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A Responsabilidades Socioambientais Empresarial

Por:   •  9/12/2018  •  6.285 Palavras (26 Páginas)  •  282 Visualizações

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e conclusões obtidas com o estudo e, por fim, apresentam-se as referências bibliográficas que dão sustentação teórica ao presente artigo.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta seção apresentará 04 subdivisões, estando elas relacionadas, primeiramente, ao Balanço Social, seguido dos aspectos históricos, enquanto na terceira seção aborda-se a responsabilidade socioambiental empresarial, e, por fim, os aspectos que envolvem o marketing social

2.1 BALANÇO SOCIAL

O Balanço Social é uma ferramenta que permite apresentar as ações que as empresas realizam tendo como foco ações de responsabilidade socioambiental. É crescente o número de empresas que publicam anualmente o balanço social, pressionados pela era da globalização e pela sociedade em geral. Segundo Kroetz (2000 p.78), assim, o Balanço Social teve sua origem, não só nas pressões sociais, mas também na intenção das entidades em alcançar determinados objetivos, constituindo-se em um instrumento gerencial de identificação de problemas e oportunidades e conseqüentemente, de apoio para a administração. (KROETZ, 2000, p.78) O balanço social é um relatório através do qual a empresa divulga sua responsabilidade social e o que é feito para melhorar a qualidade de vida de seus colaboradores, profissionais, dependentes e comunidade. De acordo com Tinoco (2001, p. 28), as entidades consomem recursos naturais, sejam eles renováveis ou não, direta ou indiretamente, que constituem patrimônio da humanidade, utilizam também recursos humanos, físicos e tecnológicos, que pertencem à sociedade, portanto, devem revelar informações de como usam eficiente e eficazmente estes recursos. É de fundamental importância que as empresas tornem públicas e transparentes as ações sociais que desenvolvem e promovem no ambiente onde estão inseridas. Neste sentido, pode-se conceituar balanço social como um demonstrativo publicado anualmente pela empresa reunindo um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade. É também um instrumento estratégico para avaliar e multiplicar o exercício da responsabilidade social corporativa (BALANÇO SOCIAL, 2014). O balanço social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa. Aos dirigentes, fornece informações úteis à tomada de decisões relativas aos programas sociais que a empresa desenvolve; aos fornecedores e investidores, informa como a empresa encara suas responsabilidades em relação aos recursos humanos e à natureza; aos consumidores, dá uma ideia quanto à postura dos dirigentes e à qualidade do produto ou serviço oferecido, demonstrando o caminho que a empresa escolheu para construir sua marca e ao Estado, ajuda na identificação e formulação de políticas públicas (BALANÇO SOCIAL, 2014). Conforme Kroetz (2000, p. 78) “o balanço social representa a demonstração dos gastos e das influências das entidades na promoção humana, social e ecológica, dirigidos aos gestores, aos empregados e à comunidade em que interage, no espaço temporal passado/presente/futuro.” De acordo com o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE 2013), o balanço social é um demonstrativo publicado anualmente pelas empresas, reunindo informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade. Visando dar transparência às atividades das empresas e apresentar os projetos, sua função principal é tornar públicas as ações de responsabilidade socioambiental empresarial, construindo vínculos entre a empresa, a sociedade e o meio ambiente. Portanto, conclui-se que o balanço social é um instrumento de gestão e uma valiosa ferramenta para a empresa gerir, medir e divulgar o exercício da responsabilidade social em seus empreendimentos.

2.2 ASPECTOS HISTÓRICOS

A partir dos anos 1950, nos Estados Unidos e Europa começam a haver reivindicações acerca do bem estar social dos funcionários das empresas. A Guerra no Vietnã, nos anos 60 e 70, quando foram utilizados armamentos sofisticados fabricados por empresas norte-americanas, gerou grande insatisfação popular, afinal as empresas não tinham o direito de produzir e vender o que quisessem, estimulando o consumismo exacerbado às custas da vida de pessoas. A partir daí, passaram a seguir normas sociais, buscando amenizar seu impacto sobre o meio ambiente e sociedade. De acordo com o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), o primeiro balanço social da história das empresas foi elaborado em 1972, pela empresa Singer, na França. Em 1961, foi constituída a Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE) em São Paulo, iniciando no Brasil uma propagação sobre a responsabilidade socioambiental dos dirigentes de empresas nas questões sociais. Conforme Kroetz (2000, p. 59), “desde meados de 1976, um grupo de estudiosos da responsabilidade social da empresa, [...], vem acompanhando com interesse o desenvolvimento de uma proposta de balanço social direcionado à realidade brasileira”. Porém, foi somente em 1984 que a empresa Nitrofértil, situada na Bahia, publicou um documento que é considerado o primeiro balanço social brasileiro. O balanço social revela a responsabilidade social das entidades e torna público à sociedade em geral as ações realizadas em prol da qualidade de vida no ambiente em que estão inseridas. “Mais recentemente, a sociedade cobra por transparência e que as informações econômicas, financeiras, sociais e ambientais sejam reveladas, a fim de justificar a razão de ser das entidades” (TINOCO, 2001, p.28). No Brasil, a publicação do balanço social no Brasil ainda é recente como afirma, No Brasil, há dez anos já se preparava, quando o secretário-geral do Ministério da Justiça Jose Paulo Cavalcante, projeto de lei que a isso obrigava; infelizmente não vingou, mas agora a CVM vem com a mesma idéia em seu projeto de reformulação da parte contábil da Lei das S.A. (MARTINS 2003, apud KROETZ, 2000, p.58) O primeiro modelo de balanço social apresentado foi desenvolvido pelo IBASE, em 1997, cuja estratégia era criar um modelo básico e teve como grande defensor o sociólogo Herbert de Souza, Betinho. Contou, inicialmente, com o apoio e recomendação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), através de instrução normativa, segundo a qual as empresas de capital aberto deveriam realizar, anualmente, balanço social no modelo sugerido pelo IBASE. O lançamento da campanha pela publicação do balanço social aconteceu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro, onde o tema da responsabilidade social

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