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SACRIFÍCIOS DA FÉ – A INFLUÊNCIA DA FÉ NO VALE DO PARAÍBA

Por:   •  12/3/2018  •  4.306 Palavras (18 Páginas)  •  363 Visualizações

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Manifestando sua devoção, fiéis agraciados partem em busca de uma aproximação íntima da fé que tem origem na revelação do transcendente, e por meio desta tentam estar mais próximos de Deus. Mas, o que leva as pessoas a se sacrificarem tanto pela fé? Muito mais que uma teoria, deduzimos que a fé é uma experiência etérea.

Objetivo Geral

Elaborar uma pesquisa esclarecedora, abordando as teorias e filosofias que envolvem a fé e os sacrifícios promovidos pela mesma.

Objetivos Específicos

Entender fatores teológicos e psicológicos que levam as pessoas a sacrificarem-se pela fé.

Corroborar teorias que justifiquem os tais sacrifícios descritos.

Entrever, na região do Vale do Paraíba, a influência constante da devoção e da religiosidade do Catolicismo brasileiro.

Justificativa

Fé, crença religiosa em valores espirituais, é a forma mais antiga do conhecimento humano. Antecedendo qualquer ciência ou cultura, o homem desenvolveu práticas de adoração e devoção ao que acreditava. Desde os primórdios da humanidade, o ser humano se comunica com o que considera sagrado, com o transcendente.

Fluindo dessa questão, e levando em consideração a região do Vale do Paraíba, temos exemplos claros, de sacrifícios feitos por devotos de todas as partes do Brasil e do mundo. Pessoas muito religiosas que procuram agradecer a vida, pedindo proteção e afastamento de malefícios e enfermidades, que pagam promessas, e também intercedem por milagres.

A busca constante da fé impacta as ideias, as emoções, e o comportamento das pessoas, sobre suas percepções e conceitos. Entretanto não é algo que abranja somente fiéis e religiosos, mas também cientistas como psicólogos, psiquiatras e historiadores, que teoricamente expõem suas ideias, tendo como base o conhecimento empírico e vulgar.

Portanto, por meio de um Artigo Científico acredita-se despertar o interesse de modo a entender a filosofia da crença, sintetizando de forma expressiva o que move todas essas pessoas, enriquecendo a cultura regional que nos embala e provocando a curiosidade. Incidir dúvidas e outras percepções, pondo em questão a fé, a tradição e a cultura. Ampliar o conteúdo e os meios que abrangem essas relações, entendendo a fé não como extremista ou indecifrável, mas como uma realidade que nos cerca e que invariavelmente é discutida. E muitas vezes, tampouco é compreendida.

Fundamentos

Pressupõe-se que fé é acreditar em tudo o que não se pode compreender por meio da razão terrena, sendo aquilo o que está acima do entendimento.

A fé religiosa é ação voluntária do homem, remetida às suas perspectivas pessoais, em que o discernimento e escolha próprios cooperam para tal. De tal modo, a fé é uma decisão consciente e responsável.

Incessantemente, perguntas são feitas para buscar a clareza histórica, teológica, e psicológica sobre a fé, e apesar das respostas encontradas, nunca há uma real satisfação a não ser pela crença. Da mesma opinião, é Felipe Aquino, para quem diz:

Apesar de a fé ser um ato de inteligência humana, certas ações e revelações de Deus não são compreendidas plenamente pelo Homem [...]. E para que a fé torne-se ainda maior, o crente busca mais conhecimento sobre Deus e sobre suas revelações, tendo em mente que quando mais compreender maior será sua fé. (AQUINO, 2007)

Segundo o Catolicismo, o resumo da fé eclesiástica se viabiliza no Credo professado, e sua compreensão está sintetizada e brevemente explicada em seu Catecismo.

A constituição da fé religiosa é realizada cotidianamente, uma contínua construção. Meio para se usufruir da onipotência de Deus, é uma realidade que abrange o ser humano por inteiro, desde o seu íntimo até o seu superficial. Cresce na fé quem persevera, porque existe no interior humano a busca infinita da espiritualidade e, o anseio do encontro etéreo.

Apesar de humana, a fé é mais exata do que qualquer conhecimento humano, teologicamente. Para o cristão, a sua fé antecede tudo, assim como a alma mantém o corpo vivo, a fé mantém viva a vida da alma. Assim, ninguém se aproxima da fé, sem ter um contato transformador. É permitida a intervenção divina, fundamentada apenas no próprio crer.

Revelar a fé é um incessante desejo humano. Em outras palavras, ela não se promove sozinha, mas sim por meio do desejo de concessão. Acreditar no transcendente causa um choque antropológico em que o ser humano desce do pedestal para se prostrar diante da fé. É o socorro do espírito, a força divina que move, e de teoria, fé passa a ser experiência.

Mediante a crença, evidências indicam para a existência de um Criador, de um transcendente. Evidências como históricas, e argumentos filosóficos e teológicos, mostram-se admissíveis quanto a isso, e publicações apresentam e discutem tais evidências citadas. Mas, além disso, a Medicina também se impõe, ao concordar com alguns argumentos em vários aspectos.

A fim de entender a influência da espiritualidade, estudos deram início novamente à reaproximação de Medicina e religião. Segundo alguns especialistas, acredita-se que exista no cérebro humano um “centro da fé”, que responde aos estímulos espirituais. Este, ao ser estimulado por um momento de oração, pode ocasionar resposta dos centros de imunidade orgânica.

Com essas pesquisas houve um aumento expressivo sobre tal assunto, e surgem cada vez mais evidências de que a religião é de extrema importância para a manutenção e melhora da saúde do ser. Além da Medicina, sabe-se que a Psicologia também está intimamente ligada à religião, tanto na cura, quanto no tratamento de doenças e distúrbios psicológicos.

Segundo Carl Jung, seguidor de Freud,

Não houve nenhum paciente após a segunda metade de sua vida que cujo problema, em último caso, não fosse encontrar uma perspectiva religiosa em sua vida. E nenhum deles curou-se realmente sem ter recuperado tal perspectiva.

Psicólogos e psiquiatras, reconhecem a ligação positiva entre a religião e a saúde mental, já que algumas experiências religiosas se mostraram benéficas à saúde mental, como publicado em 1991 no jornal americano The New York Times. Exceto a religião, a fé

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