RELATÓRIO DE AUDITORIA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL

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3.4 Resumo do método utilizado

A pesquisa é caracterizada como qualitativa e a coleta de informações ocorrerá por meio de pesquisas bibliográficas, além da uma análise documental compreendendo os relatórios de sustentabilidade do grupo Boticário, divulgados nos anos de 2014 e 2015, consultados no website institucional. A coleta das informações foi feita em junho de 2016.

3.5 Principais resultados

Conclui-se que O Boticário, atualmente, não tem a intenção de apresentar claramente uma identidade ambiental, mas sim uma identidade vinculada à beleza. Acredita-se que pelo

fato do O Boticário desenvolver intensivamente vários projetos ambientais, e a unir eles em um objetivo comum através dos temas prioritários vinculados ao meio ambiente, esses podem contribuir para a construção de uma imagem ambiental positiva, auxiliando no fortalecimento da imagem atual da marca.

3.6 Responsáveis técnicos

Os responsáveis técnicos neste relatório de auditoria são: Deborah Aguiar Gonçalves e José Raphael Novaes, ambos discentes na Escola Paulista de Política, Economia e Negócios, no curso de Administração de empresas da Universidade Federal de São Paulo, matriculados na disciplina de ética do sétimo semestre da graduação. As metodologias utilizadas, apesar de se embasarem em teorias escritas e pesquisadas na fundamentação teórica do trabalho, são de responsabilidade dos pesquisadores.

4. Introdução

O inegável avanço tecnológico que acontece no mundo inteiro tem trazido consigo algumas preocupações que podem ser vistas como oportunidades no mundo dos negócios.

Alguns consumidores, atualmente, fazem questão de conhecer a origem dos produtos que consomem, buscando informações sobre o processo de fabricação, julgando se vale a pena, ou não, incentivar as práticas adotadas pelas empresas no processo produtivo.

Para Dias (2009), o consumidor verde manifesta preocupações ambientais no seu comportamento de compra, preferindo produtos que causam menos impactos ao meio ambiente. Este tipo de consumidor ainda valoriza as empresas que se mostram responsáveis com relação à sustentabilidade, o que torna este público mais apto à possibilidade de investir uma maior quantia de dinheiro em produtos sustentáveis.

Solomon (2002) mostra que o comportamento do consumidor verifica quando os indivíduos selecionam, compram, usam ou dispõem de produtos, serviços ou experiências para satisfazer necessidades e desejos. Sendo as variáveis constituintes do comportamento de compra: diferenças individuais (recursos do cliente, conhecimentos, atitudes, motivações, personalidade, valores e estilo de vida), influências ambientais (cultura, classe social, influência familiar e situações do cotidiano) e processos psicológicos (informação, aprendizado e mudança de comportamento) (CALOMARE, 2000, apud CASSEL, 2012).

Segundo Cassel (2012), a empresa O Boticário, que faz parte do grupo pesquisado, e é a principal referência dos consumidores na percepção da marca, desenvolve inúmeras atividades ambientais, de forma a envolver seus colaboradores em todos os níveis hierárquicos. São estas ações protocoladas e normatizadas, indicando o comprometimento da empresa em realmente concretizar seus ideais.

No final de sua pesquisa, Cassel (2012) conclui que a empresa não busca apresentar, claramente, uma identidade ambiental, mas sim uma identidade que se vincula à beleza. A percepção dos clientes relaciona-se fortemente à qualidade dos produtos, e não ao fato de que a empresa possui algum tipo de engajamento que seria benéfico para o meio ambiente, diferente do que acontece com a marca Natura.

5. Método

A pesquisa é caracterizada como qualitativa que, segundo Minayo (2001), trabalha com o universo de significados, correspondendo a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à variáveis quantitativas e a coleta de informações ocorrerá por meio de pesquisas bibliográficas, além da uma análise documental compreendendo os relatórios de sustentabilidade do grupo Boticário, listados nas figuras abaixo, divulgados nos anos de 2014 e 2015, consultados no website institucional. A coleta das informações foi feita em junho de 2016.

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Figura 1. Página Inicial do Relatório de Sustentabilidade do grupo, publicado em 2014.

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Figura 2. Página Inicial das Diretrizes de Responsabilidade Compartilhada, publicado em 2015.

Através de uma análise das publicações online do Instituto Ethos, que se propõe a mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tomamos como base para esse estudo o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).

Por este modelo, e nas definições encontradas no site, podemos enxergar quais são os conceitos fundamentais reconhecidos internacionalmente, que se traduzem em processos gerenciais ou fatores de desempenho encontrados em organizações de classe mundial. Esses fundamentos, nos quais se baseiam os “Critérios de Excelência” da FNQ, são:

- Pensamento sistêmico;

- Aprendizado organizacional;

- Cultura de inovação;

- Liderança e constância de propósitos;

- Orientação por processos e informações;

- Visão de futuro;

- Geração de valor;

- Valorização das pessoas;

- Conhecimento sobre o cliente e o mercado;

- Desenvolvimento de parcerias;

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11. Responsabilidade social.

Baseando-se nesses fundamentos, o MEG adotou os seguintes critérios:

- Liderança;