A INCLUSÃO DO DEFICIENTE FÍSICO NO MERCADO DE TRABALHO
Por: kamys17 • 26/3/2018 • 2.280 Palavras (10 Páginas) • 456 Visualizações
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aos desamparados.
Os direitos fundamentais são um núcleo de direitos intangíveis que não podem ser abolidos. Dentro dos direitos fundamentais sociais, temos os direitos sociais que são aqueles que têm por objetivo erradicar as desigualdades sociais. Então falamos de saúde, de educação, de trabalho, da assistência aos desamparados. De acordo com o censo 2010, é alarmante o processo de exclusão em que se encontra a pessoa com deficiência no mercado de trabalho. Sendo que 53% das pessoas com deficiência em idade ativa no nosso país estão fora do mercado de trabalho.
Dentro da abordagem da situação problemática de deficientes na inclusão no mercado de trabalho. Muito deficiente físico vem encontrando muitos obstáculos na aceitação e participação no mercado de trabalho e na sociedade. Devemos refletir sobre essa situação na qual o deficiente físico precisa de educação especial sendo importantíssima para exercer uma função no mercado de trabalho e no meio da sociedade.
Este artigo propõe estudar mecanismos que tanto o governo e tanto as empresas podem contribuir para que o crescimento do deficiente físico. O assunto em questão tem como objetivo apresentar a inclusão do deficiente físico no mercado de trabalho, abordar as dificuldades das empresas e seus colaboradores nessa adequação do empregado com necessidades especiais.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 GESTÃO DE PESSOAS
O gestor da organização é o principal responsável para a inclusão social do colaborador com necessidades especiais. Os trabalhos de conscientização corporativa tem papel fundamental para a retenção do profissional especial na empresa.
“Além da sensibilização dos funcionários também é importante se preocupar com a acessibilidade do local. Esta deve estar adequada ao seu tipo de deficiência. Acessibilidade tem como principais objetivos garantir o acesso apropriado às pessoas com deficiência (conforto, independência e segurança na utilização dos ambientes, estação de trabalho e equipamentos) e a funcionalidade do espaço edificado (sinalização tátil, sonora e visual de forma integrada, banheiro adequado), incluindo rotas acessíveis e a padronização de soluções, com possibilidade de melhorias opcionais”. (ABREU, p. 9 e10).
Ao definir “empresa inclusiva”, Sassaki (1997) propõe como sendo aquela que contempla as diferenças individuais, acredita no valor da diversidade humana e promove mudanças internas, tanto físicas como administrativas, garantindo aos funcionários com deficiência a possibilidade de exercerem sua função com qualidade e autonomia. Sendo assim, para o autor a empresa inclusiva deve promover: a) adaptação dos locais de trabalho; b) adoção de esquemas flexíveis no horário de trabalho; c) revisão das políticas de contratação de pessoal; d) revisão dos programas de treinamento e desenvolvimento de recursos humanos; e) palestras que desmistifiquem a deficiência como incapacitante, dentre outras condições.
.A deficiência não pode servir como desculpa ou como “muleta”. Deve-se contratar profissionais que estejam habilitados profissionalmente, emocionalmente e fisicamente. É necessário ter em mente que a deficiência não atribui nenhuma diferenciação além daquela já evidente, nem positiva e nem negativa (SCHWARZ; HABER, 2006).
Chiavenato: “As organizações mais bem sucedidas investem pesadamente em treinamentos para obterem um retorno garantido. Para elas, treinamento não é despesa, mas um precioso investimento seja na organização como nas pessoas que nela trabalham”.
azzilli declara, “é preciso que as pessoas com deficiência sejam preparadas para exercer uma profissão, que possam chegar até o emprego e terem condições de se locomoverem no seu local de trabalho, através da remoção das barreiras ambientais”.
Segundo ROMITA (1991,p.6.) “... a verdade parece estar na combinação dos dois argumentos. Os portadores de deficiência não necessitam de medidas preferenciais,mas sim de remoção das barreiras que impedem a sua inserção no mercado de trabalho, mas por não haver uma integração eficiente desses três pontos (qualificação profissional, habitação e reabilitação, estímulos financeiros) no Brasil, uma grande parte dos portadores de deficiência são pedintes de ruas e trabalham na economia informal, como: camelôs distribuidores de propaganda nos semáforos etc., estando,via de regra, fora do mercado formal de trabalho e sem a proteção do sistema de seguridade social...”
Como foi observado na citação acima as empresas tendem a obter resultados mais positivos quando investem em qualificação para seus funcionários.
2.2 INCLUSÃO DO DEFICIENTE
A inclusão do deficiente começa no seu meio ambiente, ou seja, em sua localidade de moradia, no bairro... Não se restringindo apenas nesses limites, sendo ampliados nas instituições de ensino, órgãos públicos e principalmente no mercado de trabalho, onde o portador de necessidades especiais irá desenvolver suas habilidades técnicas e humanas.
O deficiente tem os mesmos direitos e deveres, não é por causa da deficiência que estes devem ser subestimados, como observamos na citação:
“O outro, o diferente, o deficiente, representa muito mais coisas. Representa consciência da própria imperfeição daquele que vê, espelham suas limitações, suas castrações. Representa também o sobrevivente, aquele que passou pela catástrofe em potencial, virtualmente suspensa sobre a vida do outro. Representa também uma ferida narcísica em cada profissional, em cada comunidade. Representa um conflito não camuflado, não explicito – em cada dinâmica de inter-relações”. (ANACHE, 1994, p. 123 apud AMARAL).
Para a Febraban (2006) , existe ainda um outro grande agravante neste processo, pois se o profissional com deficiência não possui atributos e competências adequadas para o exercício da função, não se tem garantias e nem perspectivas de crescimento. Conseguir um emprego não significa progredir, o que não condiz com os anseios da inclusão.
“A integração social tem consistido no esforço de inserir na sociedade pessoas com deficiência que alcançaram um nível de competência compatível com os padrões sociais vigentes” (SASSAKI, 2003).
De acordo com TELFORD (1978 p. 55) “todas as atividades que visam o desenvolvimento global do individuo vão refletir
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