RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL E A GESTÃO DE PESSOAS
Por: Ednelso245 • 27/5/2018 • 4.348 Palavras (18 Páginas) • 792 Visualizações
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Para cumprir com o objetivo proposto foi realizado uma pesquisa bibliográfica, descritiva, com abordagem qualitativa, com levantamento em diversas obras literárias obtidas na biblioteca virtual da Unopar, bem como em sites da internet, tendo como principais autores: Barros & Lehfeld (2008), Frediani (2011), Gomes & Brito (2013), Guirro (2009), Luiz & Gasparotte (2009), Mascarenhas (2012), Ribeiro & Bush (2009), Santos (2010), Süssekind (2007) e Zanitelli (2013).
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A Responsabilidade Social Empresarial
Segundo Ribeiro & Bush (2009, p. 2), a responsabilidade social das organizações nas mais diversas esferas da vida humana, vem sendo discutida constantemente em debates nas mídias do mundo todo, por se tratar se um assunto estratégico nos negócios mundiais, tendo em vista que “a sociedade não aceita mais que empresas forneçam apenas qualidade, preço e cumprimento da legislação; ela passou a valorizar, cada vez mais, empresas que ajudam a minimizar os problemas sociais e ambientais da atualidade”.
Por isso, a questão da responsabilidade social vem sendo discutida desde 1972 na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em relação às necessidades de desenvolvimento dos países. Em 1987 o conceito de responsabilidade social empresarial foi discutido com maior profundidade no Relatório de Brundland sendo divulgado e sustentado.
Já em 1992, o empresário Stephan Schmidheiny lançou o livro “Mudando o rumo”, demonstrando que as empresas poderiam utilizar a responsabilidade social como estratégia de negócios, “não privilegiando apenas o lado econômico, mas levando em conta também o meio ambiente”. Mas foi somente a partir do advento da globalização que o termo responsabilidade social passou a ser estruturado, deixando de ser meramente um papel do Estado, “para uma gestão compartilhada entre todos os atores sociais”. (RIBEIRO & BUSH, 2009, p. 2).
Para Ribeiro & Bush (2009, p. 2 apud Young, 2004; Borger, 2001, p.17),
As empresas têm co-responsabilidade na solução dos problemas sociais e ambientais, pois têm poder político e habilidade de mobilizar recursos financeiros e tecnológicos para desenvolverem ações que podem ser replicadas pelos outros atores sociais. No entanto, a ampliação da gestão empresarial para além de suas paredes institucionais ocorreu gradualmente.
Sobre o aspecto histórico da responsabilidade social das empresas, Ribeiro & Bush (2009, p. 2), contribuem ao informar que,
Inicialmente, a sociedade preocupava-se com aspectos da relação de trabalho como a obtenção e garantia de encargos trabalhistas, sendo esses aspectos internos das organizações. Posteriormente, veio a se preocupar com aspectos que ultrapassavam os limites da empresa: meio ambiente; equidade para grupos em desvantagem (mulheres, portadores de deficiências físicas, minorias visíveis); segurança e estabilidade no emprego; tratamento justo entre administradores, proprietários e força de trabalho. Atualmente, não mais existe uma divisão entre o espaço interno e externo; as soluções devem ser compartilhadas de forma geral e as empresas devem contribuir ativamente para as soluções, sob o risco de serem questionadas, processadas e cobradas por seus atos.
Assim, atualmente, de acordo com Luiz & Gasparotte (2009, p. 140), de uma maneira sucinta, a responsabilidade social das empresas pode ser conceituada “como um conjunto de ações que promovam o desenvolvimento em comprometimento com as questões relativas ao meio ambiente e às questões sociais”.
A responsabilidade social e ambiental pode ser resumida no conceito de efetividade, como o alcance de objetivos econômico-sociais. Uma organização é efetiva quando mantém uma postura socialmente responsável. A efetividade está relacionada à satisfação da sociedade, ao atendimento de seus requisitos sociais, econômicos e culturais. Toda e qualquer organização existe em função de necessidades sociais e depende de manter um bom relacionamento com a sociedade para se desenvolver. (RIBEIRO & BUSH, 2009, p. 12 apud TACHIZAWA, 2005, p.73).
Ribeiro & Bush (2009, p. 12 apud Passos, 2004, p. 167), expõe que praticar responsabilidade social empresarial requer uma ação ética, com compromisso com a humanidade, “respeitando os direitos humanos, justiça, dignidade; e com o planeta, comportando-se de forma responsável e comprometida com a sustentabilidade da rede da vida”, através da promoção da cidadania e do bem estar tanto do publico interno, quanto do público externo, ou seja, as organizações “precisam colocar seu conhecimento, seus instrumentos de gestão e seus recursos econômicos a serviço de seus colaboradores, dos membros da sociedade e da defesa do meio ambiente”.
Nesses termos, a responsabilidade social deve ser promovida por empresas, clubes de serviços, entidades governamentais e não governamentais, entre outras atividades humanas, incluindo ações voltadas para a sustentabilidade e preservação do meio ambiente, com obediência à legislação vigente, criação de projetos filantrópicos e educacionais e equidade de oportunidades. (LUIZ & GASPAROTTE, 2009, p. 140).
Na visão de Luiz & Gasparatte (2009, p. 142),
Para atingir a responsabilidade socioambiental (principalmente a empresarial) é de extrema importância estar pautado na eficiência econômica equidade social e respeito ao meio ambiente e isso é possível com a participação da educação ambiental que tem um rico potencial de recursos para contribuir para a construção de uma socioambiental com garantia de qualidade. Ressaltam-se as abordagens socioambientais que reconhecem o valor intrínseco da natureza, mas admitindo que ela deve ser usada para atender às necessidades humanas presentes e futuras; por isso buscam-se sistemas de produção e consumo sustentáveis entendidos como aqueles que procuram atender às necessidades humanas respeitando as limitações do meio ambiente limitações que não são estáticas e que o ser humano pode e deve ampliar para atender a todos.
O Brasil é um país pioneiro em responsabilidade social empresarial, ocupando um lugar de destaque na América Latina, com seus 78 indicadores de sustentabilidade respeitados mundialmente e por suas 50 empresas com desempenho eficaz em ética, transparência, responsabilidade social, governança corporativas e sustentabilidade. (LUIZ & GASPAROTTE, 2009, P. 141).
Além
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