A Teoria Contingencial e Toyotismo
Por: Juliana2017 • 21/11/2018 • 2.393 Palavras (10 Páginas) • 561 Visualizações
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A Teoria Contingencial contempla, assim como o nome, que nada é regra, nada é certo e tudo é eventual. Assim a organização tem liberdade para, uma vez definido o objetivo da empresa, adequar-se ao ambiente externo e modificar o ambiente interno, tornando-se mais competitiva e lucrativa. Maior prova dessa teoria é o sucesso do método Toyota como veremos a seguir.
Teoria da Contingência
Definição
Conforme define o dicionário on-line Michaelis, o termo contingência significa algo eventual e incerto e Chiavenato (2003) o define, ainda, como algo que pode acontecer ou não, dependendo das circunstâncias.
Assim, a abordagem contingencial na administração prega que não podem existem modelos pré-definidos de organização e administração num cenário de ambientes variados e dinâmicos. A estrutura das organizações deve se adequar as mudanças do ambiente externo e interno.
Razões do desenvolvimento
O modelo de contingência destaca-se pelas seguintes razões:
- Fim da teoria da máquina, onde a organização é entendida como um sistema fechado (mecânico) e a idéia era encontrar a melhor forma de organizar, com regras aplicáveis a todas as situações;
- Reavaliação na teoria das relações humanas e comportamentais, que também pregava um sistema mesmo sistema de gestão de pessoas para todas as organizações. Segundo Chiavenato (2003), considera um o comportamento humano e suas relações informais e sociais dos membros em grupos sociais em grupos sociais que moldam e determinam o comportamento individual.
Essa reavaliação gerou a Teoria Comportamental, onde se considera conceitos comportamentais e motivacionais das pessoas. Pois para adaptar-se a novos ambientes, os funcionários devem estar acostumados a mudanças dentro da organização.
- Abandono da teoria da burocracia que padroniza divisão de trabalho, hierarquia, que dita regras, que é baseada na impessoalidade e formalidade entre subdivisões da organização. É baseada, ainda, na padronização de tarefas em detrimento a permitir as decisões pessoais.
- Teoria de Sistemas que é a preocupação com a construção de sistemas abertos de organização que são sensíveis ao ambiente.
É com a Teoria da Contingência que se olha para fora da organização, para o ambiente, pois é no ambiente que estão as respostas para questões sobre como produzir melhor, porque produzir mais rápido ou para quem produzir. Tudo é eventual, nada é regra e tudo é relativo, pois tudo depende do ambiente.
Existe o ambiente externo ou ambiente independente e o ambiente dependente que são as técnicas administrativas ou ambiente interno.
Pode-se entender a teoria da contingência como uma relação de SE-ENTÃO, pois SE o ambiente determina o consumo de um determinado produto, por exemplo, ENTÃO vamos produzi-lo.
Desenvolvimento
A Teoria Contingencial foi desenvolvida a partir do estudo de diversas empresas, onde se buscou entender qual era a sua fórmula de sucesso ou fracasso. Logo essa teoria não foi uma idéia pré concebida, mas que evoluiu e foi provada através desses estudos.
A conclusão desses estudos foi de que não havia uma melhor forma de organização (the Best way), mas que o sucesso dependia do melhor entendimento e adaptação ao ambiente externo e interno dessas empresas.
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As principais pesquisas que permitiram o desenvolvimento da Teoria Contingencial foram realizadas por:
- Alfred D. Chandler, pesquisando Estratégia e Estrutura;
- Tom Burns e G.M. Stalker, pesquisando as organizações;
- Joan Woodward, pesquisando sobre tecnologia;
- Paul Lawrence e Jay Lorsch pesquisaram os ambientes.
Houve outras pesquisas contribuintes, mas nesse trabalho, trataremos as quatro principais pesquisas acima.
Estratégia e Estrutura
O Americano Alfred DuPont Chandler Jr. Realizou um amplo estudo de empresas em atividade entre 1850 a 1920, entre elas Sears, General Motors, Standard Oil Company (Esso no Brasil) e a própria Du Pont.
Analisando reestruturações ao longo dos anos na organização dessas companhias, percebeu que cada reorganização era devida a mudanças de estratégia de mercado, fontes de suprimento e modernização da tecnologia. Essas organizações passaram na sua história por quatro processos:
- Acúmulo de recursos: logo no inicio de suas histórias, a ordem era crescer economicamente, expandir mercado e compra de empresas menores;
- Racionalização do uso dos recursos. Logo após o grande crescimento inicial a ordem era controlar os recursos (instalações e pessoal) e adequá-los às oscilações do mercado;
- Continuação do crescimento: após adequar quadro de funcionários, instalações, e investimentos as empresas estavam preparadas para continuar crescendo;
- Racionalização do uso dos recursos em expansão, ou seja, concentrada em novas linhas de produto (diversificação) futura criação de novas unidades de negócios.
Organizações
Os sociólogos ingleses Tom Burns e George M. Stalker pesquisaram mais de 20 organizações inglesas, encontrando vários procedimentos administrativos, os classificado em dois tipos diferentes: Mecanísticas e Orgânicas.
- A organização Mecanística apresenta estrutura burocrática baseada em divisão do trabalho, cargos ocupados por especialistas com funções definidas, hierarquia rígida de autoridade baseada num comando único e centralizados de decisões, ênfase em regras e procedimentos formais e interação vertical entre superior e subordinado.
- A organização Orgânica é mais flexível com pouca divisão do trabalho, os cargos e responsabilidades são constantemente trocados ou redefinidos, os níveis inferiores tem certa autonomia na tomada de decisões, hierarquia também flexível permitindo interações laterais e ênfase nos princípios da Teoria das Relações Humanas
Tecnologia
A Socióloga industrial Joan Woodward apresentou em 1965 o estudo chamado “Organização
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