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A Ética e Cidadania

Por:   •  23/4/2018  •  1.661 Palavras (7 Páginas)  •  278 Visualizações

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A sociedade ao longo da história sempre tentou criar parâmetros que fossem moralmente aceito pelo coletivo, algo que sempre será impossível pois cada grupo tem seu comportamento moral que lhe convém, a maioria deles ligados as suas crenças e religiões mas também existem aqueles que a baseiam pela natureza ou pela razão. Os que se baseam nas divindades geralmente são menos mutáveis que os demais, mas em todos os casos a ausência de um fundamento contingente e histórico para os princípios éticos e normas morais. Um consenso para qual seria uma melhor base para instituir os princípios morais é inviável, suas crenças. Dilemas concretos do cotidiano e juízos variam no decorrer de cada história em particular. Muitos associam as leis aos princípios morais e normas ética mas é importante ter atenção entre a distinção entre lei, princípio ético e norma moral. Embora boa parte das leis estejam fundamentadas em princípios éticos e normas morais, nem toda lei é moral e o Estado não pode obrigar seus cidadões a cumprirem princípios éticos ou normas morais que não estejam manifestadas na forma de leis. Por fim, o importante nestes casos é tentar colocar a dignidade humana acima de nosssas diferenças culturais e de fé.

Assim como a moral, existe diversos tipos de ética, portanto não existe apenas um tipo de reflexão a respeito da conduta moral humana, na tentativa de definir as ações humanas como boa ou má, certa ou errada, ética e antiética.

Ética teológica ou consequencialista é uma ética que sustenta que o que é correto só pode ser definido a partir das consequeências que uma dada ação produz. Isso se dá por que esse tipo de teoria ética, só podemos afirmar o que é correto se antes definirmos o bem a ser alcançado. O valor das ações está nos fins, nas suas consequências ou resultados, não na intenção ou motivação da ação moral, o velho ditado que diz que os fins justificam os meios. As éticas teológicas ainda podem se subdividir em alguns grupos, como o utilitarista que visa a maximização do bem, beneficiando o maior número de pessoas possíveis, mesmo a ação deixando outras de fora deste benefício, também podemos ver a ética egoista cujo sua finalidade que também visa a maximização do bem mas se for necessário o detrimento das minorias será executado mesmo assim e por último a ética doxológica que visa no ação moral a glória de uma divindade a qual o indíviduo se submete.

Já a teoria deontológica valoriza a intenção da acção, de acordo com o dever, independentemente das consequências. Agir por dever e em função de uma boa intenção são os princípios que determinam a boa acção. Agir bem implica uma boa intenção e uma boa vontade. O que é que isto quer dizer? A acção é boa se a intenção (razão ou motivo) for boa e se ela for pensada como boa vontade, ou seja, se for universal. Será universal se o que decidirmos for bom para nós próprios e para os outros (todos). Se não for uma acção egoísta ou só pensada em função de mim próprioterá uma dimensão ética, de maneira que, como diz KANT: “age de tal maneira que uses a humanidade tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro sempre como um fim e nunca simplesmente como um meio”. Por outras palavras, devemos tratar os outros como nos tratamos a nós próprios; assim se compreende a dimensão universal dos nossos actos, defendida por KANT. Por isso se diz que a ética de KANT é uma Ética Formal: não indica normas concretas de conduta, mas dá indicações gerais de como devemos agir com os outros. Não diz como em concreto devemos fazer para tratar os outros como “fins em si”, do tipo, como fazer para a velhinha passar a estrada, mas, em geral, sugere posturas universais aplicáveis a todas as situações (devemos tratar os outros como pessoas que têm valor por si próprias eque nunca devemos usar para nosso benefício).

A Ética da Virtude possui as suas raízes na Grécia antiga, a partir do filósofo Aristóteles. É uma teoria que se foca mais no caráter do que nas ações e que está mais interessada na questão de saber quais as ações que estão corretas e quais as que estão erradas e a Ética da Virtude pensa assim sobre as diversas formas de trabalhar a referida questão. A ética da virtude também é relacionada com a ética cristã original.

Esta ética aborda os dilemas existenciais, as ações morais que definem o homem como virtuoso se basea no modo como ele toma suas atitudes e estas precisam estar ligadas as regras ou normais pré estabelecidas, diferentemente da ética deontológica ela valoriza a ponderação reflexiva do profissional diante de determinado dilema ético.

E a mais jovem aabordada a ética discursiva proposta por filósofos contemporâneos, a qual propõe a partir da racionalidade baseada no diálogo público os princípios éticos na sociedade, dando maior ênfase ao diálogo das diversas ideologias, crenças e morais, deixando de lado os fundamentos baseados em Deus ou qualquer outra divindade ou mesmo a ideia de natureza, deixando o consenso falar mais alto, as crenças religiosas, morais e costumes que os grupos tem divergente são mantidos na esfera privada, respeitados e preservados, na

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