REAL INCLUSÃO NOS ÂMBITOS DA EDUCAÇÃO REGULAR.
Por: Juliana2017 • 7/3/2018 • 12.011 Palavras (49 Páginas) • 307 Visualizações
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2.3.4 PSICOMOTRICIDADE.......................................................................................28
2.4 IMPLICAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA CRIANÇA DEFICIENTE VISUAL TOTAL....................................................................................30
2.5 A CRIANÇA DEFICIENTE INTEGRAÇÃO NA ESCOLA.....................................31
CAPITULO III
3. “RESSIGNIFICAÇÃO” DO PAPEL DA ESCOLA.................................................44
CONCLUSÃO ............................................................................................................46
REFERENCIAS .........................................................................................................50
INTRODUÇÃO
É de conhecimento de todos que o desenvolvimento integral da criança está relacionado com as experiências vivenciadas desde o nascimento, visto que ela se desenvolve intelectualmente através de exercícios e estímulos oferecidos pelo ambiente que vive. Com a criança deficiente visual total esse processo de aprendizagem não é diferente, pois ela precisa sempre estar em contato com o mundo físico, com objetos e pessoas, além de ter que desenvolver eficazmente os demais órgãos dos sentidos para que ela possa tirar melhor proveito e aprender o que lhe é proposto.
Pode se constatar em muitos municípios, a existência de instituições de ensino e institutos especializados no atendimento específico desse público bem como o interesse dos profissionais capacitados em promover o conhecimento intelectual aos portadores de deficiência.
É de fundamental importância para a formação profissional de um pedagogo adquirir todo conhecimento possível para que no desenvolvimento de sua profissão ao se deparar com casos semelhantes ao abordado neste trabalho, tenha subsídios intelectuais e pedagógicos suficientes para proporcionar ao aluno melhor aproveitamento do que lhe é ensinado. Dessa forma, a escolha do tema surgiu pelo interesse e vontade de descobrir como é o mundo de uma criança portadora da deficiência visual total e principalmente saber como ocorre a aprendizagem e o desenvolvimento dessa criança, durante o processo de inclusão.
A realização desse trabalho oportuniza a concretização de um sonho que é o de conhecer o mundo de uma criança que a vida não lhe deu o privilégio de ver a luz do sol. Mas que através desse trabalho, se perpetue à força de vontade, o desejo de enfrentar o desafio do qual possa deparar-me, e como profissional capacitada, possa contribuir para a construção de um mundo melhor e digno às crianças deficientes visuais e sua integração com escola no processo de inclusão.
A partir desse contexto social, em que constantemente a população se depara com portadores dessa patologia este trabalho tem como objetivo analisar através de um estudo de caso, como ocorre o aprendizado de uma criança na idade escolar portadora de deficiência visual total. Analisar como o ensino é direcionado a essa, investigando a metodologia adotada para seu aprendizado, identificar como é o convívio psicossocial dessa criança analisando o papel da instituição especializada em benefício do deficiente visual.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem 45 milhões de cegos em todo o mundo e outras 135 milhões de pessoas sofrem de severas limitações de visão. No Brasil, de cada um milhão de crianças e adolescentes até 15 anos, cerca de 180 mil são cegos e 720 mil têm baixa visão (OMS, 2007).
Muitos desses casos são causados por fatores congênitos, ou seja, por alterações genéticas e conseqüentemente irreversíveis, enquanto que outras desfrutaram temporariamente do privilégio e do poder que a visão lhe proporcionou, mas por inesperado infortúnio que a vida reserva a determinadas pessoas, vieram a perder um dos importantes órgãos dos sentidos que é a visão. Independentemente da idade em que isso ocorre, o conhecimento de tal situação provoca nas pessoas ao redor, sentimentos como, por exemplo, à vontade de colaborar de alguma forma, o sentimento de pena e o desejo que o deficiente desfrute a vida de forma plena com todos os direitos e deveres proporcionados a todos os seres humanos para que vivam dignamente.
É possível imaginar a diferença que existe entre uma pessoa que teve visão plena e posteriormente perdeu, daquela que nasceu com essa deficiência e conheceu o mundo através do melhor aproveitamento de todos os demais órgãos dos sentidos. Para que uma criança possa se adaptar ao mundo que a espera, nada mais justo que os seres dotados de toda capacidade sensorial, intelectual e profissional, disponham desse privilégio e possam colaborar para o desenvolvimento natural dos portadores de deficiência.
Diante de tais circunstâncias o primeiro capítulo deste trabalho aborda algumas implicações sobre a deficiência visual. Apresenta também os objetivos propostos para a realização da pesquisa, bem como a sua metodologia.
O segundo capítulo trata do marco teórico da pesquisa, abordando as idéias de alguns autores, tais como: BABA (1982), BASSEDAS (1999) BRUNO (1993), BUSCAGLIA (2006), LE BOULCH (1998), PIAGET (1989), KIRK E GALLAGHER (1996), ROCHA (1987), STATT (1978) e TELFORD (1988). Apresentam também abordagens sobre a história da educação dos cegos, algumas implicações sobre a aprendizagem da criança cega bem como seu desenvolvimento.
O terceiro capítulo trata da análise dos dados coletados através do estudo de caso de uma criança com deficiência visual total. No qual a pesquisadora coloca as contribuições desse trabalho para a ampliação do conhecimento teórico e científico, pois subsidiará aos leitores a compreensão sobre o processo de aprendizagem da criança deficiente visual total.
CAPITULO I
1.CONTEXTUALIZANDO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA CRIANÇA
A pesquisa se caracterizou de forma qualitativa e teve como sujeito pesquisado uma aluna que por questões éticas de investigação se denominará *Pérola, que muito contribuiu para a realização desse trabalho ela freqüenta a tarde a pré-escola.
Pérola nasceu de parto prematuro e permaneceu durante um longo tempo na incubadora na qual ocorreu excesso de oxigênio, então isso ocasionou a retinopatia que fez com que Pérola se tornasse cega total.
Pérola
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