DIAGNÓSTICO DO ENOTURISMO DO VALE DOS VINHEDOS
Por: Juliana2017 • 1/7/2018 • 2.472 Palavras (10 Páginas) • 304 Visualizações
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Considerando as dimensões e importância do Vale, sugerimos que seja realizado um diagnóstico específico da região para ainda melhor exploração do tema, pois há fortes riquezas culturais que merecem ser bem registradas e pesquisadas.
Nome do Roteiro – Vale dos Vinhedos
Número de estabelecimentos vinícolas visitados – 20
Porte das empresas – Pequenas, médias e grande porte - familiares
Produtos elaborados – Vinhos finos, mesa, sucos, espumantes, geleias, grappa, licorosos, e outros.
Público Alvo – AAA-AB-B-C
Benchmarking – Napa Valley, Estados Unidos. Piemonte – Alba (Barbaresco, Barolo, La Morra, Serralunga, Neive, Canelli, arredores), Itália
Presença de vinhedos no roteiro – Sim, são a identidade local. Os antigos vinhedos foram implantados em latada, utilizando de suporte a árvore plátano. Hoje traz uma paisagem de “colcha de retalhos”, contrastando as cores das folhas e as demarcações do plátano junto aos vinhedos.
Destaque – a proximidade e diversidade de produtores e estilos, aliada às opções de hospedagem e alimentação. Pelo pioneirismo e diversificação, Complexo Agroturístico da Villa Valduga.
Paisagem – Aliado ao relevo montanhoso, a presença de mata nativa, as casas rurais e vinícolas inseridas neste contexto, tem-se um dos mais belos roteiros de vinho do Brasil. As montanhas cobertas de vinhedos, os pontos de observação de beleza cênica, os paredões da linha Eulália, convidam o visitante a sempre descobrir algo especial. Está acontecendo uma reconversão dos vinhedos para o sistema espaldeira, visando melhoria de qualidade, porém descaracterizando a paisagem original. Um grave problema é a ocupação desordenada, bem como formatação de loteamentos residenciais em zonas que irão descaracterizar a beleza e o espaço natural do Vale dos Vinhedos.
Estrutura geral do roteiro – Boa. Asfaltado em boa parte do trajeto, é bem sinalizado e possibilita facilmente que o turista defina o seu próprio passeio. Possui centro de informações turísticas, integrado à posto de gasolina, quatro opções de hospedagem dentro da área do vale(pousada Ca di Vale, Hoel Villa Michelon, Hotel Spa do Vinho e Hotel Bruschi/Monte Belo do Sul), além das opções de hotéis nos núcleos urbanos das cidades que compõem o roteiro. Há também vários restaurantes, principalmente galeterias e gastronomia “da imigração italiana”, surgindo também café colonial, bistrô e lanchonetes. Com grupos e mediante reservas, é possível utilizar os espaços gastronômicos das vinícolas.
Arquitetura e paisagismo – As vinícolas do Vale têm investido na arquitetura de seus prédios, não formando conjunto ou seguindo estilos, porém todas estão em bom estado de conservação, sendo muito atrativas. Possuem tanto projetos paisagísticos quanto jardins adequados à paisagem de vinhedos. Pode-se encontrar projetos que seguem conceitos modernos, como a Alma Única, como uma mescla de estilos e readaptações, as quais se deram pelo crescimento das empresas e não por planejamento, como a Villa Valduga.
Acesso pessoas portadoras de necessidades especiais – Já há preocupação das empresas na construção de rampas e banheiros adaptados. Em muitos casos o acesso é fácil por estarem em andar térreo.
Área voltada a crianças – não há nas vinícolas área destinada à crianças. A Miolo possui um amplo parque, porém sem atrativos infantis. Somente nos hotéis, destacando as programações para a família que são desenvolvidas pelo Villa Michelon.
Profissionais – Nas vinícolas, há enólogos, enoturismólogos, estudantes e estagiários, onde muitas vezes os proprietários são também formados nestas áreas. Algumas vinícolas possuem atendimento em dois idiomas – inglês, destinando, nestas situações, funcionários de outras áreas para fazer o atendimento turístico. Destaque para vinícolas como Miolo e Casa Valduga que possuem separadamente um departamento de turismo, especializado em fazer a gestão e comercialização dos atrativos do empreendimento, relacionamento com agências, etc. Usam uniforme, participam de treinamentos internos, como também promovidos pelo Ibravin, Sebrae, Apex, Aprovale, Prefeituras, entre outros.
Número aproximado de visitantes anuais – 200 000 visitantes/ano
Perfil dos visitantes, origem dos mesmos, tempo de permanência e como chegam – Famílias, grupos de amigos, casais sem filhos, terceira idade, turismo de negócios. Carro, ônibus, vans. Permanecem dois a três dias na região.
De que forma os visitantes tomam conhecimento sobre o roteiro – Fama do Vale dos Vinhedos, indicação de amigos, estar no pacote das agências que comercializam Serra Gaúcha, conhecem a marca dos vinhos e querem conhecer a origem dos mesmos.
Relacionamento com agências de viagem e guias – Existe e possui expressão, sendo importante. O relacionamento se dá através de parcerias desde a formatação do roteiro, comissionamento, garantindo fluxo de visitantes em todas as épocas do ano.
Formato de visitação – Circuito de vinícolas, restaurantes e hotéis, com entradas via RST 470. O visitante escolhe as vinícolas que desejar, não necessitando reserva prévia. Em algumas, há cobrança de ingresso que se converte em bônus nas compras.
Participação em feiras – Alta, principalmente feiras comerciais, não de trade turístico, de forma individual. Também presente de forma ativa junto à Prefeitura de Bento Gonçalves e Atuaserra, em feiras de turismo no mundo inteiro.
Envolvimento em associações regionais e projetos SEBRAE – Alto. Além da fundação da Aprovale, as vinícolas são muito integradas em todas as associações do segmento do vinho, bem câmaras de comércio em seus municípios. A Atuaserra tem forte atuação, além de grande apoio do Sebrae.
Relações com a comunidade – Forte. Os empresários são envolvidos em diferentes entidades e associações. Apoiam creches, eventos, entidades filantrópicas.
Aspecto econômico do turismo – Importante. É fator de geração de renda, marketing e imagem para o vinho e região. Agrega valor ao vinho e produtos, através da venda direta e experiência.
Expectativas futuras e visão de crescimento – Alta. Crescente do turismo de negócios em Bento Gonçalves e Caxias do Sul; Copa de 2014; crescente do interesse da população
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