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Atividades Praticas Supervisionadas

Por:   •  7/7/2018  •  5.565 Palavras (23 Páginas)  •  243 Visualizações

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Déficits de auto-cuidado em crianças e adolescentes com doença renal crônica

O artigo de Malueska Luacche Xavier Ferreira de Souza, Kenya de Lima Silva, Maria Miriam Lima da Nóbrega e Neusa Collet estuda crianças e adolescentes objetivando conhecer seus déficits de autocuidado diante da doença renal crônica. A pesquisa usou uma abordagem qualitativa do tipo exploratório- descritiva, em um grupo com quatro crianças do sexo feminino, com a idade diversificada entre oito a treze anos, todas residentes no interior do Estado da Paraíba, procedentes de famílias de baixa renda. Foi destacado o período entre Outubro e Dezembro de 2009, em um ambulatório de Pediatria de um hospital-escola, localizado no município de João Pessoa-PB. Sendo este local escolhido em função de sua referência ao atendimento a crianças/ adolescentes com doença renal crônica do Estado. Os autores identificaram por meio da análise das histórias destas crianças/ adolescentes, sendo o período de tempo de tratamento e acompanhamento de no mínimo quatro anos e máximo dez anos, a necessidade de autocuidado diante das necessidades humanas desses indivíduos e também os diagnósticos de enfermagem nos respectivos requisitos de autocuidado: universal, de desenvolvimento e por desvio de saúde. Nos requisitos de autocuidado universal com a avaliação dos riscos de uma alimentação comprometida, há a importância do monitoramento da alimentação do portador de doença renal crônica que passa por restrições e readaptações no estilo de vida, o que pode originar um comprometimento no estado nutricional do paciente. Eles apontam que crianças/ adolescentes e seus familiares tem consciência da necessidade em seguir uma dieta diferenciada. Porém, nem sempre há esta adesão nutricional, adaptando-a ao seu estilo de vida. Ressaltam a importância dos profissionais da enfermagem e suas intervenções educativas dietéticas às crianças / adolescentes e famílias, numa abordagem clara e de fácil entendimento, estimulando o autocuidado. Existe também a importância da promoção do funcionamento e desenvolvimento do potencial comprometido na autoimagem do paciente. Pois também foram acompanhadas neste estudo declarações de incomodo em crianças/ adolescentes portadores de doença renal crônica, com o próprio corpo, tanto na estatura como também no ganho de peso.

Assim identificando a importante prestação do cuidado de enfermagem no informar a crianças/ adolescentes e familiares sobre o efeito da doença, do tratamento medicamentoso, como também as modificações físicas advindas. O autor destaca também a importância do encorajamento do profissional à criança/ adolescente em compartilhar suas ansiedades e dúvidas aos profissionais da saúde e familiares que o acompanham. Quando analisado os requisitos do autocuidado de desenvolvimento, os autores destacam o prejuízo no crescimento da criança/ adolescente, consequente à nutrição inadequada, má absorção e aumento do catabolismo. Direcionando as ações de enfermagem, onde por meio de sua ação o enfermeiro efetiva algumas medidas de autocuidado pelo paciente, promovendo um agente capaz de se autocuidar, com ênfase no tratamento terapêutico e a nutrição. Nos requisitos de desvio de saúde os autores no desenvolvimento deste estudo, compreendem que nem sempre as orientações do enfermeiro são seguidas. Para que haja eficácia na submissão em seguir a terapêutica a mãe/ responsável, deve receber ações educativas, a respeito da doença, mas de forma clara de acordo com as suas condições socioeconômicas e seu nível de alfabetização, trazendo a ela a responsabilidade do autocuidado.

Entendo que se trata de uma pesquisa na busca do disseminar o autocuidado ao paciente ,conduzindo os familiares a busca de uma melhor recuperação e qualidade de vida. O aumento do nível do conhecimento adquirido pela família e pelo paciente os tornará responsáveis pelo cuidado em âmbito individual, resultando também melhoras significativas em seu convívio social. Para que isso ocorra, o enfermeiro deverá exercer um cuidado humanizado, estratégico e individualizado ao público criança/ adolescente, ao passar informações de forma clara e precisa.

Teoria das relações interpessoais de peplau: Análise fundamentada em Barnaum

O uso de teorias na Enfermagem resulta em um movimento da profissão em busca da autonomia e da delimitação de suas ações. Teorias são definidas como um conjunto de proposições utilizadas para descrever, explicar e predizer parte de uma realidade e consistem na organização de algum fenômeno por meio da qual evidenciam-se os componentes e as características que lhes dão identidade. As teorias fundamentam a atuação da Enfermagem. Apesar de sua importância muitos enfermeiros questionam quanto à aplicabilidade das teorias na prática. As teorias de enfermagem são questionadas desde estudantes de enfermagem até profissionais já formados quanto à sua aplicabilidade na prática profissional.

Devemos considerar que a prática da enfermagem não abrange somente o fazer técnico mas também a origem e conseqüência desse fazer e, portanto, as teorias podem ser usadas pelos profissionais para orientar e melhorar a sua prática. Diante dos questionamentos em torno da utilização das teorias de enfermagem, torna-se imprescindível que elas sejam analisadas quanto à sua utilidade, entendendo que, sem a existência concreta de uma relação entre teoria e prática, as teorias tendem a transformar-se em mera abstração intelectual. Uma das teorias considerada como marco teórico de referência para a prática da enfermagem e, sobretudo, para a enfermagem psiquiátrica é a Teoria das Relações Interpessoais desenvolvida por Hildegard E. Peplau, em 1952. A teorista define o processo de enfermagem como um processo interpessoal cujo objetivo principal está centralizado na enfermeira e no paciente e, em sua teoria, identifica conceitos e princípios que forneçam suporte às relações interpessoais que se processam na prática da enfermagem, de modo que as situações de cuidado possam ser transformadas em experiências de aprendizagem e crescimento pessoal. A autora define a enfermagem como um processo interpessoal por meio do qual, enfermeira e paciente podem obter crescimento e desenvolvimento pessoais.Portanto, os elementos fundamentais da prática da enfermagem são o paciente, a enfermeira e os acontecimentos que envolvem ambos durante uma situação de cuidado.

Com relação à Teoria das Relações Interpessoais de Peplau, pode-se dizer que as teorias que a fundamentam são as do crescimento e desenvolvimento,

como os estudos de Erick Fromm e, principalmente,

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