LITERATURA INFANTIL O Lúdico como Estratégica Didática

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2.2 Mensagem e Valores que a História Passa

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Fonte: http://www.clarissadeoliveira.com/clarissadeoliveira/?p=207

“João e Maria” é um clássico da literatura infantil escrito pelos irmãos Grimm, que conta a história de um casal de lenhadores muito pobre e seu dois filhos: João e Maria. Diariamente, saíam cedo, para ajudar o pai a apanhar lenha, mas distraídos se afastaram muito e logo anoiteceu. Tentaram encontrar o caminho de casa e se perderam, então dormiram no meio do bosque. Ao buscarem o caminho de volta, João e Maria encontraram uma casa feita de doces. Mal tinham tirado o primeiro pedaço da janela, quando a dona da casa apareceu disfarçada de velhinha bondosa os convidou para entrar e saborear outras gostosuras. Quando eles entraram, não acreditaram que a dona da casa uma velhinha doce e meiga era na verdade uma bruxa que pretendia comer João e obrigou Maria a limpar, lavar e a cozinhar. Um dia, a bruxa foi empurrada pela menina para dentro do caldeirão e finalmente as crianças conseguiram fugir e retornar para casa, levando consigo as joias e os tesouros da malvada. Desde então saíram em disparada, a luz do dia, e encontraram o caminho de casa, daquele dia em diante, eles viveram juntos e felizes sem problemas financeiros (SILVA, 2012).

Podemos perceber a mensagem de três aspectos diferentes: as atitudes dos pais, influência da bruxa e a iniciativa das crianças.

A posição dos pais frente às dificuldades e a pobreza são errôneas, vemos o trabalho infantil onde as crianças tinham a preocupação em ajudá-los e a falta de proteção onde perdem seus filhos na floresta e não saem à procura. As crianças deveriam estar gozando do seu direito de liberdade como diz Brasil (1988, pg.01):

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

A intenção do autor do livro é despertar a atenção das crianças para não falarem com estranhos, pois a bruxa se apresenta como senhora bondosa para atrair os irmãos e depois os sequestra. Segundo Tavares (2013, pg. 01):

Às crianças aprendem que nem todas as pessoas são boas como elas acreditavam e que nem tudo é um “conto de fadas”, ou seja, aprendem que a vida, de alguma forma, é trágica e que viver é muito perigoso.

Por parte das crianças vemos a coragem e a cooperação, eles ensinam que o mal por maior que seja não pode vencer e usam a criatividade para derrotar a bruxa. Através do lúdico o leitor aprende com facilidade e põe em prática na vida real.

O ilustrador favorece a comunicação visual onde o ouvinte pode entender a história antes mesmo de dominar a escrita, como diz Abreu (2010, pg. 02):

Atualmente, a ilustração adquiriu também uma função estética, principalmente, junto à literatura infantil, onde atribui-lhe um caráter lúdico, real, irreal, de sonhos e fantasias, mostrando que o livro literário ilustrado permite à criança um encontro com aquilo que só ela compreende.

Da mesma forma, a estética se preocupa com a percepção, sensibilidade e a inteligência. Na literatura infantil ela aumenta o conhecimento de mundo e amplia as possibilidades de interagir com a realidade que as cerca. Segundo Offial (2012, pg.04) “ler é dar asas à imaginação, é porque a leitura tira-nos de uma realidade para que, longe dela, possamos compreendê-la e, consequentemente, modificá-la”.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi descrito, pode-se perceber que o exercício correto da leitura possui uma função social, pois ela ajuda na formação de homens críticos. Toda criança está aberta a aprendizagem, ao longo de seu crescimento pode ser desenvolvidas várias alternativas para seu desenvolvimento. O lúdico é um excelente meio de a criança se desenvolver no ensino-aprendizagem de uma forma descontraída, divertida, alegre e aprendem brincando. O hábito de leitura é algo que deve ser estimulado na infância, pois é nela que se constrói o alicerce para a vida adulta.

Pode-se concluir que o lúdico é um grande laboratório que merece atenção dos pais e dos educadores, pois é através deles que ocorrem experiências inteligentes e reflexivas. Portanto, neste trabalho tive a oportunidade de refletir sobre minha prática educativa e consolidar a ideia de manter a leitura como algo primordial nas aulas.

REFERÊNCIAS

ABREU, Ana Paula Bernardes. Revelações que a escrita não faz: a ilustração do livro infantil. 2010, pg. 02. Disponível em:http://www.marilia.unesp.br/Home/RevistasEletronicas/BaleianaRede/edicaon7/Revelacoes_que_a_escrita.pdf> Acesso em 13 de março de 2015.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Capítulo VII. Art. 227, pg. 01. Disponível em: Acesso em 112 de março de 2015.

CALDIN, Clarice Fortkamp. A literatura como função pedagógica: O literário na escola. 2002, pg.06. Disponível em: > Acesso em 15 de março de 2015.

OFFIAL, Patrícia Cesário Pereira. Formação estética e literatura. 2012, pg. 04. Disponível em:http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/2568/768> Acesso em 22 de março de 2015.

OLIVEIRA, Clarissa de. João e Maria. 2012. Disponível em:http://www.clarissadeoliveira.com/clarissadeoliveira/?p=207> Acesso em 13 de março de 2015.

PAIVA, Sílvia Cristina Fernandes; OLIVEIRA, Ana Arlinda. A literatura infantil e o papel da escola na formação do pensar crítico. 2009, pg. 08. Disponível em:http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2648_1117.pdf> Acesso em 13 de março de 2015.

PAIVA, Sílvia Cristina Fernandes; OLIVEIRA, Ana Arlinda. A Literatura infantil no processo de formação do leitor. 2010 Pg.05. Disponível emhttp://www.cadernosdapedagogia.ufscar.br/index.php/cp/article/viewFile/175/101> Acesso em 15 de março de 2015.

SILVA,