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O PLANEJAMENTO DE ENSINO COMO MECANISMO PARA (RE) PENSAR A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA ESCOLA

Por:   •  22/5/2018  •  2.228 Palavras (9 Páginas)  •  560 Visualizações

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É importante evidenciar que a construção do planejamento seja realizada por professores, alunos, professores articuladores, equipe gestora e comunidade escolar, no sentido de ser útil e funcional a quem se destina objetivamente, a partir de uma ação consciente, responsável e libertadora, desconsiderando a noção de planejamento como uma atividade prescritiva.

A flexibilidade sempre é o melhor caminho para a construção de um planejamento que venha suprir as fragilidades do ensino. Cada sala de aula é uma realidade diferente, com problemas e soluções diferentes, cabendo ao coletivo da escola realizar durante as atividades desenvolvidas no contexto do Projeto Sala de Professor[3], discutir, refletir e (re) planejar as ações com o objetivo de assegurar o desenvolvimento a que ele se propõe, que é o de orientar as práticas docentes em sala de aula.

Em determinados momentos os professores mostram-se descrentes, na metodologia do planejamento, preferem o livro didático para o uso em sala de aula, visto que esse traz a proposta pronta a ser aplicada aos alunos. Fica evidente a postura de alguns professores não gostarem ou alegarem não ter tempo para planejar suas ações.

Segundo Menegola e Sant’Anna:

Parece ser uma evidência que muitos professores não gostem e pouco simpatizem em planejar suas atividades escolares. O que se observa é uma clara relutância contra a exigência de elaboração de seus planos. Há uma certa descrença manifesta nos olhos, na vontade e disposição dos professores, quando convocados para planejamento (2001, p. 43).

É importante que os professores se sintam motivados a planejar suas aulas, pois é o planejamento que balizará as ações educacionais. Planejar não deve ser visto como uma ação voltada puramente para atender a burocracia escolar, mas como uma alternativa para (re) significar as práticas educativas.

Nesse processo, faz-se necessário que o planejamento conste de objetivos bem definidos, uma vez que são esses que vão orientar a escolha dos instrumentos de avaliação da aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação deve responder a algumas questões como: Por que avaliar? Como avaliar? Quem são os sujeitos e quais são os instrumentos de registros avaliativos que serão utilizados?

Ao considerar que a política pública do Estado de Mato Grosso preconiza na proposta curricular da Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana a avaliação formativa, continua e processual. Assim sendo, pode-se considerá-la em vários momentos: antes de desencadear um processo de ensino e aprendizagem, a avaliação formativa permite diagnosticar, à partida, a situação dos alunos e decidir a orientação a tomar no desenvolvimento desse processo; durante o processo de ensino e aprendizagem, através de uma interação contínua, é possível clarificar as fragilidades de cada um, e desenvolver medidas de reajustamento, com base na observação, nos registros diários, permitindo assim uma maior diferenciação das aprendizagens de cada aluno. Finalmente, depois de um período mais longo, a avaliação formativa permite fazer um balanço das aprendizagens, possibilitando o (re) planejamento de sequências de atividades conforme as diferentes necessidades dos alunos (ALLAL, 1986).

Apontamos como instrumento de registro do processo avaliativo algumas sugestões que consideramos indispensáveis para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. A partir da Proposta Escola Ciclada de Mato Grosso (2001), bem como os pressupostos teóricos de Zaballa (2002), passaremos a descrever alguns instrumentos de registro, como também suas finalidades.

- Caderno de campo: registra o processo de construção do conhecimento do aluno, subsidia o (re) planejamento e acompanhamento das atividades desenvolvidas e, ainda, análise dos avanços e dificuldades (caráter evolutivo).

- Mapa conceitual: objetiva verificar de que maneira se estrutura o conhecimento, ou seja, a construção mental que o sujeito realiza durante as atividades de registro dos conceitos.

- Portfólio ou Pasta avaliativa: contém o planejamento diário, memorial, registros reflexivos das atividades em que o professor analisa, orienta e avalia os trabalhos.

- Webfólio: é uma versão eletrônica do portfólio. Ambas são coleções organizadas de trabalhos, materiais e recursos selecionados. Uma vez publicada num sítio/página da Internet, esta coleção permite ligações a outros recursos, cria a interatividade, suscita a reformulação da prática pedagógica.

- Conselho de Classe: objetiva avaliar todo o trabalho pedagógico realizado pelo coletivo (professores regentes das áreas do conhecimento, professores articuladores e coordenador pedagógico) mudando assim o referencial da avaliação do educando isoladamente para a avaliação do coletivo da escola. Partindo do enfoque apenas quantitativo (aprova ou reprova no sistema seriado) para o qualitativo (pensando e repensando o processo ensino-aprendizagem) de cada aluno.

- Prova escrita: alguns aspectos importantes:

- Seus resultados não podem ser utilizados como único indicador de desempenho escolar.

- Seus resultados não têm valor absoluto, já que sua elaboração e correção possuem certo grau de subjetividade.

- A devolutiva para o aluno sobre os resultados corretos ou esperados é parte inseparável da prova: cada aluno precisa saber em que e por que acertou ou errou.

- A correção pode ser feita a partir da problematização e discussão das respostas.

- Observação: permite diagnosticar as fragilidades dos alunos que precisam de maior investimento pedagógico do professor regente, bem como do professor articulador.

A avaliação é o processo-chave de uma proposta educativa, pois é a partir dela que é possível analisar, refletir e tomar decisões que são necessárias para reorientar a situação quando for necessário (ZABALA, 1998).

Considerando que há uma inter-relação entre avaliação da aprendizagem e planejamento, elencaremos abaixo possíveis elementos de um planejamento de ensino. Evidenciamos que a nossa intenção não é padronizar nenhum modelo, mas sugerir possibilidades na organização do trabalho docente a partir do planejamento de ensino.

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Escola:

Turma:

Turno:

Segmento:

Áreas

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