Serviço Social no Brasil
Por: Sara • 27/12/2017 • 2.181 Palavras (9 Páginas) • 498 Visualizações
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JK segue com a postura muito próxima a de seu antecessor Getúlio Vargas, dando continuidade à ideologia desenvolvimentista se tornando dominante servindo de base em seu programa político, porém ao contrário de Vargas ele abre a economia brasileira para internacionalização. Juscelino Kubitschek causa um grande crescimento econômico no país, para melhor entendimento parafraseamos José Murilo de Carvalho.
“Foi a época áurea do desenvolvimento, que não incluía a cooperação do capital estrangeiro. O Estado investiu pesadamente em obras de infraestrutura, sobretudo estradas e energia elétrica. Ao mesmo tempo, tentou atrair o capital privado, nacional e estrangeiro, para promover a industrialização do país. O êxito mais espetacular foi o da indústria automobilística, que as grandes multinacionais implantaram beneficiando-se, dos incentivos governamentais[...] altas taxas de desenvolvimento econômico, em torno de 7% ao ano.” ( pag. 136-137)
Com essa nova configuração governamental o campo de ação do Serviço Social tem um forte crescimento das grandes empresas (indústrias), alcança o campo de atuação das prefeituras que passa a participar os programas sociais voltada população rural, se colocando no aperfeiçoamento da sua técnica profissional. Segundo Iamamoto:
“Aprofunda-se, no plano de ensino, a influência norte- americana, voltando-se ao Serviço Social ainda mais para o tratamento, nas linhas da psicologias e psiquiatria, dos desajustamento psicossociais. O Serviço Social de Grupo, que há tempo vinha sido utilizado de forma tradicional (recreação e educação) na década de 1950 começa a fazer parte dos programas nacionais do SESI, LBA, SESC, em hospitais, favelas, escolas etc. Iniciando-se uma nova abordagem – que se generaliza da década de 1960 – que relaciona estudos psicossociais do participantes com os problemas da estrutura social e utilização da dinâmica de grupo.” (pag. 363)
A partir dos anos 60 o Serviço Social buscou uma reformulação em seu nível teórico, metodológico, técnico-operativo e político, esse período se deu de forma abrangedora e um movimento da demais ciências sociais e humanas que repercutia pela américa-latina, ficando conhecido como Movimento Reconceituação. Porém, com o golpe militar de abril de 64 reprime a atuação do assistente social nos projetos profissionais de democratização da sociedade do Estado.
Na renovação do Serviço Social, se busca uma ruptura dos elementos conservadores da sociedade brasileira, buscando romper com a técnica filantrópica da igreja que até então era sua referência de atuação. Impossibilitados pelo regime do Estado vigente de questionar as condições políticas sociais e econômica o Serviço Social se aproxima de outras correntes teóricas além da positivista. Através da influência da teoria marxista o, Serviço Social passa a buscar um cunho não apenas técnico se abrindo no campo das ciências principalmente de pesquisa.
Esses questionamento ficaram expressos nos encontros de Araxá, Teresópolis, Sumaré, e Alto da Boa Vista.
O que vem a suceder o período de 70 no Estado, com a queda do regime militar, o Serviço Social busca por em pratica as questões levantadas no movimento de restruturação como coloca Iamamoto (1999) o com desenvolvimentos de programas de pós-graduação nos anos 70 – na PUC-SP, em 1972, e na UFRJ, em 1976- foi imprescindível.
O Serviço Social vai se aproxima dos movimentos sociais colocando uma importância neles na luta de classe da questão social além de Marx se aproxima-se com os autores Gramsci, Heller, Thompson, Lênin.
Na década de 80 o Serviço Social assumiu uma postura teórica-critica, capaz de dar respostas as expressões da “questão social” que se produzia e reproduzia no âmbito da sociedade. “Completando-se com uma competência técnico-político permitindo no campo da pesquisa e ação a construção de respostas eficazes em defesa da democracia, comprometido com valores de liberdade, igualdade e justiça.” (IAMAMOTO, pag. 185)
Diante da crise econômica que atingiu o Brasil na década de 80, o Estado Brasileiro aumenta as taxas de juros buscando o controle da crise, gerando a infração e com ela vem as consequências na sociedade o comparecimento da classe trabalhadora, alto nível de desempregado causando aumento da população autônoma do pais (uma busca de renda particular). Parafraseando Ortiz:
“Diante de greve econômica e descredito político para resolvê-la, o regime ditatorial brasileiro perdeu o fôlego e entrou em progressivo declínio [tal como em outros países da América Latina], fortalecendo com isso os movimentos sociais de uma forma geral, e o sindical em particular, com a emergência do chamado “novo sindicalismo”. (pag.180)
Foi marcado pela volta dos movimentos sociais, assim como na década de 30 teve uma forte influência sobre o estado. Esses movimentos se colocaram sobre o eixo político pela ementa constitucional pelo voto direto universal. As eleições diretas só foram possíveis em 1989.
Em 80 o Estado vai se volta mas a modernização do campo, buscando implantar medidas políticas com programa direcionado ao desenvolvimento. Conduzindo primeiros fatores. Sendo o principal fator de desigualdades de renda do campo e da cidade, a modernização da agricultura.
O Serviço Social passa a não fazer estudo de caso e sim de cunho cientifico, teórico e metodológico. Ganhando nova roupagem de ciência se misturando com outros ciências sociais. Segundo Iamamoto:
“Maior preocupação com pesquisa de Serviço Social vários encontros foram realizados no período d 1983-1990, abordando temas como formação profissional, movimento sociais urbanos, políticas sociais do Estado, em especial saúde, assistência, história teórica e metodológica no Serviço Social”. (pag. 275)
No âmbito de 1982 se destaca no Serviço Social, a busca da superação da separação da metodologia utilizada fragmentada em caso, grupo e comunidade, criando-se a disciplina da metodologia do Serviço Social, história do Serviço Social e teoria do Serviço Social. Ao se tenta superar essa fragmentação acaba-se separando a teoria do método e da história como divisão isoladas da vida social.
Nos anos de 90 o Estado, governando por Fernando Henrique Cardoso assumir uma postura neoliberalista, na qual continua até hoje, em que se coloca parcialmente sobre a economia no pais. Nisso consisti em o estado não intervir diretamente na postura econômica. Em 1997 o desenvolvimento econômico gerado pelo PLANO REAL, trouxe para a população algumas
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