RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DO/NO CAMPO: DESAFIOS COTIDIANOS

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Uma boa relação entre família e escola é de fundamental importância no desenvolvimento do aluno, mas na pratica uma generalização dos papeis que cada uma desenvolve na educação tanto social como educacional na vida da criança. A escola exige uma participação mais efetiva dos pais na formação escolar do filho enquanto a família muitas vezes coloca na escola toda a responsabilidade de educação dos filhos como papel da escola. Partindo desta perspectiva relação entre família e escola, investigarei como este problema é compreendido no contexto dentro da educação do/no campo.

PROBLEMA.

Compreender quais são os desafios cotidianos que existem na relação entre família e escola, dentro do contexto da realidade da educação do/no campo?

1.1.2. QUESTÕES NORTEADORAS

- Como é a relação entre escola e família?

- Quais são os desafios cotidianos na relação escola-família?

- De que forma é desenvolvida a relação- família e escola na educação do campo?

- Como os professores das escolas do campo estão se posicionando nesta relação escola-família?

- Como a lei 9394/96, art. 28 está sendo aplicada nas escolas do campo?

1.2. OBJETIVOS

1.2.1. OBJETIVO GERAL

Analisar como a relação entre escola e família interfere na aprendizagem do aluno colocando como contexto a educação do campo.

1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Compreender a relação entre escola e família.

- Identificar quais são os desafios cotidianos na relação escola-família.

- Descobrir como é desenvolvida a relação- família e escola na educação do campo.

- Observar como os professores das escolas do campo estão se posicionando nesta relação escola-família.

- Analisar como a lei 9394/96, art. 28 está sendo aplicada nas escolas do campo.

1.3. JUSTIFICATIVA

A opção e a relevância desta pesquisa estão em conhecer quais são os desafios cotidianos existente na relação entre escola e família tendo como base a educação do/no campo e como as partes envolvidas lidam com esses desafios e como os mesmos interferem no desenvolvimento escolar do aluno. Esse projeto tem como objetivo gerar discussões sobre a relação entre família e escola, abordando sempre como esta relação está sendo desenvolvida na educação do campo, onde os componentes administrativos e docentes da escola são na maioria da cidade, e não conhecem a realidade da comunidade em que está inserida.

Embora os problemas da educação não estejam localizados apenas no meio rural, nessa a situação é mais grave, pois além de não considerar a realidade onde a escola está inserida, esta foi tratada metodicamente, pelo poder público, como resíduo, com políticas compensatórias, programas e projetos emergenciais, e muita vez comprovou o discurso da cidadania e, portanto, de uma vida digna que só seria conseguida nas cidades, negando o campo como espaço de vida e de constituição de pessoas pertencentes á sociedade. Mesmo com a criação na LDB (lei de diretrizes de bases) da lei 93994/96 o artigo 28. Que propõe um currículo diferenciado para a educação do campo, este nunca sai do papel, pois a educação que esta sendo aplicada nas escolas das zonas rurais utiliza os mesmos requisitos pensados para a educação das escolas das cidades não levando em consideração as diferentes realidades entre as duas.

Esse projeto busca discutir quais são os desafios cotidianos na relação entre família e os componentes da escola, tentando identificar como seria uma relação adequada entre família e escola, e quais metodologias deveriam ser trabalhados para que a escola e a família consigam trabalhar em parceria buscando sempre a melhoria para a educação e também para outros projetos dentro da comunidade em que a escola está localizada. A escola e a família conglomeram múltiplas praticas educativa as quais devem ser desenvolvidas em parceria para que o aluno tenha um apoio cultural e social durante seu período de formação escolar.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As relações entre escola e família baseiam-se na divisão do trabalho de educação dos indivíduos, envolvendo expectativas recíprocas. Quando se fala em uma parceria responsável entre escola-família, convoca-se a participação dos pais na educação, sobretudo pelo dever de casa como forma de promoção do sucesso escolar, não se consideram: as diversidades culturais, a falta de estudos dos pais e até um comprometimento maior por parte da escola. O que indicaria uma ação mais voltada à necessidade de cada família, levando em conta os problemas relacionados, para que estes conseguissem ver a escola como uma oportunidade fundamental para seus filhos.

Segundo Paro (2000 p.16), pesquisador que realizou um estudo sobre o papel da família no desenvolvimento escolar de alunos do ensino fundamental, o distanciamento entre escola e família não deveria ser tão grande, pois para ele, a escola não “assimilou quase nada de todo o progresso da psicologia da educação e da didática, utilizando métodos de ensino muito próximos e idênticos aos do senso comum predominantes nas relações familiares”.

O autor se remete ao fato de que, a atual escola dos filhos, é bastante parecida com a escola que os pais freqüentaram, e por isso, estes últimos não deveriam sentir-se tão distanciados do sistema educacional, e também o professor, embora admita a necessidade da participação dos pais na escola, não sabe bem como encaminhá-la. “parece haver, por um lado, uma incapacidade de compreensão por parte dos pais, daquilo que é transmitido na escola; por outro lado, uma falta de habilidade dos professores para promoverem essa comunicação” Paro (2000 p.68).

A educação do/no campo tem que ser diferenciada da educação urbana, pois esta deve retratar dentro da sala de aula além dos saberes teóricos estudados nos livros didáticos, os saberes práticos trazidos pelos alunos durante sua vivencia na família e na comunidade. Ainda atualmente os alunos são tratados como uma taba rasa, ou seja, os conhecimentos trazidos pelos mesmos não é levado