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O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA NOS EJA’S EM ESCOLAS PÚBLICAS DE FORTALEZA.

Por:   •  25/6/2018  •  2.539 Palavras (11 Páginas)  •  499 Visualizações

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O professor deve tentar fazer com que seus alunos compreendam a importância de estudar e aprender a língua portuguesa é o primeiro passo para o aprendizado da língua inglesa para sua vida, fazendo com que assimilem a relevância da disciplina na escola. É necessário frisar que os objetivos das disciplinas e português na escola são diferentes dos objetivos da língua inglesa em um curso de idiomas. Em muitos casos, há falta de clareza sobre o fato de que os objetivos do ensino de idiomas em escola regular são diferentes dos objetivos dos cursos de idiomas. Trata-se de instituições com finalidades diferenciadas. Observa-se a citada falta de clareza quando a escola regular tende a concentrar-se no ensino apenas linguístico ou instrumental do inglês (desconsiderando outros objetivos, como os educacionais e os culturais). Esse foco retrata uma concepção de educação que concentra mais esforços na disciplina/conteúdo que propõe ensinar (no caso, um idioma, como se esse pudesse ser aprendido isoladamente de seus valores sociais, culturais, políticos e ideológicos) do que nos aprendizes e na formação desses.

Devemos trabalhar paralelamente as seguintes habilidades no ensino da língua portuguesa e inglesa: leitura, comunicação oral e prática escrita. Sugerem ainda que essas habilidades sejam praticadas considerando a realidade social/local do grupo. Se a escola e o grupo estão voltados para o vestibular, devem ser utilizados textos que proporcionem exercícios e aperfeiçoamento para tal concurso, por exemplo, mas sem esquecer que questões objetivas sobre regras gramaticais não trabalham as três habilidades que se objetiva. São sugeridos, ainda, alguns temas para serem abordados, como: “cidadania, diversidade, igualdade, justiça social, dependência/ interdependência, conflitos, valores, diferenças regionais/ nacionais”.

A questão da leitura e, além disso, a da compreensão dos textos é evidenciada como fundamental para o efetivo aprendizado de línguas. Todos os temas anteriormente citados devem ser tratados através de textos que proporcionem chegar até eles. Por isso, é vital o trabalho contextualizado, interativo e multidisciplinar. Os PCNs afirmam a separação e a redução são formas de aprendizagem presentes na educação há muito tempo. São válidas e funcionam na produção e na construção de conhecimento. O problema é quando essas formas se tornam únicas, ou prioritárias, ou fórmulas. O exercício constante apenas delas pode resultar na consolidação de um raciocínio linear e pouco criativo nos aprendizes. A escolha dos textos de leitura deve, por exemplo, partir de temas de interesse dos alunos e que possibilitem reflexão sobre sua sociedade e ampliação da visão de mundo.

É impossível abordar o ensino do inglês sem mencionar o papel do professor nesse processo. Dessa forma, abre-se uma questão que tem gerado diversos debates e discussões: a formação continuada dos profissionais da educação. A sociedade vem sofrendo modificações devido à globalização da informação, o que faz com que se deva repensar as formas de aprender e ensinar a inglês. Neste sentido, a primeira questão a se abordar é o modelo universitário que se conjuga em aulas teóricas e posteriores estágios para a “aplicação” dos conhecimentos. Essa maneira de formar professores apresenta sérios problemas.

Souza (2010, p. 157), com base em Tardif (2002), sugere que “os pesquisadores universitários trabalhem nas escolas e nas salas de aula em colaboração com os professores, vistos não como sujeitos ou objetos de pesquisa, mas como colaboradores dos pesquisadores”. Isso faz com que se quebre o paradigma que muitos professores têm de que os pesquisadores vão até a escola para usá-los como cobaias de suas pesquisas, que, diga-se de passagem, pensam ser apenas aplicáveis a nível universitário.

As novas mídias e tecnologias disponíveis, como a internet, a TV a cabo, as páginas de relacionamento, abrem um leque de possibilidades para a ação educacional. No entanto, a utilização desses meios de ajuda ao ensino depende prioritariamente do interesse do professor em tornar suas aulas interativas, abandonando os antigos métodos de decoreba e tradução. O professor deve ligar o que acontece na sala de aula ao que acontece fora da escola, utilizando letras de músicas, rótulos de produtos, textos de jornais, estampas de camisetas, etc.

Ainda há escolas e professores que mantêm o foco no ensino dos aspectos formais da língua. Quanto a isso e à necessidade da formação continuada, é necessário valorizar o segundo idioma, entender qual a importância de aprendê-lo para a Educação do indivíduo - o que permite a ele entender o outro e as diferenças e estar inserido no contexto mundial atual. E também, é claro, dando formação inicial e continuada para os professores. Eles apenas repetem o que aprendem.

Ainda há um problema grave nas escolas: a falta de importância que os professores das outras disciplinas e os gestores das escolas dão para a disciplina de inglês. Muitos acreditam que ela serve apenas preencher a carga horária mínima. Às vezes, nem mesmo os próprios professores de línguas têm noção do quanto à disciplina é importante para a inclusão.

Outro ponto relevante é que, ao professor, é preciso que haja a consciência de que a sua trajetória estudantil vai além dos bancos universitários. Esse é, aliás, apenas o primeiro passo. São oferecidos diversos cursos de pós-graduação, aprimoramento, formação continuada. As escolas estão começando a investir no aprimoramento de seus profissionais, mesmo que, algumas vezes, de forma equivocada. Não há mais lugar nas escolas e universidades para profissionais que não estão preocupados em qualificar-se, em buscar novas alternativas para suas práticas.

Não existe uma fórmula que seja a mais eficaz para se ensinar do inglês e nem um professor que seja o mais eficiente em todos os aspectos. Porém, é fundamental que a qualificação e o interesse por estar sempre melhorando sejam os principais objetivos de quem ensina a português e inglês e de quem trabalha com a educação na sua totalidade.

O que deve ser necessário ao professor de português/inglês do futuro:

1º empenhar-se em afetar a vida de seus alunos (objetivo moral)

2º aprofundar o conhecimento pedagógico ( conhecimentos mais sofisticado sobre ensinar e aprender);

3º conscientizar-se sobre os amplos problemas da política educacional e desenvolvimento social;

4º trabalhar

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