Análise do Macro e Micro Ambiente - São José Futebol Feminino
Por: Kleber.Oliveira • 31/10/2017 • 3.254 Palavras (14 Páginas) • 547 Visualizações
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acordo com Sinedino (2008) para alguns donos de clubes de time de futebol, a Lei Pelé n° 9.615 de março de 1998 foi um desmotivador para a realização dos trabalhos na gestão dos jogadores, pois a lei defende e estimula uma “liberdade” maior aos jogadores, fazendo com o que ele seja dono da prestação de seu próprio trabalho, além disso, a lei defende um tipo de exploração que ocorria muito antes da lei ser revigorada, a lei permite que apenas jogadores acima de 16 anos tenham contrato com clubes. Contratos com jogadores com uma idade menor que está é considerado um contrato ilegal segundo as normas da Lei.
A desmotivação dos gestores vem exatamente pelo fato dos jogadores não poderem ser mais propriedade dos clubes podendo sair de qualquer clube e indo para outros, inclusive clubes do exterior quando desejar.
Em concordância com Castellani (2012), o público feminino começou a praticar esportes, especificamente o futebol em meados de 1940, mas o preconceito e discriminação eram persistentes até que ocorreu uma proibição de mulheres praticaram qualquer tipo de esporte. Com isto, em 1979 o CND revogou a deliberação n°7/65 que concedia o direito as mulheres praticarem esportes em qualquer modalidade sem diferenciação ao sexo masculino, fazendo com o que o futebol feminino se desenvolvesse no ano seguinte da deliberação (1980).
Na cidade de São José dos Campos existe uma lei complementar que visa apoiar os projetos esportivos e culturais da cidade, é a Lei de Incentivo Fiscal – LIF n°192/99 de 30 de setembro de 1999. O objeto dessa lei é ajudar financeiramente o desenvolvimento de diversos projetos no munícipio, sendo eles esportivos ou culturais que tem como foco a interação social com pessoas de baixa renda.
Análise:
Mesmo com algumas leis que interferem na gestão de um clube esportivo, pode-se verificar após as pesquisas realizadas que existe leis que são a favor da pratica esportiva, incentivando as pessoas, isso pode ser utilizado a favor do time, todas essas leis que ajudam e incentivam as pessoas a praticar esportes.
4.3 Demográfico
Sabe-se que o futebol é paixão nacional do Norte ao Sul do Brasil, porém a intensidade dessa paixão e a quantidade de adeptos podem variar de região para região de acordo com os aspectos demográficos que variam de sexo, idade, classe social, entre outros.
Um dos fatores que determina o esporte no país é o gênero, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Ibope (2012), 77% dos brasileiros consideram o futebol a verdadeira paixão nacional, sendo 89% dos homens entrevistados com essa opinião, contra 72% das mulheres. Através disso nota-se que a valorização emocional desta modalidade é maior entre o sexo masculino.
Contudo, apesar de não terem um vínculo com o futebol tão forte quanto os homens, as mulheres ocupam uma fatia significativa entre os adeptos e segundo o levantamento realizado pela empresa de marketing Sophia Mind no ano de 2010, com diversas mulheres de 18 a 60 anos, 80% da amostra torcem por algum time, sendo a grande maioria por influência da família, entretanto o mesmo levantamento apontou que 75% delas não costumam ir a estádios, preferindo assistir os jogos na casa de amigos ou parentes por motivos de segurança.
No que se refere à prática do esporte, de acordo com o Ministério do Esporte (2013) e, um levantamento sobre a relação dos brasileiros com o as práticas esportivas, sabe-se que o futebol costuma ser responsável por introduzir as pessoas a pratica das atividades físicas, e segue sendo o esporte mais popular, praticado por 47% dos brasileiros, sendo 66% homens contra 19,20% mulheres.
Ainda sobre a prática do futebol, outro fator que influencia diretamente é a idade. Segundo outros levantamentos da mesma pesquisa, idades que mais se praticam o futebol são entre 45 a 54 anos, 15 a 19 anos, 20 a 25 anos e 25 a 34, ou seja, a prática é mais comum entre pessoas mais velhas, mesmo que de forma amadora.
Por fim deve-se considerar também a relação com classes, segundo o Instituto Ipsos Marplan (2012) que entrevistou uma mostra de 50.119.00 pessoas com 95% de confiabilidade, o futebol se torna mais presente na classe C que representa 47% da amostra, seguida pela pelas classes B com 35%, A com 7% e D e E que juntas somam 12%.
Análise:
As pesquisas verificaram que o futebol é uma paixão nacional e seu maior público de seguidores é do sexo masculino, mas as mulheres não ficam para atrás, logo pode se verificar também que o público mais velho é mais adepto a praticarem futebol do que o público jovem. Entre as classes sociais a classe C, D e E têm mais pessoas ligadas ao futebol do que nas outras classes sociais.
4.4 Sociocultural
O futebol, conhecido geralmente por ser uma paixão nacional dos brasileiros, é um dos esportes com mais patrocínios e visibilidade do país, visto que é possível perceber sua grande veiculação em diversos canais de TV.
A paixão brasileira pelo futebol pode ser gerada por influência familiar, como é possível perceber em mercados os produtos de bebês com símbolos de times. Também se acredita que vem de influências de amigos, mas principalmente de uma tradição cultural.
De acordo com a revista on-line Superinteressante (2015), muito já se foi estudado para saber de onde vem essa paixão nacional pelo futebol, sabe-se que o esporte começou a ter seu êxito na sociedade brasileira nos anos 10, porém, apenas entre a elite, tendo sua verdadeira popularização a partir dos anos trinta.
A raiz do futebol na cultura do Brasil não está apenas no fato da população acompanhar o esporte, as pessoas costumam praticá-lo mesmo que quando criança na rua com os vizinhos, ou de forma amadora em uma pelada com os amigos no fim de semana, tais fatos corriqueiros fortalecem a visão do Brasil possuir uma forte cultura no futebol.
A cultura do futebol no Brasil é tão presente que os grandes e principais heróis do país são provenientes dele e isso vem desde as gerações mais antigas, que tiveram como herói Rivelino, Garrincha e o imortalizado Pelé, até as gerações atuais que cresceram sonhando em ser como Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fenômeno, Romário e atualmente o Neymar, o qual inspira os jovens em aspectos que vão desde seguir carreira no esporte aos estilos que eles adotam bem como os produtos que consomem e vestem. Essa inspiração sempre surgindo por intervenção da mídia. Porém, toda essa influência cultural citada não se pode aplicar ao futebol feminino. É comum afirmar que não
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