Gestão de Crises

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demissões afetaria a sociedade. Em termos de Microeconomia, a decisão de demissão de 1.100 funcionários afetaria drasticamente cada colaborador da Santa Casa, pois além de perder seus empregos e salários, perderiam qualquer intenção de crescimento profissional e estabilidade e afetaria drasticamente cada família envolvida e dependente desse colaborador. Além desse efeito em relação aos colaboradores, a empresa também sentiria o efeito microeconômico, como perda de confiança de clientes, queda na produção, queda de investimentos e assim por diante.

Em termos de Macroeconomia, a desestabilização da Santa Casa teria um impacto profundo na saúde brasileira, pois a mesma já não é das melhores e mais eficiente, e uma crise em uma unidade de referência como a citada acima, serviria para a propagação do caos na saúde, perda de confiança da população no governo, aumento da taxa de desemprego, queda no PIB, suspeitas de corrupção e má administração, declínio econômico e diversos fatores que incidem no cenário nacional e até mesmo no internacional.

5. VISÃO ÉTICA

Ao retroceder na decisão de demissão dos funcionários, a Santa Casa de SP respeitou os princípios éticos e empresariais que uma organização deve ter, princípios os quais norteiam as escolhas feitas evitando assim o descumprimento da missão da instituição e a falta de responsabilidade social empresarial. Pois toda empresa necessita de uma gestão socialmente responsável que visa sempre uma gestão participativa, a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores, realização profissional, benefícios para a população e um retorno favorável para os investidores/acionistas.

6. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

A falta de um Sistema de Informação eficaz na Santa Casa de SP poderia ter evitado tal crise, pois não significa exatamente ter os melhores aparatos tecnológicos, e sim várias partes trabalhando em conjunto para gerar a informação necessária para a tomada de decisões e criação de estratégias. Com essa uniãoe divisão da informação seria possível à redução de custos operacionais, ganho de produtividade, maior segurança de acesso à informação, maior estabilidade, prevenção de crises e maior integridade e veracidade da informação relativa a cada setor (estoque, RH, financeiro, administrativo e comercial). Informações de boa qualidade são essenciais para uma boa e efetiva tomada de decisão.

7. SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO

A Sociedade da Informação (também conhecida como Sociedade do Conhecimento ou Nova Economia) é um termo que teve origem com o conceito de globalização, sempre se encontrando em processo de formação e expansão. Pois a informação é mutável assim como a sociedade, dessa forma gera-se o conhecimento necessário na produção de riqueza, na contribuição do bem-estar e qualidade de vida da sociedade. Mas ao mesmo tempo em que há vantagens, esse novo conceito também gera desvantagens ao criar grandes diferenças sociais e extinção de algumas profissões. Com a exigência de qualificações tecnológicas, profissionais e acadêmicas, o indivíduo ou organização que não estiver inserido nesse novo contexto fica a mercê de prejuízos, obsolescência, desemprego e a desvalorização comercial, empresarial, profissional e intelectual no mercado atual.

A decisão da Santa Casa de SP de optar por uma demissão em massa afeta e fere o conceito de uma Sociedade de Informação, pois demitir faz parte da vida de qualquer gestor ou empresa, mas é preciso saber demitir para minimizar os problemas ligados à imagem da empresa, à produtividade interna, ao clima organizacional e também aos colaboradores demitidos nos aspectos pessoal, profissional, emocional e financeiro. Gerando assim para a Santa Casa de SP uma queda enorme da credibilidade da instituição perante a sociedade e o receio de investimentos futuros em uma gestão despreparada para a resolução de crises e desconectada dos preceitos de ética, valores, informação e sustentabilidade do mundo atual.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos observar o quanto é necessário a boa gestão da informação em qualquer segmento e os impactos que causam numa sociedade econômica e em constante processo de transformação. A Santa Casa de SP só é mais um exemplo do que uma gestão, baseada em modelos arcaicos e na centralização ou falta da informação, pode gerar para uma organização e seus efeitos subsequentes para uma cidade, estado ou país.

Então é necessário que gestores, colaboradores e a sociedade em geral tenham a consciência de que a informação gera o conhecimento, este por sua vez proporciona ferramentas e métodos para a gestão das mais variadas crises, “sobrevivência” empresarial, profissional e pessoal, responsabilidade ética e respeito aos valores essenciais para a prosperidade da sociedade e economia.

REFERÊNCIAS

BALTZAN, P.; PHILLIPS, A. Sistemas de Informação. Porto Alegre: Bookman, 2012.

BIANCHI, Eliane Maria Pires Giavina. Alinhando estratégia de negócio e gestão de pessoas para obtenção de vantagem competitiva. 2008. Dissertação (Mestrado em Administração) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em:<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-07102008-101426/>. Acesso em: 24 abril de 2015.

ETHOS, Instituto. Incentivando a Gestão. Disponível em: <http://www3.ethos.org.br/conteudo/gestao-socialmente responsavel/valorestransparencia-e-governanca/>. Acesso em: 24 abril de 2015.

ETHOS, Instituto. Mobilizando as Empresas por uma Sociedade Justa e Sustentável. Disponível em: <http://www3.ethos.org.br/conteudo/ mobilizando-as-empresas-por-umasociedade-justa-e-sustentavel/cultura/>.