a cooperação entre muitos seja mediada pela maquina e não mais pela comunicação, e o produto final tem tão ínfima parcela da atividade do trabalhador que ele não se reconhece no objeto fabricado. É neste processo que o trabalhador se despersonaliza se torna parte da maquina; suas ações são apenas força de trabalho que ele vende, são apenas mercadorias e como tal alienáveis-alienadas, na medida que ele deixa de pensar suas próprias ações em termos de cooperação com os colegas, sendo esta , oculta pela maquina. Quanto ao operário, sua atividade cotidiana se resume em ir para o trabalho, despender energia física e retornar a casa.

Esta atividade produtiva compromete as formas de relacionamento deste com os outros, fazendo com este individuo se sinta só no trabalho. Quanto aos demais colegas de trabalho, estes passam a ser rivais. Numa sociedade que dita a importância da competitividade, este individuo continuará sua vida diárias se esforçando para ser o melhor possível se esquecendo de que todos estão fazendo o mesmo.

A sociedade capitalista atual promove a separação entre o homem e o seu produto de trabalho, logo esta fragmentação permite que o homem continue produzindo, mas não cabe a ele a decisão. Ele continua transformando o mundo, mas não decide sobre esta transformação. Assim fica claro a lógica da fragmentação

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