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PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DA PRÁXIS (PE:TP)

Por:   •  19/12/2018  •  1.652 Palavras (7 Páginas)  •  352 Visualizações

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O citado sistema denomina-se sistema colonial tradicional, relacionado à fase da Revolução Comercial à adoção da política econômica mercantilista e ao Estado Absolutista europeu.

A denominação "tradicional" é utilizada para diferenciá-lo do sistema colonial industrial (neocolonialismo) criado em função da Revolução Industrial, a partir do século XIX (partilha da África e da Ásia. da Ásia.

2. Elementos constitutivos

O sistema colonial tradicional é composto por dois polos ou áreas e pelas relações mantidas entre eles.

Dessa forma, temos:

Metrópoles: o centro do sistema

Os países europeus já mencionados atravessam o momento de afirmação da Revolução Comercial, com o desenvolvimento das características de um modo de produção em transição: o Estado Moderno, caracterizado pelo absolutismo político; aplicação da política econômica mercantilista; e uma sociedade de classes em formação, concomitantemente à decomposição da sociedade esta mental e à ascensão da burguesia mercantil.

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As áreas metropolitanas atuavam como centro dinâmico e área de emanação das decisões políticas e econômicas básicas.

A América Espanhola dava à sua metrópole o ouro e, principalmente, a prata desenvolvendo o metalismo. O Brasil entregava seus produtos a Portugal, primeiro o pau-brasil, depois o açúcar, que eram comercializados na Europa.

Colônias: a periferia do sistema

Estas áreas localizadas na América, África e Ásia eram formadas por colônias e feitorias. As primeiras operavam no nível da produção de mercadorias, implicando consequentemente a fixação de mão de obra. As feitorias operavam no nível da transação de mercadorias.

As relações entre metrópole e colônia

Entre os dois polos constituintes do sistema colonial, o centro e a periferia, existiu um conjunto de relações de dependência e dominação, denominado Pacto Colonial.

Tal conjunto pode ser explicado pelo monopólio régio do comércio e da navegação coloniais, denominado "exclusivo", e pelo monopólio régio da exploração de determinados produtos coloniais, tais como a extração do pau-brasil, sal, diamantes etc., esses produtos eram monopólios reais, conhecidos como "estanco".

É a existência do Pacto Colonial que fornece as relações entre as partes constitutivas do sistema colonial, estabelecendo a ideia de um modelo global do sistema, caracterizando as áreas periféricas (colônias) como elementos integrados dentro do capitalismo comercial e destinados a uma função específica: fortalecer o desenvolvimento econômico das metrópoles.

3. A produção colonial

As áreas periféricas tropicais completavam a produção europeia, concentrando-se em alguns gêneros de alta lucratividade, como o açúcar e os minérios, ou em determinadas matérias-primas, como o algodão. Isso fazia da produção colonial uma produção especializada.

Para entendermos a produção colonial, temos de penetrar na própria montagem de um sistema produtor na América. Nessa montagem devem ser levados em conta os fatores de produção: recursos naturais, no caso a terra,

eram abundantes na América e não constituíam problema para a montagem; os capitais nos países europeus, de um modo geral, eram extremamente escassos; a mão de obra existia em certos países, como a França e a Inglaterra, mas ante o problema dos capitais, não poderia ser remunerada.

A solução para a falta de capitais estava na utilização de formas de trabalho compulsório, como a servidão temporária (os indentured servants), encontrada nas colônias inglesas da América do Norte, e a mita, uma forma de servidão indígena aplicada pela Espanha, na região do Peru.

Para países como Portugal e Espanha, em que havia escassez de mão de obra, a solução, nas colônias, foi a utilização do trabalho escravo.

4. Tipos ou formas de colonização

No sistema colonial tradicional, encontramos diversas formas de colonização, mas, de um modo geral, elas podem ser agrupadas em dois grandes tipos ou formas: as colônias de povoamento e as de exploração.

Colônia de povoamento

Pode ser exemplificada pelas colônias inglesas na América do Norte, que tiveram as seguintes características:

• O povoamento foi feito fundamentalmente por grupos familiares, extremamente relacionados aos refugiados religiosos e puritanos ingleses. Dessa forma, o povoamento era permanente e os colonos possuíam um grande ideal de fixação, associado a um desejo de prosperidade e desenvolvimento, tentando reproduzir na América, o máximo possível, a forma devida que possuíam na Europa. Dessa reprodução, decorreu até o nome das colônias do Norte: Nova Inglaterra.

• Os colonos ingleses possuíam o ideal de acumulação, associado à noção de valorização do trabalho, à poupança e à capitalização.

• Os capitais gerados na produção colonial eram investidos no próprio local, convergindo para a metrópole apenas os tributos. Esta aplicação local dos capitais estava relacionada à ideia de reconstrução de uma nova vida na América.

É evidente que a aplicação local dos capitais colaborou sobremaneira para a criação de um mercado interno.

• A produção colonial atendia também às necessidades internas, com base em pequenas propriedades agrícolas, com grande utilização do trabalho familiar.

• Todas as características anteriores consequentemente refletiram- se sobre a valorização da educação e da instrução.

• Ideal de emancipação (desenvolvido precocemente).

Colônia de exploração

Pode ser exemplificada pela colonização portuguesa no Brasil, com as seguintes características:

• A colonização foi desenvolvida basicamente com grupos de indivíduos, de forma espontânea e, consequentemente,

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