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Homofobia no ambiente de trabalho         

Por:   •  9/11/2018  •  3.634 Palavras (15 Páginas)  •  291 Visualizações

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“Na família-modelo dessa época, os homens tinham autoridade e poder sobre as mulheres e eram os responsáveis pelo sustento da esposa e dos filhos. A mulher ideal era definida a partir dos papeis femininos tradicionais – ocupações domesticas e o cuidado dos filhos e do marido – e das características próprias da feminilidade, como instinto materno, pureza, resignação e doçura. Na pratica, a moralidade favorecia as experiencias sexuais masculinas enquanto procurava restringir a sexualidade feminina aos parâmetros do casamento convencional”. (Del Priore, 2005: 608/609)

Tanto os homens quanto as mulheres, tinham seus papeis predefinidos, e quando, a sociedade se deparava com situações que contradizia o “correto”, começavam as críticas, pois aquilo que cada um decidiu é o “errado”, a escolha que um homem fez de escolher outro homem era errado, a escolha que a mulher fez de querer outra mulher era errado também.

Pode se dizer que ao contrário dos homens, se a mulher se mantivesse submissa, elas podiam demonstrar sua efetividade para com outras mulheres, através de beijos, abraços, e podiam ser mais íntimos, isso não era visto como uma pessoa gay, já os homens viviam com suas vidas secretas, com seus desejos guardados a sete chaves, para que não fosse menosprezado pela família, amigos, e também no trabalho.

Nos anos 60 os gays começaram a se rebelar, procuravam lugares para se encontrar, para se divertir, mas ainda, era muito difícil conviver com suas escolhas. Eles queriam se expressar, mostrar ao mundo o quanto era importante como qualquer outra pessoa, que podiam sim namorar, que podiam ser religiosos, que podiam ser profissionais, e assim foram lutando por toda a década.

Em Nova Iorque no ano 1969, policiais espancaram e aprenderam pessoas em um bar, isso fez que um grupo se juntasse e protestasse no dia 28 de julho daquele ano, desde de então essa data se tornou o dia oficial do orgulho gay. A partir desta data os grupos LGBT começaram a ter coragem e a se impor, a manifestar vontade pelos seus direitos, começaram a lutar por uma boa educação, por respeito, por saúde e também por trabalho sem preconceitos. Hoje a parada gay se tornou um evento muito importante, se tornou uma festa, mas sem esquecer da essência que originou tudo aquilo, o porquê originou, pois, todos sabem da luta de cada dia.

Nos anos 70 em diante os grupos LGBT já não sentiam que tinham que se esconder, muitos grupos já se assumia, já enfrentavam a sociedade, mas ainda era um desafio, muitos ainda tinham receio de se assumir.

Nesta década muitos quiseram mostrar que tinham potencial, alguns se dedicaram a vida artística, outros a religiosa quando alguns dizem que os gays eram frutos de pecados, eles quiseram mostrar que podem ser religiosos, e foram seguindo o que sonharam quando criança, mas com o desafio de enfrentar o preconceito. E entre essas pessoas estavam as mulheres, que “nasceram” para serem donas de casa e se viam com uma forma mais masculinizada e tendo que enfrentar a sociedade, não só para ter o poder de igualdade, e sim por ser gay e se orgulhar disso.

“A homossexualidade é usada como elemento preferencial para que façamos desaguar nele nossos mais profundos preconceitos e, em muitas ocasiões, nossos mais recônditos problema pessoais.”

(Kusnetzoff, Juan Carlos. O homem sexualmente Feliz.7ª Edição, Local: Bota Fogo -RJ, Editora Nova Fronteira S.A 2000).

No final dos anos 80 os gays já não se sentiam tanto reprimidos, não precisa procurar muito para identificar pessoas que gostavam do mesmo sexo, e foi uma época que os grupos se encontravam nas boates espalhadas pela cidade, em uma época que não saia das rádios sons como Village People, Donna Summer quase um hino dos para os gays, em músicas que seus grupos gays se identificavam. Uma época resumida em loucuras e exageros, relacionamento rápidos, sem foco no trabalho e sim nas emoções momentâneas, claro, que isso não era generalizado, mas pode se dizer que os gays pareciam ter mais vontade de viver, era a década dos gays. O fim essa década e meados da década de 90 foi marcado pela AIDS, aterrorizou os gays, devastou a comunidade. Ninguém sabia a causa da AIDS, os doentes eram temidos, e como a epidemia atacou principalmente a comunidade Gay, as pessoas começaram a chamar de “Câncer Gay”, pois diziam que eram os gays que estavam trazendo tal doença, mais tarde foram feitas pesquisas para descobrir tal doença, ela se originou-se a partir de um vírus chamado SIV, encontrado nos macacos africanos.

Nos anos 90 pode se dizer que a sociedade “aceitava” mais os gays, ou pelo menos tinha que respeitar, em uma época que tinha se inúmeros artistas gays, como: Renato Russo, Cássia Eller, Cazuza, entre outros. Esses artistas faziam que os jovens sentissem um pouco da liberdade de querer se expressar, de querer assumir a sua homossexualidade.

[...]. Nas noites de frio é melhor nem nascer

Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer

E assim nos tornamos brasileiros

Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro

Transformam o país inteiro num puteiro

Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos

Tuas ideias não correspondem aos fatos

O tempo não para.

(Cazuza. O tempo não para).

Cazuza em suas músicas, de uma forma singela mostrava a sua orientação sexual, mostrava o que sentia isso nos anos 90 foi algo muito importante, pois dava força para os jovens da época.

Com o passar dos anos os gays foram reivindicando cada vez mais por seus direitos, eles queriam trabalhar e não sofrer preconceito, queriam casar para ter os mesmos direitos que um casal hétero, e também queriam poder adotar e constituir uma família. Em meados de 1995 a deputada Marta Suplicy, propôs um projeto para que pessoas do mesmo sexo pudessem ter uma união estável, mas a princípio não foi aprovado, só em 14 de maio de 2013, que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) obrigou todos os cartórios do país a celebrar casamentos com pessoas do mesmo sexo.

Atualmente apesar de ter a legalização dos casamentos, e as pessoas serem livres por essa escolha, pode se afirmar que não é algo que é aceito pela sociedade, os gays ainda precisam lutar muito para serem

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