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INFERTILIDADE FEMININA TRATADA ATRAVÉS DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA.

Por:   •  7/6/2018  •  10.104 Palavras (41 Páginas)  •  360 Visualizações

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Muitos dos pacientes que buscam o auxílio de tratamentos alternativos já estão tratando também aspectos emocionais que contribuirão na qualidade de vida. Promovendo a melhora para a reprodução humana.

O estudo mostrará e terá como finalidade a promoção da boa circulação de Qi do Fígado e aspectos fundamentais como consciência e mudanças de hábitos de vida. Desta forma, estará tratando a irritabilidade, queda de cabelo, ansiedade, harmonização energética, distúrbios hormonais, circulação sanguínea, aparência facial e a insônia.

Contudo, vamos citar também que além da acupuntura sistêmica utilizamos de outras técnicas da medicina tradicional chinesa bem como a moxabustão, auriculoterapia com cristais radionicos e drenagem linfática.

Este trabalho representa uma pequena parte das observações realizadas e das técnicas aprendidas no ambulatório, em aula com seus relatos baseados em bibliografias milenares citados pelos professores em sala de aula. Baseando-se em um conceito principal o TAO, desequilíbrios energéticos e a busca desse equilíbrio. Ele constitui uma pequena contribuição para a vasta e rica tradição, que é viver e crescer sempre em novas direções a partir de sua antiga e histórica origem.

Origem da Teoria da MTC

A origem da MTC está perdida na pré-história, antes da escrita ser inventada. A linguagem escrita iniciou-se na China durante a Dinastia Chang em 1766 Ac, e até os dias de hoje a técnica vem sendo utilizada.

Imperador Amarelo

Conhecido como o Imperador Amarelo, Huang Di é um dos cinco imperadores, lendários reis sábios e moralmente perfeitos que teriam governado a China após o período de milênios regido pelos também lendários Três Augustos. Huang Di teria sido o unificador da China e imperará de 2.698aC a 2.599aC aproximadamente.

Considerado o ancestral de todos os chineses da etnia Han, conta a tradição que desde criança Huang Di era muito perspicaz, dotado de uma inteligência fora do comum para sua idade, estabelecendo raciocínios avançados sobre os mais variados assuntos.

Durante o seu império Huang Di interessou-se especialmente pela saúde e pela condição humana, questionando os seus ministros - médicos sobre a tradição médica da época.

Do registro das conversas entre Huang Di e seus ministros–médicos surgiu à obra clássica da medicina tradicional chinesa, obra conhecida como Huang Di Nei Jing ou O Clássico do Imperador Amarelo ou ainda Tratado de Medicina Interna do Imperador.

Obra essa considerada um dos livros fundamentais na Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Divide-se em dois livros: O Su Wen - Tratado de medicina Interna e Ling Shu – O Pivot Maravilhoso.

Os dois livros descrevem além da patologia também suas causas e tratamentos, contendo prescrições sobre a vida e adaptação do ser humano ao mundo e seus eventos naturais.

O Su Wen expõe questões da doutrina, a filosofia energética entre os Zang Fu, a teoria dos meridianos, as fases do diagnóstico e os estágios de evolução das doenças.

O Ling Su expõe as condutas terapêuticas, dos preceitos práticos ao modo de efetivar o tratamento, mais focado em técnicas específicas da acupuntura, teoria dos meridianos e descrição dos vários tipos de agulhas para acupuntura.

Como há várias versões sobre a origem dos textos do (Imperador Amarelo) IA, alguns acreditam que o Nei Jing tenha sido escrito por um grupo de médicos, na mesma época da conquista do ferro e da conquista de grandes clássicos culturais que também originaram o Taoísmo e o Confucionismo.

A versão da dinastia Tang (618 - 906) foi muito conhecida pela riqueza e poder da época, mas a mais clássica corresponde à dinastia Han. O IA encontra respaldo nos achados recuperados em 1973 em Mawangdui Changsha, província de Hunan.

Além do cânone básico foi imprescindível para compreensão e prática da acupuntura a fabricação do aço, esse fato potencializado pela divulgação do papel tornaram-se referências suficientes para associar a etnia Han (206aC a 220aC) ao desenvolvimento da acupuntura.

A legitimação da Medicina Alternativa e a crise da Medicina Científica.

Apesar das dificuldades em provar seu valor terapêutico com suficiente rigor científico, o crescimento da demanda e da oferta de terapias alternativas (inclusive pelo serviço público) implica uma certa legitimação não acadêmica dessas práticas. Existem indícios de que, hoje, a legitimação das práticas alternativas não depende apenas do reconhecimento de sua cientificidade, mas também do reconhecimento de sua utilidade terapêutica; ao contrário do que era dado durante a primeira metade do século, quando o reconhecimento da utilidade terapêutica de qualquer método estava intimamente relacionado ao reconhecimento de sua cientificidade.

O desenvolvimento da medicina implicou na perda de uma visão unificada do paciente, e deste com seu meio ambiente físico e social. Este é um fenômeno recente e sem similar, quando confrontado com sistemas médicos não ocidentais. Nesses sistemas médicos alternativos o fator social e emocional existem como componentes fundamentais, ao contrário do que ocorre com o paradigma dominante da medicina ocidental moderna. (Queiroz, 1986)

Capra também reconhece, na influência do paradigma cartesiano sobre o pensamento médico a origem dos problemas da moderna medicina científica: "ao reduzir a saúde a um funcionamento mecânico, a medicina moderna não pode mais ocupar-se com o fenômeno da cura, a prática médica baseada em tão limitada abordagem não é muito eficaz na promoção e manutenção da boa saúde (Capra, 1986). Considera ainda que, como consequência da "... imagem pública do organismo humano, esta máquina propensa a constantes avarias se não for supervisionada por médicos e tratada com medicamentos", não são valorizadas "a noção do poder de cura inerente ao organismo e a tendência para manter-se saudável, a confiança do indivíduo em seu próprio organismo, ou a relação entre saúde e bons hábitos de vida. O mesmo autor acredita que podemos aprender com os modelos médicos existentes em outras culturas. Embora não seja seu objetivo apresentar a medicina chinesa como prática ideal, e apesar de advertir que "as comparações entre sistemas médicos de diferentes culturas devem ser feitas com todo o cuidado", reconhece que a noção chinesa do corpo como um sistema indivisível de componentes intercalados está, obviamente,

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