O gestor e a contação de historias

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É do diretor da escola a responsabilidade máxima quanto a consecução eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento pleno dos objetivos educacionais, organizando, dinamizando e coordenando todos os esforços nesse sentido e controlando todos os recursos para tal. Devido sua posição central na escola, o desempenho de seu papel exerce forte influência (tanto positiva, como negativa) sobre todos os setores pessoais da escola.

Percebemos que o gestor é uma peça fundamental na escola, entretanto ele não trabalha sozinho, para se ocupar este cargo necessita de suporte que ajudem nessa caminhada educacional, entra, portanto, as figuras do coordenador pedagógico e do orientador, que são os pilares que sustentam a torre que é o gestor escolar, formando assim a equipe gestora. Eles precisam agir em conjunto e de forma estruturada, já que para que a escola obtenha bons resultados é essencial um trabalho em conjunto e cooperativo bem executado.

3.1 A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO FERRAMENTA DE ENSINO

A contação de histórias é uma ferramenta de ensino de suma importância, isso é percebido especificamente nas escolas, onde é bastante utilizado pelos docentes, sendo, pois, uma atividade fundamental que transmite conhecimentos e valores. As histórias, principalmente as infantis, são uma forma mais significativa que a humanidade encontrou para manifestar experiências, o ato de contá-las envolve a imaginação e a realidade, formando prazer em ouvi-la, impregnando todos os sentidos, tocando o coração e enriquecendo a leitura de mundo.

O uso desse mecanismo incentiva na criança a imaginação, o gosto e hábito pela leitura, a curiosidade, o prazer. Segundo ABRAMOVICH (1997, p.37)

Chegaram ao seu coração e à sua mente, na medida exata do seu entendimento, de sua capacidade emocional, porque continham esse elemento que a fascinava, despertava o seu interesse e curiosidade, isto é, o encantamento, o fantástico, o maravilhoso, o faz de conta.

A contação de história é um momento mágico, que envolve todos, o hábito de ouvir desde cedo auxilia na formação de identidades ao contá-la, o docente estabelece com o aluno uma relação de prazer, imaginação, emoção, formando alunos leitores, e isso faz com que estipulando um vínculo de troca entre contador e ouvintes, trazendo toda a bagagem cultural e afetiva destes ouvintes à tona. “Contar histórias é uma arte porque traz significações ao propor um diálogo entre as diferentes dimensões do ser” (BUSATTO, 2003, p. 10).

Somente me constituindo como sujeito, posso aspirar a igualdade na minha relação com o outro. E a arte cumpre um papel nesse sentido. Dizendo quem sou através do que faço, dialogo com os outros em um processo poroso que permite interpenetrações criativas, por meio de formas, sons, cores e palavras. (FARIA & GARCIA, 2002, p. 121)

O ato de contar histórias é algo rico, entretanto muitos educadores ainda não têm conhecimento de o quanto as histórias podem ajudar as crianças. Seu principal objetivo é divertir, incentivando a imaginação, mas quando bem contada, pode atingir outros objetivos, por exemplo, educar, instruir, desenvolver o raciocínio, entre outros. Ao utilizar-se a contação de histórias, todos saem ganhando, sejam os ouvintes, que serão estimulados a imaginar e criar, seja o contador, que terá a oportunidade de recriar um ambiente de resgate da memória. E, ao pensarmos na escola, tanto os alunos como os professores terão uma aula muito mais atrativa e motivadora. Assim, quem mais sai ganhando é, na verdade, a sociedade, que receberá cidadãos mais criativos e capazes de conviver com a diversidade.

4 O GESTOR E A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

O gestor escolar é a cabeça da escola, deve estar ciente de tudo que se passa, envolvendo alunos, funcionários e comunidade escolar. Através do conhecimento dos membros da instituição, zela e possui a autorreflexão de suas ações voltadas para a formação dos educandos. Por meio de uma constante reflexão, do gestor e da equipe escolar, procura-se inovações de pensamentos, disponibilidade e comprometimento para organizar e reorganizar ações e processos, saindo da zona de conforto e sabendo ousar na hora certa em benefício da comunidade escolar. Para sair dessa zona de conforto, é importante que se tenha um pensamento que permita ao gestor e a equipe escolar em geral a concordância e consciência da formação contínua, pois o ser humano nunca está acabado, sempre terá algo novo para aprender e repassar. “É impossível reconhecer as partes sem conhecer o todo, e o todo sem conhecer as partes” (Morin, 2007, p.65).

Se tratando do gestor e da contação de histórias, percebemos que são elementos que devem andar juntos, pois é um mecanismo de ensino que visa a formação do indivíduo, que no caso, será a criança, lhe proporcionando uma aprendizagem produtiva, já que que é uma maneira diferente de ensinar. Quando se tem o olhar do gestor a cerca da contação de histórias como ferramenta de ensino, percebe-se que primeiramente ele necessita fazer um estudo profundo sobre este instrumento de ensino para passá-la ao coordenador, onde o mesmo transmitirá aos docentes da instituição, denotando a eles sua importância e eficácia na educação, após este ser concluído implantar na escola oficinas que englobam as histórias e a contação das mesmas, para trabalhar não apenas a imaginação, mais a formação integral do indivíduo.

5 METODOLOGIA

O estágio foi realizado na escola Instituto Educacional Monteiro Lobato, na cidade de Marabá, no estado do Pará, localizado no bairro Jardim Belo Horizonte. Os dados coletados estão em anexo, juntamente com os métodos de intervenção, sendo observação e entrevistas, onde foram produzidos três (03) roteiros de entrevistas, contendo oito (8) perguntas para cada representante da equipe gestora: gestor, coordenador e secretário.

6 CRONOGRAMA

O estágio de observação e entrevista foi realizado no Instituto Educacional Monteiro Lobato.

Data

Turno e horário

Atividade

13/03/2017

Vespertino 13:30

Observação

14/03/2017

Vespertino 13:30