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A IMPLEMENTAÇÃO DO BALANCED SCORECARD (BSC) EM UMA EMPRESA DE CAPITAL ABERTO: ESTUDO DE CASO NA GERDAU

Por:   •  21/2/2018  •  7.557 Palavras (31 Páginas)  •  456 Visualizações

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O BSC idealizado por Kaplan e Norton nos anos 90 se sustenta sobre quatro perspectivas: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento estas estarão relacionadas a partir de uma relação de causa e efeito.

Diante de um cenário de intensa competitividade as organizações precisam se destacar de alguma forma diante das demais, e uma das maneiras de se sobressair é praticando a excelência na gestão, a utilização de recursos de forma eficiente. A utilização de ferramentas administrativas gerenciais conferem as ações de um profissional e de uma organização como um todo maior consistência.

Diante do exposto esta pesquisa tem como problemática: Em que medida a utilização do Balanced Scorecard, numa indústria, poderá contribuir para a melhoria do processo de gestão?

Para responder a esta questão tem-se o seguinte objetivo geral: analisar a implementação do Balanced Scorecard em uma empresa de capital aberto através de um estudo de caso e utilizando como objeto de estudo a Gerdau.

Enquanto que os objetivos específicos pretendem: analisar as vantagens de se utilizar ferramentas de gestão, especificamente o BSC; Demonstrar a importância da utilização do Balanced Scorecard como instrumento de avaliação de desempenho e; Analisar o alinhamento do planejamento estratégico com as ações operacionais da organização.

O tema visa ressaltar a importância das organizações trabalharem com ferramentas de gestão, a fim de melhorarem a qualidade gerencial e aperfeiçoarem a tomada de decisão ocasionando uma melhoria no desempenho organizacional.

Uma organização ser de grande porte não é garantia de que ela terá sucesso, para isso precisa de agilidade e flexibilidade para responder as mudanças ambientais. O principal motivo da falência de muitas é devido à má gerência dos negócios (CHIAVENATO, 2005). Uma forma de evitar que essas mudanças não surpreendam de forma negativa é se planejando estrategicamente.

Kaplan e Norton (2001) apontam que menos de 10% das estratégias elaboradas com eficácia foram implementadas com êxito[3], em 2007 foi divulgado os resultados da pesquisa The Conference Board[4], nela foram entrevistados aproximadamente 760 CEOs de 40 países e eles elencaram suas maiores preocupações e a execução consistente da estratégia pela equipe de gestão foi apontada como um dos maiores desafios. Uma maneira de controlar e gerenciar o planejamento estratégico e a execução do mesmo é utilizando uma ferramenta de gestão chamada Balanced Scorecard (BSC).

O BSC é uma ferramenta que contribui de forma positiva para a melhoria do desempenho organizacional, através de um sistema de medição. A partir da visão e estratégia do negócio serão criados indicadores de desempenho que serão desdobrados até o nível operacional fazendo com que toda a organização esteja trabalhando para o alcance da estratégia estabelecida.

Ao longo do trabalho será realizada uma revisão teórica acerca de conceitos sobre gestão estratégica, aprendizagem organizacional, Balanced Scorecard (BSC), seu surgimento e características próprias, em seguida serão apresentados o estudo de caso, analisado os resultados e por último as considerações finais.

- GESTÃO ESTRATÉGICA

A administração ganhou importância para a vida moderna no cenário de pós-guerra onde houve uma crescente conscientização resultando daí em uma análise extensiva de estudos do processo administrativo, seu ambiente e suas técnicas (KOONTZ e O’DONNEL, 1974).

Foi nesse período que as discussões acerca da gestão estratégica e estratégia iniciaram, onde foi percebida a importância de se pensar em longo prazo e de se tomar decisões por meio de análises (SILVA E VIZEU, 2007).

Com o avanço do pensamento estratégico, a função do gestor de planejar ganhou mais destaque e teve sua importância enfatizada. O planejamento é uma das funções proposta por Henri Fayol[5]·. É um fator decisivo para o sucesso de determinada ação, uma vez que o administrador ao planejar traçará as etapas para a consecução de um objetivo, tentando prever e controlar as variáveis que envolverão esse processo.

A gestão estratégica é definida por Costa (2007, p.56) como sendo um “processo sistemático, planejado, gerenciado, executado e acompanhado sob a liderança da alta administração, envolvendo e comprometendo todos os colaboradores da organização”.

O planejamento é definido por Oliveira (2008) como um processo desenvolvido para o alcance de uma situação futura desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo e com melhor concentração de esforços e recursos pela empresa, bem como orienta a sua utilização.

Diante destes conceitos pode-se perceber a importância que o ato de planejar tem para os gestores. E com a evolução do mercado e crescimento da concorrência as organizações buscam técnicas para aperfeiçoar essa prática, dentre estas o planejamento estratégico ganhou destaque entre as organizações e passou a ser muito difundida. É uma ferramenta essencial para que as organizações tenham um direcionamento de como devem agir no mercado e para se diferenciar dos seus concorrentes.

Segundo Oliveira (2008, p.62) “planejamento estratégico é um processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter um nível de otimização na relação da empresa com o seu ambiente”. Com a elaboração do planejamento estratégico a organização pretende definir a estratégia a ser implantada durante um período de tempo pré-estabelecido.

A noção que se tem de estratégia surgiu no âmbito da atividade militar. Chiavenato (2005, p. 574) cita um antigo conceito que estratégia é:

A aplicação articulada e coesa de forças em larga escala contra algum inimigo. [...] A estratégia de guerra é uma ação global e integrada. A tática corresponde a uma mobilização de tropa dentro da estratégia mais ampla. E o plano é uma ação específica de ação militar.

Tal analogia pode ser comparada às organizações, que precisam elaborar uma estratégia geral e desmembrá-la em objetivos para os demais níveis organizacionais e difundi-la pela organização. Esta ação é utilizada como meio de vantagem contra os concorrentes, para não permitir a perca de clientes ou mercado.

Kaplan e Norton (2001, p.87) defendem a utilização da estratégia com esse propósito ao escrever que “a essência da estratégia é a opção por executar atividades de forma diferente

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