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O Ensino da Lingua Portuguesa

Por:   •  2/5/2018  •  4.230 Palavras (17 Páginas)  •  563 Visualizações

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2.1 Problemas no ensino

Por muito tempo o ensino da lingua portuguesa foi marcada pela tradição de conteúdos sistemáticos, ou seja, tudo nas aulas era motivo para o ensino de gramática, muitas vezes até a leitura de poema servia para a análise gramatical, exercícios mecânicos nos quais os alunos apenas copiavam do texto as respostas. Sabe-se que ainda existem escolas com esse método de ensino tradicionalista, também que esta não é a melhor forma de ensino e que dessa maneira não estamos contribuindo para a formação de cidadãos crítico.

Segundo o PCN (2000, p. 18) “o processo de ensino /aprendizagem de língua portuguesa deve basear-se em propostas interativas língua/linguagem, consideradas em um processo discursivo de construção do pensamento simbólico, constitutivo de cada aluno em particular e da sociedade em geral.” Ou seja, o ensino deve ser centrado para a aprendizagem do aluno, para que este possa saber enfrentar situações comunicativas diversas e que participe das aulas de forma efetiva, interagindo com o professor e com o conteúdo, e saiba utilizar fora da escola o que aprendeu nas aulas de língua portuguesa.

Pode-se defender o estudo traz a sua contribuição para o ensino defendendo a prática integracionista e pontuando que o papel da disciplina língua portuguesa é propiciar aos estudantes a capacidade de usar as formas da linguagem em diferentes situações de interação, dando subsídios para que estes compreendam a língua como um de instrumento comunicação, e para que haja efetivamente essa comunicação e necessário saber adequar à linguagem de acordo com a situação comunicativa e ao interlocutor.

Segundo OCEM (2008) as práticas de leitura e escrita na escola devem voltar-se a para a realidade do aluno assim como também promover aos mesmos a inserção efetiva nas novas esferas sociais, as quais irão enfrentar no decorrer de sua vida social, pois assim a leitura e a escrita na sala tornam-se interessante para os discentes, visto que irá tratar de temas conhecido por eles e assim desenvolver o gosto de leitura e escrita, como também promover a interação entre eles dentro da sala de aula.

Para que os alunos tenham interesse de ler os textos é necessário, que o professor saiba atraí-los para a leitura e isso pode ser feito por meio de seleção de textos diversificados de acordo com o gosto de cada aluno, “é papel do professor partir daquilo que o aluno já conhece para aquilo que ele desconhece, a fim de se proporcionar o crescimento do leitor por meio da ampliação de seus horizontes de leituras” (COSSON, 2009,p.35).

Marcuschi (2008, p.51) nos diz que; "é impossível nos comunicar verbalmente sem ser por meio de textos realizados em algum gênero textual, aqui nota-se a importância de se trabalhar os diversos gêneros textuais em sala, pois dessa forma estamos preparando os nossos alunos para vida". De acordo com OCEM (2008) o objetivo do ensino de língua é consolidação dos conhecimentos do aluno para agir em práticas letradas, o que inclui os diversos gêneros textuais e os deferentes meios que estes circulam.

A leitura em sala de aula ainda é uma prática não muita valorizada tanto para alguns professores quanto para alunos, pois na maioria das escolas publicas, ela é feita para exercício de gramática e são pequenos fragmentos de algum gênero que muitas vezes o educador nem comenta em sala que gênero está sendo lido e maioria não levam os alunos a um posicionamento crítico sobre o que leram.

Este é um dos grandes problemas da educação, pois como futuros educadores, sabemos que trabalhar a leitura de gêneros textuais diversos estamos contribuindo para a formação de leitores, visto que são temas variados e podem agradar a todos os gostos.

A formação de leitores está diretamente ligada à forma como a escola trabalha com esse tema, pois o interesse pela leitura deve ser estimulado desde série inicias, com textos curtos, engraçados, com imagens expressivas para que os alunos se acostumem com esse contato direto com o texto.

Dentre os fatores que contribuem para aquisição da leitura está à motivação e o prazer de ler, como mencionamos anteriormente o trabalho com diversos gêneros textuais, facilita essa motivação dependendo dos textos que são selecionados, é necessário que o professor invista em vários temas , assim como também em gêneros como charges, contos, crônicas, e notícias, visto que acordo com a faixa etária dos alunos os interesses de leitura são diferentes, pois se o aluno ler os textos apenas para cumprir com as fichas de leituras ele provavelmente não se tornará um leitor ativo, porque não tinha o prazer em ler, o fazia para exercer a sua tarefa de aluno, ou seja,é necessário que os alunos gostem das leituras para aos poucos adquirirem o habito de ler não só escolar, mas também na vida.

De acordo com Rossi (2005) os gêneros trabalhados devem levar o aluno a discutir e comentar e conhecer as condições de produção desses gêneros e assim contribuir para sua construção como leitor.

3 A RESPONSABILIDADE DA ESCOLA: COMO PAPEL E RESPONSABILIDADE

A escola enquanto função social também tem como objetivo analisar, observar ecompreender as inter-relações que acontecem quando o aluno aprende. A educação é uma instância social, portanto não há educação se não há eixo social, mas é preciso considerar também que existe processo de aprendizagem que se passam fora da escola, como por exemplo na família. Quando pesquisamos o indivíduo enquanto aluno conseguimos ter uma idéia de quem estamos formando, e compreendermos melhor a origem de sua dificuldade na aprendizagem em português. Conseguimos observar por exemplo a dificuldade dos alunos que chegam à quinta série, sexto ano do Ensino Fundamental em ler, e interpretar.

Segundo Araújo (1995), a demonstração de respeito e de apoio por parte do professor ajudam os alunos a superarem dificuldades escolares, acredita-se que a interação com o educador pode transformar a dificuldade de aprendizagem em melhores resultados escolares.

De acordo com o mesmo autor os sentimentos negativos interferem desfavoravelmente e comprometem o processo de aprendizagem de alunos com dificuldade. Nesse sentido, é valioso o parecer de Testerman (1996), que estima que "todo mundo tem necessidade de saber que é valorizado e amado" (p.365). Sabe-se que as relações entre professores e estudantes podem contribuir para a melhoria de atitudes positivas em relação ao conteúdo das disciplinas escolares e aos professores que as ministram. É importante que os

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