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Novas Abordagens e Modelos de Gestão Organizacional

Por:   •  15/7/2018  •  2.061 Palavras (9 Páginas)  •  301 Visualizações

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mesmo tempo que o incentivam, e que tendem à destruição no contexto de sucesso do capitalismo enquanto sistema econômico. O empresário deveria ser protegido por políticos profissionais, ao mesmo tempo em queera estimulado pelos valores familiares em decadência.

As grandes organizações de hoje têm como uma de suas principais preocupações a responsabilidade social. É algo que repercute em termos de ambiente interno e também em termos de marketing. É o que será visto neste módulo .

a) ética e responsabilidade individual

Segundo Maximiano (2007, p. 416),

Alguns autores fazem distinção entre ética e moral: a ética compreende uma teoria ou reflexão critica sobre os fundamentos de um sistema moral, ou de um sistema de costumes de uma pessoa, grupo ou sociedade.

A ética situa-se no campo filosófico, que reflete acerca do comportamento humano virtuoso ou vicioso, entre o certo e o errado, ou seja, avalia a própria moral particular de um grupo social. Para Aristóteles (384-322 a.c.), o hábito pode direcionar as tendências de um indivíduo rumo à virtude, fazendo preponderar a parte racional da alma, mais do que a “desejante” e a “vegetativa” ou de funções meramente orgânicas (fome, sede etc.). Seu ponto de partida é o indivíduo, cuja responsabilidade por suas ações é clara na medida em que não haja um futuro pré-determinado e que seus atos dependam apenas dele (VERGNIERES, 1999).

O indivíduo que se habitua à virtude não só sabe se conter, mas pode chegar a um estágio de desejar o próprio ato virtuoso por ele mesmo, o que se denomina temperança. A intemperança é o mal ou vício feitos de modo intencional. Menos grave é a incontinência, quando não conseguimos controlar desejos, mas há conflitos na ação. O primeiro passo é a continência ou saber conter tais impulsos, e depois chegar à temperança (mais elevado).

INTEMPERANÇA à INCONTINÊNCIA à CONTINÊNCIA à TEMPERANÇA

Cada coisa deve cumprir bem sua função para que seja virtuosa. A função do homem liga-se à sua dimensão racional, que deve comandar as outras dimensões, julgando sua adequabilidade. O “meio-termo” significa agir conforme os fins necessários a cada situação, o que se julga melhor quando a dimensão racional e intelectual são dominantes (temperança). Numa situação de guerra, por exemplo, uma ação mais enérgica ou violenta pode ser virtuosa e a ação comedida, inadequada. Quando há paz, pode valer o contrário.

b) responsabilidade social

A responsabilidade dita “social” diverge da visão centrada no indivíduo, apresentada no módulo anterior. Não se atribui ao indivíduo responsabilidade por atos que dependam apenas dele. Enquanto membro de um grupo ou classe social, pode ter responsabilidades que não derivam de atos diretos seus, mas de sua condição social. As empresas em geral, ou de seu setor específico, têm poder e os atos do grupo afetam o meio-ambiente ou o bem-estar da população. A empresa pode preocupar-se tanto com conseqüências de atos próprios e evitar qualquer efeito prejudicial (informar o consumidosobre seus produtos), como devolver à sociedade algum serviço em troca do poder (MAXIMIANO, 2002, p. 428) que de certa forma esta mesma sociedade lhe concedeu através do tempo (sustentar uma creche ou asilo, por exemplo).

Uma visão crítica a esta doutrina nega a responsabilidade social ou coletiva, lembrando a ética clássica de Aristóteles, afirmando que a empresa possui responsabilidade apenas com seus acionistas, devendo, portanto, buscar o máximo de lucro e nada mais.É o que "dependeria apenas de seus atos", como já ressaltado.

Dois princípios contribuíram para a evolução da doutrina da responsabilidade social. O princípio da caridade (ibid, p. 429) afirma que “os indivíduos mais afortunados devem cuidar dos menos afortunados”. Do indivíduo, esta norma passa a envolver as empresas. O princípio bíblico do zelo atribui responsabilidade ao empresário em cuidar de sua riqueza e de “fazer aumentar a riqueza da sociedade”. Efeitos indesejados da ação empresarial, como danos ao meio-ambiente, também trazem responsabilidade às empresas.

É possível argumentar que a preocupação recente com o meio-ambiente ou com os efeitos indesejados (externalidades negativas, nos termos da Economia) e com os direitos do consumidor também reforçaram a noção de responsabilidade social. Institutos voltados para a difusão desta doutrina, assim como prêmios às empresas "socialmente responsáveis" decorreram dessa evolução. Contudo, dúvidas permanecem quanto ao caráter ético ou meramente voltado para marketing de tais medidas, visto que a obtenção de prêmios com fins comerciais e não o ato responsável em si passa a ser o objeto ambicionado pelas organizações.

Modelos de gestão organizacional

Para que as organizações sejam competitivas e consigam atingir seus objetivos, elas adotam estruturas empresariais e modelos de gestão organizacional de acordo com seu porte, ramo de atividade e propósito.

Para o canadense Henry Mintzberg, considerado um dos maiores especialistas em estratégia do mundo, há sete tipos de organizações caracterizadas pela parte mais importante para operações.

Organização empresarial: é o tipo mais simples de organização e as decisões são centralizadas no principal executivo ou fundador. Como exemplos temos lojas, concessionárias de veículos.

Organização máquina: são empresas extremamente especializadas como companhias aéreas, siderúrgicas. Pela própria natureza elas precisam de processos muito bem estruturados, padronizados e uniformes a

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