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O Ensino de Língua Portuguesa para Surdos

Por:   •  14/3/2018  •  1.620 Palavras (7 Páginas)  •  464 Visualizações

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Em 2002, o presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso declarou e publicou uma lei expressa (oficializando a língua de sinais) que passa a entrar em vigor mediante a regulamentação do Governo Federal.

A cultura surda acaba ganhando ênfase na sociedade com direitos e deveres a partir do momento que é declarada a Língua Brasileira de Sinais como língua oficial dos surdos. Integrantes de movimentos crescem e discutem direitos à vida, educação, trabalho e bem-estar para os surdos. Com tudo isso eles ganham espaço na mídia e em nosso dia a dia na sociedade e acabam fortalecendo a vivência entre surdo-surdo, lhes trazendo segurança e relatando problemas vivenciados por outros surdos, esse movimento atua em busca de melhorias para cidadania e foi com esses movimentos que ganhou-se voz para mover as grandes empresas de tecnologias a elaborar aparelhos celulares, computadores e softwares de ajuda para aqueles com necessidades especiais.

Skliar faz uma importante participação quando ele diz que uma criança surda deve ser inserida rapidamente em uma comunidade surda para que se aprenda como os próprios surdos utilizando a língua de sinais, esse contato direto facilita a integração da criança na sociedade, desenvolvendo práticas, como teatro, brinquedos, poesias, e literatura facilitando sua convivência e já integrando a criança na comunidade surda, fazendo esse papel fundamental da integração aparecem a família e a escola. Os livros propõem uma integração entre surdos e ouvintes, numa relação aluno e professor, a mais próxima possível. Mas o pensamento de Skliar é justamente ultrapassar essas barreiras, fazendo com que os alunos surdos tenham a oportunidade de desfrutar dos aspectos sociais, culturais e tecnológicos assim como os ouvintes, permitindo assim uma interação e construção de um cenário multicultural, no qual todos são iguais e desfrutam das mesmas oportunidades dentro do convívio em sociedade.

O governo apoia a inclusão, e desenvolve em meios de organizações aspectos institucionais que preveem em lei o direito a escola.

É necessário ensinar letramento para surdos para que os mesmos aprendam a língua oral, mesmo sendo a língua portuguesa a sua segunda língua. É claro que o professor deve estar ciente que a alfabetização de um surdo é primeiramente em libras e depois em português, sendo assim o ensino de língua portuguesa uma segunda língua. A sociedade participa dessa alfabetização interagindo, pois em qualquer que seja a língua sempre mantêm as mesmas estruturas básicas ou pelo menos parte delas, não sendo tão difícil uma assimilação.

Essa interação funcional dentro da sala de aula, no qual o professor deve manter uma relação com diálogos, ajuda muito os alunos a identificarem estruturas e compreender situações reais da língua. Por exemplo, quando um falante aprendiz diz ‘’ você tem um livro de telefone’’ e o outro responde ‘’o que você quer’’ essa dificuldade é abordada com eficiência em livros que expõe estórias narradas, fazendo com que seja possível que o professor trabalhe isso com seus alunos para poder capacitá-lo em diálogos. Na sala de aula também são trabalhadas técnicas de vivência para que mostrem ao aluno o que ele enfrentará fora da sala, em situações da vida real.

O livro também demonstra maneiras e técnicas de avaliação para surdos em sala de aula, uma delas é de produzir um texto ou diálogo para que sejam respondidas questões de interpretação ou texto com interação de outros personagens. O livro deixa claro que o professor deve ser flexível e, não só cobrar o certo como, por exemplo, a aplicação correta da gramática em uma frase, mas sim, capacitá-lo para que possa viver em um mundo fora da sala e que esteja adequado. Para isso são utilizados textos narrativos, vídeos, desenhos, interpretação de texto, teatro, músicas etc. Tudo isso para manter o aluno preso, interessado nessa segunda língua, sem fugir trabalhando é claro com o português. Para isso o professor tem que buscar maneiras de ensinar o português adequando essas maneiras e também a si mesmo às necessidades de cada aluno, além de ter o apoio da escola. Essa inclusão de alunos portadores de deficiência auditiva em escolas regulares vem levantando polêmicas, mas é decretado em lei que a escola com alunos surdos que não tenha professores capacitados, tem que ter pelo menos um intérprete de língua de sinais. O MEC apóia a escola fazendo com que a mesma proporcione o ensino de língua portuguesa como segunda língua a esses tipos de alunos.

Portanto, este livro é uma obra que visa o trabalho na formação de novos professores, com um foco voltado para uma nova maneira de ensino. Trabalhar o bilinguismo é uma maneira aprovada por educadores e pesquisadores de aumentar o processo cognitivo dos alunos e tem se mostrado bem eficaz. Logo, o português como segunda língua pode trazer grande capacidade de desenvolver no aluno outras competências e adequações linguísticas para uma melhor convivência com as outras pessoas, inclusive com os ouvintes, buscando assim uma maior inclusão dos surdos no meio social. Claro que o processo de aprendizagem de uma segunda língua para pessoas surdas ocorre de maneira um pouco

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