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Historia que nao se conta

Por:   •  3/10/2018  •  3.835 Palavras (16 Páginas)  •  359 Visualizações

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Os dois conceitos, higienista e militarista, considerava a Educação Física como uma disciplina essencialmente prática que não necessitava de fundamentação teórica para lhe dar suporte. Como sabemos esses dois conceitos tiveram uma grande finalidade para evolução da Educação Físicano país e fazer com que as pessoas possam ter uma afinidade maior com a matéria em si.

Então pode dizer que a Educação Física tem conteúdo médico higiênico, a classe dominante queria corpos saudáveis, mas nas condições da sociedade, as classes pobres eram tão precárias que para os médicos as doenças provinham disso, sendo necessário educar para mudança de hábito e costumes. "Nunca pudesse ir além de um corpo de um ‘bom animal’.” (SOARES, 2007, p.33).

No período colonial a Educação Física aos olhos dos dominantes estava vinculada ao trabalho manual e físico, que era diferente em relação ao trabalho do cognitivo do ser humano. Sendo assim, o primeiro pertencia aos escravos e o último aos dominantes.

Segundo Soares (2007), com o passar do tempo às massas começaram a tomar consciência de classe, o que acabou ameaçando a burguesia de varias formas. Assim fazendo com que as pessoas mudassem urbano de forma mais simples, cuidando da vida dos indivíduos. As classes dominantes queriam garantir a saúde e uma educação higiênica aos pobres por afirmarem que estes possuíam muitos vícios. E assim a Educação Física é capaz de promover uma remoção social.

É importante lembra que a Educação Física era desprezada enquanto servia ao trabalho, mas valorizada pelos dominantes. Os higienistas ficaram envolvidos com a educação escolar sendo esta uma extensão da educação familiar.

Mafra fazia referência às exigências dos pais na escola, pediaque o ensino não colocassem os alunos ao sol, chuva, fadiga e exercícios em que poderiam se machucar. Então os professores começaram a defender a Ginástica nos colégios, mas para quem de certa forma chegou a pensar que não teria pessoas dispostas a interromper esse processo de aceitação da Ginastica se se engana, pois a classe dominante se levanta dizendo que não aceitariam a esse tipo de proposta. A aula de ginástica não foi aceita pelo público, e as alunas eram proibidas pelos pais de praticarem a ginástica. Mas os educadores não desistiram e lutaram para tornar obrigatória a Educação Física no currículo escolar.

A Educação Física era vista como disciplina que não necessitava de fundamentos teóricos e estava “dividida” em educação do físico e da mente. Assim sendo, Azevedo (CASTELLANI FILHO, 1991) queria acabar com a historia deensino intelectual e físico fazendo com desenvolve-se o que completa o indivíduo, mas o físico ainda se colocava a serviço do intelectual.

A Educação Física tem um o papel de fazer com que as raças possam ter um ótimo conviveu, era formar mulheres fortes e sadias. Fazendo visível que este estava preocupado em adequar a educação aos padrões dos higienistas. [...] integral, higiênica e plástica, e abrangendo com trabalhos manuais os jogos infantis, a ginástica educativa e os esportes, cingir-se exclusivamente aos jogos e esportes menos violentos e de todo compatíveis com a delicadeza do organismo das mães [...]. (CASTELLANI FILHO, 1991, p. 58).

Fazendo com que pudéssemos pensar que as atitudes femininas são características biológicas, o sexo masculino superior à mulher, fugindo do fato de que essas atitudes estão ligadas a determinantes socioculturais e não fisiológicas. Mas sim com a cultura de um país isso esta muito além de uma forma biológica de pensar isso pode se dizer que este autor de certa forma teve um fundamento filosófico de certa forma machista dizendo que a mulher só pode ter uma função de ser dona de casa como homem do século XXI, não posso me permitir escrever sobre tal assunto se dizer que hoje ainda existe sim suas diferenças na sociedade em relação à mulher porem com as conquistas que elas vem almejando na sociedade gostaria de afirmar que hoje elas podem sim buscar pela independência em meio a uma sociedade machista.

Contudo, segundo Lourenço, tais diferenças entre homens e mulheres são os fatores ambientais, que através do tempo, vão determinando as capacidades diferentes existentes entre os sexos. E é nesse processo que a Educação Física deve mudar a tais diferenças e compreender que estas são frutos das condições culturais imposta pela sociedade.

Sendo assim, é possível explicar a imagem de mulher ligada unicamente ao papel de mãe, uma vez que na ginástica diferenciavam-se as atividades das mulheres justificando que elas tinham condições limitadas pelo fator fisiológico, mas não compreendiam que estavam possibilitando aos homens se desenvolverem mais em destrezas físicas, pois as mulheres não podiam praticar estas atividades, estavam restringidas aos afazeres domésticos.

Segundo Castellani Filho (1991), a Educação Física, se tornara mais tarde componente do currículo da escola primária e secundária. A Associação Brasileira de Educação queria ver os métodos de Educação Física e enquanto não fosse criado o método nacional de Educação Física a ser ensinado em todas as instituições de ensino ficaria adotado o método francês, sendo que esse métodoem exercícios ginásticos. Nesse período histórico, eram importados modelos de práticas corporais, como o método alemão e o método francês. Os conteúdos de Educação Física eram repetições mecânicas de gestos e movimentos. Surgiram ainda em outros momentos outros métodos ginásticos, dentre eles o método sueco e o desportivo generalizado. (MARINHO).

Com o passar do tempo nos encontramos com uma reforma em que a Educação Física passa a ser obrigatória.

A Educação Física deve fazer parte dos programas de ensino, mas não com o caráter de facultativa, deve ser obrigatória. Mas não podemos deixar de tratar, com o maior empenho possível, do nosso aprimoramento racial, do robustecimento do povo. (CASTELLANI FILHO, 1991, p. 77). Surge uma sensível mudança no papel da Educação Física, que além de se preocupar com a mistura das raças brasileirasera voltada para os princípios da Segurança Nacional, em que o cidadão deveria cumprir seu dever de defender a pátria.

Cabia a Educação Física “cuidar da preparação, manutenção e recuperação da força de trabalho do Homem brasileiro”. (CASTELLANI FILHO, 1991, p. 81). Surge então, a Educação Física e a Educação Moral e Cívica articuladas para dar conotação ditada pela política de governo. Desta forma: “[...] o ensino Cívico seria ministrado

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